Você é um servo de Jesus?

Em sua epístola à comunidade cristã em Roma, o apóstolo Paulo apresentou-se como servo de Jesus (Romanos 1.1); e no prefácio da sua Carta aos Efésios, o veterano missionário identificou-se como “prisioneiro de Jesus Cristo” (Efésios 3.1). Paulo compreendia que ele era um servo. Essa designação é daquele indivíduo que não possui direitos, que não é dono de si, mas tem outro acima dele. Por sua vez, a Bíblia Sagrada menciona a existência do “servo da orelha furada”, que era um homem que, por amor, havia se comprometido a uma obediência irrestrita e para sempre a seu senhor (Êxodo 21.1-6); ele não dava um passo se o seu amo não o ordenasse. O mesmo princípio se aplica em nossa dedicação a Jesus, que deseja que anunciemos Sua Palavra.

Servo é aquele que faz a vontade de Deus. Fica impossibilitado ao servo nutrir ódio contra seu próximo, pois seu Senhor ordena que os seres humanos se amem mutuamente (Mateus 22.37-39). O Senhor o exorta a perdoar as injúrias e demais transgressões (Mateus 18.21,22). O servo não levanta palavras de maldição e evita a vingança, pois a mesma cabe ao Senhor (Romanos 12.19).

O apóstolo é aquele que é encaminhado aos demais, um propagador de doutrinas. Embora o significado de servo seja “subalterno”, quando se trata de ser especial com o Senhor. E no instante em que a pessoa se humilha perante a face do Altíssimo como um servo, a situação é diferente. O servo depende de seu Senhor. Quando o servo se ajoelha diante do Mestre, tudo é diferente.

Quando uma pessoa diz servir ao Senhor, mas passa a questioná-lO e a cobrar providências devido às circunstâncias vividas, tal comportamento não confi gura a atitude de um servo. O verdadeiro servo compreende que deve se aproximar de seu Senhor com humildade, e diz: “Não sou nada, se tu não fores comigo, Senhor!”. Ou: “Não sei nada, se tu não me forneceres informações!”.

O perfi l de um verdadeiro servo é de uma pessoa que chora e coloca o rosto em terra, quando necessário, e reconhece a sua fraqueza, solicita o perdão divino e agradece as bênçãos recebidas, e não esquece a soberania de Deus em sua vida, aceitando Seus desígnios. O servo desfruta de um relacionamento especial com o Senhor.

O servo humilhado sente a presença do Espírito Santo e desfruta de experiências espirituais que os demais não estão autorizados a ter em sua existência. Trata-se de um privilégio se ajoelhar e conversar com Deus, orar em mistérios com Ele e sentir o fogo arder em seu coração.É comum o crente desfrutar de momentos de descanso em sua residência e, em seus pensamentos, dizer consigo mesmo: “Preciso ouvir a mensagem da Palavra de Deus”. Enquanto você calcula as suas necessidades espirituais, o pastor de sua igreja ou congregação está retirado e em oração, solicitando uma porção bíblica a fi m de compartilhar com a membresia. Esse é o comportamento de um servo; e antes de o obreiro ser pastor, ele é um servo, um crente. O pastor não é chefe de ninguém, ele não tem empregado na igreja. Todos nós somos servos!

Por José Wellington Costa Junior.

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