“Salva-te a ti mesmo e a nós também”

“Salva-te a ti mesmo e a nós também”

Pare, pense e analise. A estratégia final de Satanás para impedir o sacrifício de Jesus na Cruz foi querer abalar seu psicológico (Lucas 23.35-39). Quem já não experimentou a tentação de mudar de opinião ou tomar uma decisão pela pressão de grupos, pessoas ou situações em que se encontrava em determinados momentos na linha do tempo de sua existência. Em algum momento da vida, todos já sentiram essa pressão psicológica ao serem desafiados a fazer algo que não estavam com vontade de fazer. Vejamos um exemplo: uma criança no ambiente de escola já foi tentada pelos amiguinhos a fazer uma travessura ou uma maldade para ser aceita no grupo ou até mesmo para provar algo que mostrasse que já estava à altura de ser respeitada pelo grupo. Embora no seu íntimo não desejasse realizar tal feito, contudo a pressão do ambiente em que está inserida força-a a realizá-lo, caso contrário poderia sofrer sanções e até mesmo risco de danos físicos e morais.

Jesus estava diante da última tentativa de Satanás, pois no evangelho de Lucas 23.35-39 vamos observar essa artimanha satânica induzindo autoridades, soldados e um dos criminosos que estava sendo crucificado. Vamos refletir sobre a situação no cenário da crucificação. A expressão “Salva-te a ti mesmo” foi sugerida três vezes. A primeira em forma de zombaria pelas autoridades. Está escrito em Lucas 23.35: “...E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou; salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus”. Nos versículos 36 e 37, lemos o seguinte: “E também os soldados escarneciam dele, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre, e dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo”. Por último, o versículo 39 apresenta mais uma tentativa: “E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós”. Pelo fato de que Jesus objetivava cumprir Sua missão salvífica, Ele passou por diversos momentos críticos na Sua jornada terrena. Podemos elencar pelo menos três situações que foram determinantes Ele vencer: em seu nascimento, conforme o texto de Mateus 2.16, Herodes manda matar todos os meninos de dois anos para baixo da região de Belém, para que assim pudesse eliminar o menino Jesus. As tentações no deserto foram outra tentativa de Satanás para derrotar Jesus, mas não teve êxito. E agora, na crucificação, Satanás dá sua última cartada para eliminar a possibilidade do projeto divino de redimir a humanidade através de Jesus, o Salvador.

O que significa então a frase “Salva-te a ti mesmo e a nós também” ante o exposto no texto acima? Se Jesus cedesse às propostas feitas para descer da cruz e mostrar que Ele tinha o poder de salvar a si mesmo e ser declarado como o Filho de Deus, o Messias esperado ou até mesmo como o Todo-Poderoso, não obteria a derrota de Satanás sobre o destino do homem, pois ele e suas hostes foram derrotadas e despojadas na cruz. A humanidade não seria redimida e estaria fadada à perdição eterna, pois Jesus teria sido derrotado na última estratégia satânica, e não conheceríamos o que nos revela João 14.6: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Louvamos a Deus por Jesus ter suportado todas as tentações, zombarias, ofensas e escárnios para nos dar a possibilidade de sermos salvos por Ele. Jesus vive, está à destra de Deus Pai e breve virá buscar o Seu povo!

Hoje, a indagação para a humanidade é esta: “O que fazer para ser salvo?”. O apóstolo Paulo responde em Romanos 10.9-13: “... a saber: Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido. Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”

por Agissé Levi da Silveira

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