Outras relíquias encontradas em Israel

Outras relíquias encontradas em Israel

Lâmpada cristã do século I e busca dos túmulos de Josué, Calebe e Ana

A juíza Débora e a camponesa Jael, personagens bíblicas cujas atividades são narradas em Juízes 4, foram retratadas em mosaicos de 1,6 mil anos dentro de uma sinagoga na antiga vila judaica de Huqoq, em Israel. A descoberta foi divulgada por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em Capel Hill, nos Estados Unidos, no dia 6 de julho.

A obra arquitetônica retrata a vitória do general israelita Baraque e suas tropas liderados pela juíza contra o exército cananeu do general Sísera. “Esta é a primeira representação conhecida deste episódio bíblico”, disse Jodi Magness, professora líder da pesquisa.

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Escavações no suposto túmulo de Josué

O jornal Jerusalem Post noticiou que o lugar onde Josué supostamente está sepultado recebeu a primeira escavação arqueológica. As atividades são coordenadas pelos doutores Dvir Raviv e Avraham Tendler, que anunciaram o projeto no dia 25 de julho. O local onde os arqueólogos iniciaram as escavações chama-se Khirbet Tibnah, na Cisjordânia, onde foi detectada presença humana por cerca de 4 mil anos. Acredita-se que outro herói daquele período, Calebe, também esteja sepultado no local.

“Esta área é a maior e a mais acessível do gênero no espaço entre Jerusalém e Samaria. Além disso, é a capital de um distrito e foi um importante local fortificado durante muitos períodos”, explicou Raviv.

Túmulo de Ana, mãe de Samuel

No mês de julho, soldados do Exército de Israel escavaram o convento de Horbat Hani de 1,5 mil anos onde acredita-se estar o túmulo de Ana, mãe do profeta Samuel. “Como muitas vezes no mundo antigo, o convento foi erguido aqui, comemorando uma tradição antiga, possivelmente do local de sepultamento de Ana, mãe do profeta Samuel”, disse Issy Kornfield, o diretor da escavação, segundo o site Times of Israel. A expectativa é encontrar evidências do túmulo ali.

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Encontrada moeda rara

No final de julho, foi divulgado pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) a descoberta de uma moeda de 1.850 anos em frente à cidade de Haifa, Israel. “A moeda foi cunhada em Alexandria e exibe a inscrição ‘ano oito’ em referência ao oitavo ano de governo do imperador romano Antonino Pio (138 d.C. a 161 d.C.), no qual aconteceu a Pax Romana, de relativa tranquilidade”. Nesse período, a Igreja estava consolidada e anunciava o Evangelho por todo o Império.

Lâmpada cristã do século I

Arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém anunciaram a descoberta de uma lâmpada de cerâmica contendo a inscrição “A luz de Cristo brilha para todos”. O artefato foi encontrado em uma vila ornamentada do primeiro século com seu próprio banho ritual (mikveh), em meio às escavações para a instalação de elevadores na Cidade Velha, iniciadas em fevereiro de 2021. Os arqueólogos disseram que a vila abrigava uma casa de banho típica do período herodiano, e a localização está próxima de onde ficavam os templos judaicos bíblicos, no topo de um penhasco na “Cidade Alta”, região que abrigava os nobres de Jerusalém.

Zeev Elkin, ministro da Construção e Habitação de Israel e de Assuntos de Jerusalém, inaugurou o Projeto do Elevador do Muro das Lamentações e, na ocasião, manifestou a sua satisfação com a descoberta dos artefatos. “Essas descobertas raras, feitas durante as escavações do Projeto do Elevador do Muro das Lamentações, são realmente emocionantes por fornecer prova de uma presença judaica contínua em Jerusalém por milênios. Sob minha liderança, o Ministério de Assuntos e Patrimônio de Jerusalém continuará a preservar e desenvolver o rico passado judaico de Jerusalém e a transformar a capital em uma cidade moderna e inovadora”, disse.

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O local exato onde os romanos irromperam contra Jerusalém

No primeiro século da Era Cristã, a Judeia formava o Império Romano como uma de suas províncias e cujos habitantes jamais aceitaram a presença dos conquistadores. No ano 70 d.C., as tropas comandadas pelo general Tito entraram em Jerusalém, destruíram o Templo e os judeus amargaram uma diáspora que durou dois mil anos.

Mas qual foi o local exato em que os soldados realizaram o ataque à cidade? O pesquisador Kfir Arbiv, da Autoridade de Antiguidades de Israel, respondeu à pergunta no dia 7 de agosto, quando os judeus lembram o dia da destruição do Segundo Templo. O seu argumento foi baseado em uma complexa série de cálculos que incluiu os ângulos, alcances e a topografia local, que indicou a localização da artilharia romana e onde os soldados provavelmente invadiram a cidade.

O estudioso disse que as escavações revelaram equipamentos militares como lanças, espadas e pedras balistas que chamaram a sua atenção. Os historiadores informam que a balista era uma máquina de guerra com a função de disparar grandes dardos ou pedras, mas que também era utilizada para derrubar fortificações e atacar soldados. Este detalhe preenche lacunas quanto ao cerco e as pedras balistas encontradas. “A artilharia estava posicionada onde hoje fica a Praça do Gato, ao redor do centro da Jerusalém moderna. Já o local de invasão da cidade é provavelmente o Complexo Russo, uma região no bairro cristão ortodoxo de Jerusalém, chamada também de Complexo de Alexandre. Quem controla esse local domina toda a área e o destino da cidade”, explica Arbiv.

O diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, Eli Eskosido, exaltou a relevância das descobertas: “Apesar das divisões internas e das probabilidades impossíveis, um pequeno grupo de judeus conseguiu deter os romanos por alguns meses até a trágica destruição da cidade. Os métodos de pesquisa atualizados revelam cada vez mais detalhes sobre a fascinante história de Jerusalém”.

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