Israel contra os gigantes

Israel contra os gigantes


Observamos em 2 Samuel 21 os embates que o rei Davi juntamente com seus soldados tiveram com gigantes filisteus, contabilizando um total de quatro vitórias além daquela infringida pelo filho de Jessé ao afrontador Golias. A lista dos opositores ficou definida da seguinte maneira: Golias, cujo nome significa “exílio” (galut) em hebraico: Isbi-Benote, ou “habitante da montanha”; Safe, que indica a expressão “limiar”; Lami, cuja expressa a palavra “guerreiro”; e um quinto gigante, cuja identidade permaneceu incógnita, a Bíblia apenas cita a sua origem: a cidade de Gate, que traduz “lagar”.

O reitor da Faculdade de Estudos da Terra Santa (IsraelBiblicalStudies.com), Jonathan A. Lipnich fez, recentemente, um interessante paralelo entre os cinco inimigos enfrentados pelo rei de Israel e etapas distintas da sua vida. O professor assim resumiu a comparação: “No início de sua trajetória, Davi estava no ‘exílio’, forçado a fugir de Saul; por fim, Davi assumiu o trono e mudou sua capital para Jerusalém, tornando-se ‘habitante da montanha’ conhecida como Sião; em seguida, ele ergueu o Tabernáculo, além de cujo ‘limiar’ a arca foi depositada; na segunda metade de sua vida, Davi era um valoroso ‘guerreiro’ e enfrentou uma rebelião implacável de seu filho Absalão, durante a qual ele foi ‘pressionado’ até os limites”.

Considerando que um dos maiores desafios dos intercessores por Israel é priorizar, dentre as muitas necessidades, estabelecendo focos bem definidos para que suas orações sejam como flechas certeiras nos alvos, analisemos o conteúdo descrito pelo reitor e contribuamos com esforços direcionados para as seguintes e gigantescas áreas:

1) Exílio – Oremos pelos filhos de Israel que se encontram dispersos. Quando o Senhor declara que os espalhou e que Seu Nome foi profanado, alguns supõem que a profanação se deu pelas atitudes dos judeus nas terras para onde se deslocaram, mas o texto é mais amplo e mostra que a própria dispersão profana o Nome do Eterno, uma vez que Ele jurou dar a terra aos descendentes de Abraão. Portanto, quando, por qualquer motivo, os judeus estão distanciados ou impedidos de retornar à sua terra ancestral, questiona-se a promessa e a fidelidade de quem a fez, sendo que Ele é para sempre Fiel. O retorno dos filhos de Israel à Terra Prometida exalta a fidelidade divina e santifica o Seu Nome. Temos de orar pelo Departamento de Imigração, pela Agência Judaica, por leis que permitam o retorno dos anussim e de judeus messiânicos, hoje proibidos de fazer Aliah por sua fé em Jesus como Messias de Israel.

2) Habitante da montanha – Oremos pelos países que possuem representação diplomática em Israel, para que o mais brevemente possível transfiram suas embaixadas para Jerusalém. Isso implica em uma mudança nas fontes e formas do comércio internacional, de maneira que caiam por terra os temores com relação a possíveis retaliações financeiras anunciadas pelos árabes. Que sejam vencidas as vozes de organismos internacionais antissemitas e que possam ser vistas em Jerusalém os pavilhões de muitos povos, num reconhecimento de que a Cidade permanece sendo a capital única e indivisível do povo judeu.

3) Limiar – Oremos pelas fronteiras de Israel nesses tempos de constantes ameaças por parte da Síria, do Irã e do Líbano, lembrando que, neste último, a simples menção da existência de Israel é proibida. Em 2017, uma instituição francesa de ensino teve que retratar-se por ter apresentado, em solo libanês, um mapa em que aparecia o Estado de Israel. Roguemos ao Senhor a proteção, as estratégias, o desmantelamento e fracasso das intenções terroristas e uma convicção internacional de que o território pertence, por legado divino, aos filhos de Jacó.

4) Guerreiro – Oremos pelos guerreiros de Israel. Sem dúvida, também são eles os soldados, homens e mulheres que arriscam suas vidas em defesa da pária, mas, principalmente, oremos pelos guerreiros, servos de Deus, que creem em Jesus e moram em Israel. Temos de clamar por suas vidas, por provisão, proteção, conforto para os que se veem isolados de suas famílias, força para as crianças, adolescentes e jovens em sua vida escolar, para que a fé seja guardada em seus corações. Cubramos de orações os pastores e líderes. Nossas preces devem ser dirigidas às casas de oração, por Tom Hess, no Monte das Oliveiras; pelo casal Ott, na Torre de Oração em Jerusalém; pelo Ministério Maoz; pela Assembleia de Deus; pelos batistas, presbiterianos e demais irmãos de outras denominações; pelo Tabernáculo em Timna, dirigido pela Convenção Batista; pela Sociedade Bíblica, na rua Yafo; pelos trabalhos da Embaixada Internacional Cristã; pela Chamada da Meia Noite; pelo Yad HaShmonah; por Bridges for Peace, e tantos outros guerreiros do Senhor que lutam contra os guerreiros da mídia, contra o desânimo, a fraqueza, os ataques por todos os lados. Sejam nossos irmãos renovados e fortalecidos sempre e constantemente, para que a voz profética não se cale em Israel. 

5) Lagar – Oremos, sim, irmãos, de todo o nosso coração para que a vontade soberana de Deus prevaleça mesmo diante da forte pressão que sofrem todos os que se levantam para pelejar por Sião. Fortaleçamos com nossas orações (em lugar de usarmos da crítica mordaz ou da ironia) o presidente de nosso país, pois não ignoramos as artimanhas e ameaças das trevas. O povo do Eterno reconhece que a luta que travamos não é contra a carne ou sangue, não é contra pessoas ou povos, mas contra principados e potestades. Oremos para que, a despeito das pisaduras do lagar, a obra de Deus cresça e a mensagem do Evangelho flua e alcance, como flecha afiada, o coração de muitos, sem esquecer, ao cair de cada e de todos os gigantes, que a glória e a honra pertencem Àquele que nos permitiu a bênção de participarmos da batalha, seja na linha de frente, seja na reclusão de nossos quartos, quando as luzes de apagam e o nosso coração recorda e anela pelos desertos áridos ao sul de Israel, pelas campinas cheirando a alecrim, pelas montanhas de Judá, por Jerusalém e pelo som do shofar sobre suas muralhas, convidando ao engajamento os bem-aventurados gigantes da oração.

por Sara Alice Cavalcanti

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