Bilionários querem rejuvenescer células e estender a vida

A revista “MIT Technology Review” emitiu um relatório dando conta de que o ex-CEO da Amazon, Jeff Bezos, tem manifestado interesse na área científica no sentido de estender a vida humana no planeta. Bezos é reconhecido por sua riqueza e figura como um dos vários investidores da Altos Labs, uma “startup” do Vale do Silício que tem se esforçado em rejuvenescer células através de uma tecnologia a fim de prolongar a vida. O bilionário russo Yuri Milner também tem colaborado com a “startup”. Ele é ligado ao ramo tecnológico e fundador do Prêmio Breakthrough, concedido anualmente a trabalhos científicos.

A “startup” trabalha no que é chamado de “tecnologia de reprogramação”, isto é, uma estratégia para reverter células adultas em células-tronco, com potencial de se transformar em qualquer tipo de célula. “A reprogramação tem grande potencial de tratar a perda de visão, lesões na medula espinhal, lesões cerebrais e outras degenerações corporais relacionadas à idade”, explicam os cientistas. Bioquímico do Salk Institute, Juan Carlos Izpisua Belmonte divulgou um estudo em 2018 declarando ser esse “o elixir da vida” e acrescentou que “o envelhecimento não é um processo irreversível”. Em 2019, o especialista integrou uma equipe que trabalhou na China na criação de híbridos macaco-humanos, chamados “quimeras”, no que resultou em críticas de especialistas em ética médica, incluindo associações médicas cristãs. A “Technology Review” noticiou que Belmonte deve ingressar na Altos Labs juntamente com Steve Horvath, um geneticista da Universidade da Califórnia que desenvolveu uma forma de detectar o envelhecimento das células a partir de seus marcadores moleculares. Shinya Yamanaka, Prêmio Nobel, chefiará o conselho consultivo do Altos Labs.

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