A doutrina do batismo em águas

A doutrina do batismo em águas


Iremos rever neste momento uma doutrina bastante conhecida entre nós, a saber: O batismo nas águas. Acerca desta doutrina bíblica iremos ver quem deve receber, as atitudes dos que querem o batismo e verdades acerca do batismo nas águas. É do conhecimento de todos que o próprio Jesus Cristo deixou este mandamento a Sua igreja conforme se observa no Evangelho narrado por Mateus 28.18-20 que diz: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”.

Graças a Deus que os novos convertidos estão aprendendo de forma correta nos nossos templos acerca desta doutrina. Não tenho interesse de querer complicar esta doutrina tão singela. Não me portarei à história da Igreja para vermos como era praticada ou a forma de ensino no meio cristão. Desejo sim, escrever, de forma simplificada e clara, para que todo aquele que ler o material possa entender sem sombra de dúvida.

Iniciamos nossa reflexão sobre quem deve receber o batismo nas águas. E verificando no nosso Manual de conduta e vida cristã, a Bíblia Sagrada, sabemos que somente a pessoa que aceitou Jesus como seu Salvador e Senhor é que pode descer às águas batismais, conforme Atos dos Apóstolos 16.31,33; 10.47,48; 22.16. Lendo o livro citado, contemplamos que todos os que criam, e eram salvos, eram logo batizados. Assim vemos em Atos 2.38,41; 8.12,16, 36-38; 9.18; 10.47,48; 16.14, 15, 31-34. Ora, se a pessoa entregou sua vida a Cristo, percebe-se claramente que está demonstrando fé na pessoa bendita de Jesus como se pode ver em Atos 8.36,37.

É bom dizer que somente quem atingiu a idade da razão e consciência do pecado é que pode descer as águas do batismo, porque o próprio Cristo assim o fez. Não porque tivesse pecado, mas para cumprir a justiça de Deus e também nos ofertar o exemplo, incentivando a todo novo convertido que O aceitou a ser batizado também (Lucas 3.21-23). Talvez você esteja perguntando: e a criança não pode ser batizada? Por quê? Pelo simples fato de ela estar na lei da inocência (Marcos 10.14). A criança precisa ser apresentada no templo como Cristo o foi (Lucas 2.22,23). Quando ela sair da lei da inocência e entrar na lei da consciência, entregando sua vida a Cristo, certamente pedirá o batismo nas águas em obediência ao mandato do Senhor. Quando a pessoa salva por Jesus pede para descer as águas do batismo está demonstrando que tem certeza do perdão e da salvação lhes ofertado pelo Salvador (Romanos 8.24; Tito 3.5).

As atitudes dos que querem o batismo nas águas são muitas, mas queremos apenas esboçar algumas delas, a saber: Primeiro: é necessário ter inutilizado seus ídolos e demais coisas idolátricas (crucifixos, santinhos, livros de reza, livros de magia, etc.), pois o apóstolo do amor, João escreveu: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém” (1 João 5.21). Já em Atos 19.19 vemos: “Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros, e os queimaram na presença de todos e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinquenta mil peças de prata”. Em segundo lugar: precisa dar provas da sua regeneração, conforme Evangelho narrado por João, no capítulo 3 e versículo 7, que diz: “Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo”. Evidenciado com um bom testemunho tanto dentro da comunidade cristã como fora, segundo contemplamos em Mateus 5.13, 14, 16; Romanos 16.17; Tito 3.3 e 1 Pedro 4.1-4. Este novo nascimento (regeneração) deve estar recheado de arrependimento (Marcos 1.4; Mateus 4.1,4). Suas atitudes comportamentais demonstrarão que sente nojo da sua vida passada de pecado e que não quer mais viver daquela maneira. Em terceiro lugar: deve abandonar o mundanismo (1 João 2.15-17; Gálatas 2.20). O batizando deve estar liberto de toda a sorte de vícios e jogos (Isaías 55.2; João 8.32,36; Lucas 21.34-36). Em quarto lugar: o batizando deve ter sua situação matrimonial legal (1 Coríntios 6.18). Em quinto lugar: é também fundamental não estar ligado à superstição, conforme Colossenses 2.20-22 que diz: Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens”. E em sexto lugar: é necessário vestir-se de forma decente, segundo vemos em 1 Timóteo 10.9,10 e em 1 Pedro 3.1-7. Deus não quer somente o coração como se apregoa por alguém aí fora. Ele quer todo o corpo, toda a alma e todo o espírito. Esta tricotomia deve estar em santidade diante dEle, segundo1 Tessalonicenses 5.23, que diz: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo”.

Para terminamos nossa reflexão, desejo expor oito verdades acerca do batismo nas águas. Primeiramente, ele não é facultativo, mas um mandamento (Mateus 28.19). Outros textos bíblicos fundamentam esta realidade em Atos, a saber: 2.38-41; 10.47,48; 16.33 e 22.6. Existem muitos crentes que não querem descer às águas batismais por dizerem que não sentem vontade, por ser muita responsabilidade, dentre outras coisas. Segunda verdade: o batismo não é garantia de salvação (Efésios 2.8). O cristão demonstra a sua salvação ao pedir o batismo (Atos 8.35-38; 8.12). Dois casos que merecem ser analisados acerca da realidade dita: Simão (Atos 8.9, 13, 18-24) e o ladrão da cruz (Marcos 15.31,32; Lucas 23.39-43). A terceira verdade é que o batismo é seguido da pregação do Evangelho (Atos 16.32; Romanos 10.17). A quarta verdade: o batismo é a única ordenança que representa a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo (Romanos 6.3-6), pois o batismo é o símbolo da morte (Romanos 6.3,4), é do revestimento de Cristo (Gálatas 3.27), e da ressurreição com Cristo (Colossenses 2.12,13). A quinta verdade: o batismo é um testemunho público (Mateus 3.5,7). A sexta verdade: o batismo é um acontecimento de grande importância e motivo de festa na vida do crente em Jesus (Atos 16.33,34). A sétima verdade: o batismo é fruto da obediência ao mandamento de Jesus Cristo (Mateus 28.19). E, finalmente, a oitava verdade: o batismo é um ato de seriedade e de responsabilidade.

Concluímos pedindo que o Senhor possa ajudar aos que ainda não desceram às águas batismais a pedirem o batismo, para que assim sendo possam participar do corpo e do sangue do Senhor Jesus.

por Sílvio Vinícius Martins

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