O que ainda mais falta acontecer?

O que ainda mais falta acontecer?

O que mais falta acontecer para o Arrebatamento da Igreja, visto que já estamos vendo se cumprir tudo o que Jesus falou? São muitos os sinais que o Senhor Jesus anunciou para avisar à Igreja da Sua vinda para buscar o Seu povo. A presente matéria apresenta os três mais evidentes na atualidade: o derramamento do Espírito nas igrejas como nunca aconteceu desde o Pentecostes, a restauração de Israel como nação soberana e o indiferentismo religioso nas nações, somado ao desprezo pelos valores cristãos com o avanço da violência e da convulsão social.

A vinda escatológica de Jesus e o fim dos tempos são pontos teológicos anunciados em toda a Bíblia, pelos profetas do Antigo Testamento, pelo Senhor Jesus Cristo e por Seus apóstolos no Novo. Os pais da Igreja e os reformadores magistrais também falaram sobre o assunto, mas os pentecostais deram mais ênfase ao tema. Todos os ramos do Cristianismo acreditam que um dia o Senhor Jesus voltará. Não se pretende aqui discutir como isso vai acontecer e nem as diversas linhas de interpretação, basta saber que todos esperam a vinda de Jesus, sem entrar no mérito dos detalhes. Esse evento é a esperança da Igreja desde os seus primeiros dias, mas não existe uma data específica.

Os pioneiros do pentecostalismo moderno, antes mesmo do Avivamento da Rua Azusa, já associavam a efusão do Espírito Santo à vinda de Cristo. Havia entre eles os expoentes da doutrina da Chuva Serôdia, como Charles Fox Parham. A Bíblia faz menção da chuva serôdia e da chuva temporã. “Filhos de Sião, alegrem-se e exultem no SENHOR, seu Deus, porque ele lhes dará as chuvas em justa medida; fará descer, como no passado, as primeiras e as últimas chuvas” (Joel 2.23); “Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sejam também vocês pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tiago 5.7, 8); ou: chuvas “temporã e serôdia” (ARC).

As primeiras chuvas são abundantes e começam no outono, mais precisamente em outubro, no Hemisfério Norte, onde se localizam as terras bíblicas. Essas chuvas amolecem a terra para o plantio quando os camponeses aproveitam para semear o campo. Depois de um período de sequidão, vêm as últimas chuvas, a serôdia, na primavera, março/abril, para a colheita dos frutos. Por que o pentecostalismo moderno era conhecido nos primeiros anos do século 19 como Movimento da Chuva Serôdia? Isso está vinculado à vinda de Cristo.

O pensamento de alguns pioneiros, como Charles Fox Parham, é que o derramamento do Espírito Santo nos dias apostólicos, segundo a promessa no profeta Joel, refere-se às chuvas temporãs como preparação da terra para a expansão do Cristianismo. Depois de um longo período de secura espiritual, Deus enviou o derramamento do Espírito, identificado como a chuva serôdia, anunciando a vinda do Senhor, preparando as igrejas para a evangelização mundial, a grande colheita de almas.

Note que a mensagem de Daniel Berg era: “Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e breve voltará”. A fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular Aimée Semple McPherson também anunciava uma mensagem pentecostal com o mesmo pensamento ainda que de forma diferente: “Jesus o Salvador, o batizador com o Espírito Santo, o Médico dos médicos e o Rei que há de vir”. A. B. Simpson (1843-1919), um dos principais protopentecostais, anunciava uma mensagem muito parecida: “Jesus como Salvador, Santificador, Médico e Rei que há de vir”. A palavra profética em Joel 2.28-32 foi interpretada pelo apóstolo Pedro no dia de Pentecostes (Atos 2.14-21), como escatológica, a promessa é para “os últimos dias” (Joel 2.28; Atos 2.14). A doutrina pentecostal distintiva envolve derramamento do Espírito, batismo no Espírito Santo e suas manifestações como 

línguas, profecias, curas divinas; evangelismo mundial, vinda de Jesus. Então, a doutrina da Chuva Serôdia, apesar de ter ficado no esquecimento ao longo das décadas, apresenta certa lógica ao associar a efusão do Espírito à vinda de Cristo. Foi esse também o raciocínio dos apóstolos de Jesus quando perguntaram: “Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?” (Atos 1.6). Jesus tinha acabado de falar sobre a vinda do Espírito Santo. Como o pensamento judaico daquela geração associava o derramamento do Espírito Santo ao Messias, a pergunta deles fazia sentido.

Outro sinal evidente é a restauração do Estado de Israel como nação soberana reconhecida pela comunidade internacional. Jesus nos ensinou a observar o povo de Israel como referencial para a Sua vinda. Ele próprio disse: “Olhem para a figueira e todas as árvores. Quando veem que começam a brotar, vocês mesmos sabem que o verão está próximo. Assim também, quando virem acontecer essas coisas, saibam que está próximo o Rei no de Deus” (Lucas 21.29-31). A figueira é uma das árvores usadas na Bíblia para representar a nação israelita (Oséias 9.10; Joel 1.6,7). É no inverno que ela perde as folhas e somente na primavera, estação que antecede o verão, seus ramos começam a florescer, a encher-se de botões. Dessa maneira não era difícil os povos dos tempos bíblicos no Oriente Médio saber que a chegada do verão se aproximava. O Senhor Jesus usa o verão metaforicamente para indicar sua vinda. Por isso, o olhar dos cristãos se volta para o que acontece em Israel na atualidade. A restauração de Israel como Estado soberano é cumprimento de profecias escatológicas para o fim dos tempos (Isaías 66.8; Ezequiel 36.24; 37.21). Isso significa que a figueira já começou a brotar. Israel é o relógio de Deus na terra.

O que está acontecendo no cenário mundial desde a Segunda Guerra, mas precisamente no século 21, são cumprimentos de profecias das Escrituras como aviso de Deus dizendo que o fim está próximo. Um olhar em Mateus 24.3-14 permite associar as palavras de Jesus que sinalizam o fim dos tempos aos desastres naturais, às violências e convulsões sociais, à irreverência no tocante às coisas sagradas e à inversão de valores. O avanço galopante da ciência e tecnologia nos mais diversos ramos do saber humano se insere também nesse contexto: “Muitos correrão de um lado para outro, e o saber se multiplicará” (Daniel 12.4). As transformações sociais são rápidas como nunca vistas antes na história. Com todos esses recursos da ciência, principalmente da medicina, a pandemia da Covid-19 tem deixado a nossa geração perplexa, pois, apesar dos resultados promissores dessas pesquisas, a humanidade continua ainda subjugada a um vírus. Seria essa a última pandemia da história? Não temos como responder a essa pergunta, pois o livro de Apocalipse revela muitas pragas pandêmicas de caráter universal. Diante disso, muitos crentes se perguntam: o que ainda mais falta acontecer? Jesus levar a Sua Igreja, essa é uma boa resposta. Enquanto esperamos esse momento, devemos intensificar a pregação do Evangelho usando todos os recursos tecnológicos disponíveis enquanto não soa a última trombeta.

Por Esequias Soares.

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