CNN descreve pregação sobre Volta iminente de Jesus como “traumática”
Em 27 de setembro, o canal de notícias norte-americano CNN publicou em seu site um artigo descrevendo a doutrina escatológica da Volta iminente de Jesus Cristo para buscar a Sua Igreja como um “problema crônico” que pode causar “problemas mentais”. A matéria fala da mensagem da Volta de Jesus como um mal, pois provocaria uma doença mental que foi batizada na matéria de “ansiedade do arrebatamento” que levaria “uma vida inteira para se curar dela”. Claramente, esse argumento é a semente para que o mundo secular e anticristão comece uma campanha para cercear mais um tópico da pregação bíblica: a mensagem da Volta de Jesus.
Como sabemos, a pregação contra determinados pecados e sobre Jesus como o único caminho para o Céu já começaram, há alguns anos, a serem classificados como “discurso de ódio”; logo, se a pregação sobre a Volta iminente de Cristo começar também a ser cerceada sob essa alegação de causar perturbações mentais, simplesmente a Igreja terá a sua mensagem central totalmente cerceada: a Salvação só em Cristo; a realidade do pecado e a necessidade de santificação, de mudança de uma vida de pecado para uma vida santa; e a Volta iminente de Jesus. Ou seja, ao final, só vai restar à Igreja ser uma agência de assistência social, nada mais, o que é justamente o desejo dos grupos secularistas anticristãos. Em suma, tal argumento trata-se de uma ameaça à liberdade de crença, uma campanha paulatina a fim de impedir que a mensagem de esperança seja pregada pela Igreja.
Os argumentos usados contra pregar sobre o Arrebatamento
Como uma tentativa de minimizar a realidade do Arrebatamento, o artigo da CNN começa por creditá-lo como uma crença de apenas uma pequena parte dos cristãos, alegando que a doutrina “não é predominante em denominações católicas ou protestantes tradicionais, como episcopais ou presbiterianas, e é mais comumente seguida em igrejas evangélicas e fundamentalistas”.
O problema desse argumento é que hoje as igrejas evangélicas, pentecostais e fundamentalistas são a maioria no mundo entre os protestantes, e a sua Escatologia é pré-milenista pré-tribulacionista, crendo na Volta iminente de Jesus e no Arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação, por isso a matéria inclui o catolicismo – que é amilenista – para contrabalançar, para que a visão dessas igrejas seja vista como minoritária, uma exceção, considerando um espectro maior do Cristianismo.
Na lógica do artigo da CNN, uma Escatologia que não prega sobre Arrebatamento da Igreja, como a doutrina amilenista, seria menos prejudicial à saúde mental das pessoas. A matéria traz como um exemplo de ter sofrido “trauma religioso” por esse tipo de pregação uma “tiktoker” chamada April Ajoy, que se apresenta nas redes sociais como “Ex-conservadora desintoxicando o Cristianismo com humor”. Ajoy relata ter ficado traumatizada aos 13 anos de idade, com medo de ter sido deixada para trás no Arrebatamento da Igreja. “A mente de Ajoy começou a se agitar, tentando lembrar, tentando fazer planos. Quando foi a última vez que ela pecou? Ela deveria recusar a marca da Besta? Pelo menos – pensou – se ela fosse colocada na guilhotina durante o tempo da [Grande] Tribulação, seria uma morte rápida”, diz a matéria.
A reportagem da CNN descreve a profecia sobre o Arrebatamento da Igreja como um evento em que “cristãos justos ascendem ao céu, enquanto o resto é deixado para trás para sofrer”, e acrescenta que, “ainda assim, é algo para ser temido e bem-vindo, para ser orado e preparado para cada momento de vida de um crente”. O canal de notícias também fala de uma moradora de Geórgia (EUA), chamada Chelsea Wilson, que afirma ter crescido na “comunidade” evangélica e ter recebido o ensinamento do fim dos tempos como uma “história assustadora da fogueira”.
O presidente e CEO do Centro Global de Pesquisa Religiosa (uma sociedade acadêmica e uma editora não religiosamente afiliada), Darren Slade, foi ouvido pela CNN a fim de analisar o caso e afirmou que “certos contextos religiosos também foram responsáveis por várias experiências traumáticas para pessoas em todo o mundo”. Ou seja, a pregação sobre o Arrebatamento foi classificada como mais um caso de abusos que as religiões cometeram na história. Segundo a CNN, Slade definiu a “ansiedade do Arrebatamento” como uma “coisa real” e um “problema crônico”.
Em seu site oficial, Slade disse que “o estudo acadêmico do trauma religioso permanece na sua infância [quer dizer: é algo pouco pesquisado hoje] quando comparado a outros estudos em saúde mental”. Logo, segundo ele, “infelizmente isso significa que não há dados empíricos reais para apoiar o que vimos e experimentamos em dezenas de milhares: que o trauma religioso existe e é um problema crônico em muitas religiões”, diz ele em seu comunicado. Ou seja, não há provas, mas há um pressentimento. E o mais engraçado é que Slade fala de “dezenas de milhares” de casos. Mas como, se ele mesmo disse que há pouco ou quase nada de estudos sobre esse assunto? Onde ele achou “dezenas de milhares”?
A realidade sobre “traumas” relacionados ao Arrebatamento
A primeira coisa a se considerar sobre esses argumentos, além daquilo que já mencionamos de passagem, é a questão de como essa doutrina é ensinada às pessoas. Ao ser perguntado sobre a acusação feita pela matéria da CNN, o autor cristão Todd Hampson, que crê no Arrebatamento da Igreja, disse ao jornal norte-americano The Christian Post que se há casos realmente de pessoas que se sentem perturbadas pela mensagem do Arrebatamento da Igreja, isso se deve à forma como essa doutrina bíblica é explicada às pessoas. “Acho que se for tirada do contexto ou ensinada às crianças sem o contexto completo do que Jesus prometeu, qual é a nossa esperança como crentes, aí pode ser um pouco assustador”, disse. “Mas não sei se chamaria de trauma. Essa é provavelmente uma palavra bastante extrema. Eu nunca ouvi a coisa dessa maneira antes”, afirmou Hampson.
Como bem explica o jornal The Christian Post, a doutrina conhecida como Arrebatamento “deriva da palavra harpazo no grego, a língua original do Novo Testamento, e significa literalmente ‘agarrar à força; arrebatar de repente e decisivamente’”.
O segundo ponto a se considerar é que, na Bíblia, a Volta iminente de Cristo é descrita como “a bem-aventurada esperança” da Igreja (Tito 2.13), sendo ela preocupante, segundo as Escrituras, apenas para aqueles que vivem no erro.
Em terceiro lugar, é válido também lembrar que eventos como epidemias, mudanças climáticas e iminência de guerra nuclear, temas explorados sistemática e exageradamente pela imprensa, não foram usados pela CNN como exemplos de gatilhos para traumas psicológicos, mas apenas a pregação sobre o Arrebatamento da Igreja. Pelo jeito, querem substituir a escatologia bíblica da maioria dos evangélicos pela escatologia secular, que aterroriza as pessoas para torná-las suscetíveis às suas promessas de solução para evitar o fim do mundo. Mas a Igreja se manterá firme, pregando que Cristo salva, liberta, cura, batiza no Espírito Santo e em breve voltará.
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