As catástrofes mundiais são despertar de Deus

Não apenas nos círculos teológicos cristãos os tremores de terra são considerados um “termômetro” para acompanhar o fim dos tempos. De acordo com o site de notícias Israel365, os rabinos destacam que os profetas bíblicos do Antigo Testamento indicam também esses fenômenos, assim como os vulcões, como tendo o papel de preparar o mundo para o fim. Por exemplo, o profeta Ezequiel descreve terremotos antecedendo a Guerra de Gogue e Magogue: “Montanhas serão derrubadas, penhascos cairão e todas as paredes desmoronarão” (Ezequiel 38.20).

Um dos famosos rabinos a destacar esse aspecto da escatologia judaica é Pinchas Winston (foto), que em seu blog sobre o fim dos tempos interpretou o recente terremoto na Turquia e Síria, que ceifou a vida de dezenas de milhares de pessoas, como um sinal significativo da proximidade do fim dos tempos.

“Creio ser Deus a acordar-nos como crianças sonolentas que se recusam a se levantar para a escola”, disse o rabino, que frisou que há um padrão de múltiplas ocorrências para esses sinais na Bíblia.

“Deus poderia ter trazido uma grande praga para o Egito ou poderia ter começado com a praga dos primogênitos, contudo, por sermos dotados de livre escolha, Deus quer nos ajudar a decidir, oferecendo-nos informações, uma amostra do que está por vir”, explicou o religioso. Winston lembrou o Papiro Ipuwer, cujo conteúdo remontaria, segundo alguns, aos anos de 1991-1803 a.C. e que está em exposição em um museu em Leiden, na Holanda. Nele é possível encontrar eventos anteriores no Egito que se assemelham às pragas bíblicas. “Garanto que houve egípcios que atribuíram as pragas a causas naturais”, disse o rabino. “É o mesmo que acontece hoje. Apenas nos últimos anos, passamos por uma pandemia e o primeiro conflito europeu desde a Segunda Guerra Mundial que ameaça se tornar global. Agora, temos terremotos ininterruptos no Oriente Médio. Se você não está acordado agora, você está desatento”.

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