Tecnologia de controle perfeito do governo mundial á em elaboração

Tecnologia de controle perfeito do governo mundial á em elaboração

Mecanismos de censura de empresas de mídia social e sistema de vigilância da ditadura chinesa dão vislumbre de como será o futuro controle

A Bíblia assevera em Apocalipse 13, versículos 16 e 17, que, no futuro governo mundial que deverá se estabelecer no planeta no final dos tempos, haverá um controle total da população mundial. Diz o referido texto bíblico que “todos”, seja qual for sua estratificação social – “pequenos” ou “grandes”, “ricos” ou “pobres”, “livres” ou “servos” –, estarão sob esse controle; de maneira que “ninguém possa” nem mesmo “comprar ou vender” sem a autorização desse mecanismo global de controle social. Mas, o que seria essa tecnologia?

Muito se tem conjecturado nos últimos tempos sobre o que seria esse “sinal”, “nome” ou “número da besta” (Apocalipse 13.17) que “será posto” na “mão direita” ou na “fronte” de todas as pessoas no futuro governo mundial (Apocalipse 13.16). Nos anos 80, era comum se especular que poderia ser um código de barras. Mais recentemente, especificamente desde a década passada, tem se falado muito sobre a possibilidade de ser uma referência ao microchip subcutâneo ou mesmo a uma tecnologia que funcionaria via sistema biométrico. Bem, o que seria exatamente esse “sinal” ou “marca” que estabeleceria a forma de identificação de todos ainda não sabemos, mas já dá para ter uma ideia de como será esse controle total a partir das tecnologias de vigilância e censura que já funcionam no Ocidente e na ditadura chinesa.

O assustador sistema de vigilância da China comunista

O mais assustador sistema de vigilância da história foi montado no século 21 na China, pela ditadura comunista chinesa, e está em plena aplicação. No que consiste esse sistema?

Na China, quase todo cidadão tem uma nota de “crédito social” que varia conforme o seu comportamento social. Esse sistema chama-se oficialmente “Sistema de Crédito Individual” ou “Sistema de Crédito Social”. A previsão do governo chinês é que 100% da população do país esteja sob esse sistema até ano que vem.

O sistema funciona da seguinte forma: se algum cidadão manifestar comportamentos que são considerados negativos pelo governo chinês, sofrerá uma redução do seu crédito social, o que o impedirá, por exemplo, dependendo da quantidade e do nível de comportamentos negativos registrados em seu crédito pessoal, de ter acesso à internet ou mesmo comprar coisas. O indivíduo punido não poderá comprar ou vender nada, nem ter acesso a nada.

Alguns dos comportamentos que negativam o crédito da pessoa são atravessar como pedestre a avenida com o sinal aberto para os veículos, cometer infrações de trânsito de qualquer tipo, jogar videogame demais, comprar muitos supérfluos, entrar em sites proibidos pelo governo chinês, andar com o cachorro na rua sem coleira, deixar seu cachorro latir demais, falar mal do governo ou andar com pessoas que falam mal do governo. Aliás, não apenas andar, mas até mesmo se a pessoa fizer uma ligação telefônica para uma pessoa com crédito social negativo ou tê-la como amigo virtual é o suficiente para reduzir drasticamente o crédito do indivíduo. Os créditos sobem e descem em tempo real, na hora que o comportamento é identificado.

Não são apenas crimes comuns que são penalizados, o que seria natural. Estes, quando cometidos, levam à prisão. Pequenos comportamentos considerados inadequados pelo governo, como os mencionados acima, também são monitorados e registrados pelo governo, levando a pessoa punida por praticá-los a um isolamento social total, opressor. Ela não pode alugar um imóvel, comprar uma propriedade, colocar os filhos em uma escola particular, tomar um empréstimo, comprar uma diária em hotel, comprar combustível e nem mesmo comprar uma passagem de ônibus, trem ou avião para lugar algum. Cerca de 7 milhões de chineses já estão nessa situação hoje em seu país devido ao Sistema de Crédito Individual.

Aqueles que têm um bom crédito pessoal têm, por exemplo, descontos em aluguel, preferência na contratação para um emprego e acesso a uma internet mais rápida. E os delatores de infratores são premiados com altos valores pelo governo chinês. Só em uma área de Pequim, chamada Xiaoyang, há cerca de 120 mil informantes pagos.

Atualmente, para colocar esse sistema em funcionamento, o governo chinês conta com mais de 400 milhões de câmeras de vigilância instaladas em todo o país com software de reconhecimento facial. Há também o sistema de localização geográfica em tempo real via rastreamento dos cidadãos pelo celular. Todos esses dados sobre os cidadãos chineses em tempo real estão sendo unificados em uma única base de dados. É o controle perfeito. Nenhum ditador do passado pensou que um dia conseguiria ter à sua disposição um controle tão avançado como esse. O futuro governo mundial provavelmente terá.

A censura das grandes empresas de mídia social

Enquanto isso, no Ocidente, as grandes empresas de mídia social do Vale do Silício, nos EUA, como Facebook, Twitter e Google, estão criando mecanismos que censuram a liberdade de expressão de seus usuários.

Nos últimos anos, por terem opiniões divergentes em relação ao politicamente correto e às bandeiras progressistas, milhares de pessoas têm perdido suas plataformas públicas, com contas bloqueadas no Twitter, Facebook e no Google. Muitos cristãos conservadores estão entre os alvos dessa censura.

Não estamos falando aqui de pessoas que cometem crimes virtuais e por isso são punidas por essas mídias sociais. A referência aqui é exclusivamente a casos de censura à liberdade de expressão, de censura à divulgação de valores conservadores nas mídias sociais, valores estes que se chocam frontalmente com as bandeiras do liberalismo social defendidas pelos donos dessas grandes redes de mídia social e que por isso classificam a exposição desses valores como “discurso de ódio”. As pessoas que esposam posições políticas consideradas como negativas por essas empresas estão sendo banidas da grande rede de computadores, não podendo mais comprar online, ter uma conta no Google, Facebook ou Twitter; ou mesmo abrigar um site.

Recentemente, durante uma audiência no Senado norte-americano, em 10 de abril do ano passado, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, teve de responder a perguntas sobre a censura de conteúdo por orientação política que sua plataforma tem realizado. O senador republicano Ted Cruz questionou o dono do Facebook sobre o viés ideológico de sua rede social, que é a mais usada do mundo. Ele queria saber se o Facebook tem preferências políticas na condução de seus negócios ou na seleção e demissão de seus funcionários. “Muitos norte-americanos estão, acredito eu, preocupados se o Facebook e outras empresas de tecnologia estão criando um padrão consistente de censura e viés”, afirmou Cruz naquela oportunidade.

Cruz lembrou que páginas de diversas organizações com visões conservadoras foram censuradas nos últimos anos e questionou se os “discursos de ódio” que Zuckerberg prometeu combater incluiriam páginas promovidas por grupos antiaborto, por exemplo. Na ocasião, Zuckerberg reconheceu que nas empresas do Vale do Silício “há muita tendência à esquerda” e disse ainda que não tinha como saber o viés ideológico de todos os funcionários da sua empresa, mas acreditava que a maioria era de esquerda e que, portanto, era possível que tenham ocorrido alguns casos de censura aqui ou acolá.

Zuckerberg reconheceu que o Facebook emprega hegemonicamente pessoas com pensamento alinhado à ideologia de esquerda, e isso acaba se refletindo, na prática, em uma postura de censura à corrente política oposta. “Enfrentamos vários problemas com democracia e privacidade. Vocês estão certos em me questionar. Facebook é uma empresa idealista, no começo pensamos em todas as coisas boas que poderíamos fazer. Mas está claro agora que não fizemos o suficiente para impedir que essas ferramentas sejam usadas erroneamente também”, declarou.

Em 20 de agosto do ano passado, após o Twitter bloquear centenas de contas de cristãos e conservadores nos EUA, e outras centenas de cristãos e conservadores no Brasil, sendo forçado pela justiça a restabelecê-las imediatamente, o diretor-executivo da empresa, Jack Dorsey, foi questionado sobre o assunto em entrevista à CNN e negou perseguição político-religiosa, mas admitiu que o viés de sua empresa é “completamente de esquerda”. Em alguns casos de bloqueio e banimento, o Twitter restaurou as contas depois, pedindo desculpas pelo erro cometido.

Pelo menos desde 2017, esses casos de censura envolvendo Facebook, Twitter e Google têm se proliferado, com o auge se dando ano passado.

Ora, uma vez que a mídia tradicional está quase que totalmente controlada por militantes progressistas, resta aos conservadores apenas a internet para trazer o contraponto, para estabelecer o contraditório. E, nos últimos anos, a internet tem se mostrado a mais poderosa fonte de informação e influência de nossos dias, ultrapassando jornais, revistas e tevê, de maneira que fenômenos como o Brexit, a derrota do plebiscito da Colômbia para absolvição das Farc, a eleição de Donald Trump 

nos Estados Unidos e a eleição de Jair Bolsonaro no Brasil só se tornaram possíveis por causa da internet, uma vez que toda a mídia tradicional fez campanha maciça contra esses movimentos e essas pessoas, e se deu mal em todas essas oportunidades. Isso chamou a atenção para a necessidade de se censurar essas vozes discordantes na internet para que o bloqueio hegemônico da mídia tradicional não fosse mais quebrado.

A própria campanha midiática contra as “fake news” é, em parte, uma forma de tentar fazer com que as pessoas deixem de se informar pelos formadores de opinião independentes da internet e voltem a se basear apenas na narrativa da mídia tradicional como sua fonte de informação. Que há “fake news” na internet, há; mas não apenas lá. Na própria mídia tradicional há casos terríveis de distorção de fatos, omissões de outros e até invenções de histórias a fim de atender à agenda progressista. Não que devamos desprezar totalmente a mídia tradicional, mas não se pode calar o contraditório na internet, sem o qual o cidadão muitas vezes não pode ter diante de si todas as informações necessárias para formar o seu entendimento e a sua convicção sobre o que está realmente acontecendo.

Agora, conhecendo o Sistema de Crédito Individual chinês e seu poderoso sistema de vigilância, e também os mecanismos de censura que as empresas donas das maiores redes sociais do mundo têm colocado em prática de vez em quando, imagine um futuro em que essas duas tecnologias sejam fundidas em uma só. Imagine o poder de controle social que um futuro governante mundial poderá ter para censurar, isolar e acabar com a vida de seus opositores. Antes, era inimaginável um ditador conseguir ter controle absoluto sobre toda uma população. Hoje, porém, isso está se tornando tecnologicamente possível, de maneira que seria bastante provável chegarmos a um contexto em que absolutamente todos não poderão nem mesmo “comprar ou vender”, ou se locomover de uma cidade para a outra, sem a autorização desse mecanismo global de controle social. Sinal dos tempos.

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