Todos debaixo da cruz de Cristo

Todos debaixo da cruz de Cristo

A mais real e profunda verdade absoluta que há em todo o universo é que nada e ninguém poderá se colocar acima da cruz de Cristo. Toda a produção do intelecto humano não passa nem na sombra da cruz, e toda a glória conquistada ficaria soterrada ao pé da cruz.

O apóstolo Paulo chegou a essa conclusão. Ele empreendeu que nada pode se comparar ou estar acima da cruz do Senhor Jesus: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gálatas 6.14). Milhares de pensadores, ao longo da história, se colocam como senhores da verdade ou detentores do saber por meio de conceitos filosóficos, achando ter atingido um patamar elevado da compreensão de mundo (cosmos). É como se não houvesse mais nada acima ou além para se preocupar ou aprender, pois ficaram empoderados e embevecidos de seus próprios pensamentos filosóficos, desprezando Deus e a morte de Seu filho na cruz, julgando loucos os que acreditam nela e a defendem. Há uma declaração paulina pura e simples sobre os que julgam dessa maneira a nossa fé: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1 Coríntios 1.18-25).

Sim, os grandes pensadores e suas filosofias pereceram, e muitas dessas filosofias estão ultrapassadas e superadas por nada contribuírem para a transformação do homem, levando apenas à angústia, à ansiedade, à depressão e ao suicídio, como é o caso do Niilismo, de Friedrich Nietzsche, que reduz toda e qualquer existência ao aniquilacionismo: todas as crenças e valores são infundados e não existe qualquer sentido ou utilidade na existência. Muitos chegam de fato a essa conclusão, o que leva a uma vida sem sentido e, por sua vez, leva o homem a uma coisificação.

O teólogo norte-americano A. W. Tozer disse: “A cruz de Cristo é a coisa mais revolucionária que aconteceu entre os homens”. Compartilho desse pensamento profundamente teológico e não filosófico de que a revolução já foi feita no Calvário, quando Jesus disse: “Está consumado!”. O homem não precisa de meios filosóficos para encontrar o sentido da vida, pois Cristo, a própria vida, se entregou por nós. Nada superará esse feito. Nenhum argumento filosófico ficará sobre a cruz. Somente Ele e apenas Ele, Jesus, se pôs acima e além da cruz. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.5-11).

por Esdras Cabral de Melo

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