Cristãos ameaçados na América Latina

Cristãos ameaçados na América Latina

Liberdades são limitadas por governos socialistas e cartéis de drogas

Geralmente, casos de perseguição a cristãos são relacionados a países de orientação muçulmana, onde a comunidade sofre com a hostilidade gratuita dos radicais. Entretanto, uma onda de perseguição aos cristãos tem crescido na América Latina, com igrejas sendo queimadas no Chile, cristãos sendo mortos no México e pastores e padres sendo presos em Cuba e na Nicarágua.

A fúria contra os seguidores de Cristo em países da América Latina tem tido sua origem em governos de orientação socialista e nos cartéis de drogas do continente. No México, não é novidade a influência de diversas quadrilhas nas políticas públicas e no cotidiano do cidadão. As tentativas das autoridades estatais em resolver a violência social têm sido em vão e o imbróglio tornou as igrejas ainda mais vulneráveis, uma vez que estas se posicionam publicamente contra a corrupção e a violência. Hoje, os cristãos mexicanos se encontram em meio ao fogo cruzado entre os criminosos e o governo. Além da denúncia de corrupção e violência, outro ponto de choque é o trabalho das igrejas na libertação de viciados em drogas e no combate ao tráfico de seres humanos. “Grupos criminosos operam impunemente em muitas partes do México. Aqueles que se engajam em programas destinados a trazer transformação para a sociedade são particularmente vulneráveis a serem atacados, pois são tidos como uma ameaça a grupos que operam redes de tráfico de drogas e de humanos e de outros crimes”, denunciou uma analista de perseguição da Missões Portas Abertas.

Cristãos ameaçados na América Latina

Enquanto isso, Cuba começou uma nova onda de perseguição aos cristãos no país. Como se sabe, por lá, quem ousa discordar e emitir opinião contrária ao do Partido Comunista enfrenta perseguição e o encarceramento pelas autoridades. O pastor Lorenzo Rosales Fajardo, líder da Igreja Monte de Sion em Palma Soriano, província de Santiago de Cuba, é um exemplo. Os comunistas o acusaram de participar dos protestos pacíficos em julho de 2021, logo ele foi preso e o tribunal cubano rejeitou o recurso da defesa. Naqueles protestos, cujas imagens rodaram o mundo, milhares de cubanos, dentre os quais lideranças cristãs, foram às ruas mostrando a sua insatisfação com a falta de remédios e alimentos durante a pandemia da Covid-19, além de pedir democracia e reformas na economia. Na época, a resposta do governo foi rápida e violenta. Segundo informou a Christian Solidarity Worldwide (CSW), os policiais e a Segurança Nacional espancaram manifestantes e prenderam centenas de pessoas, incluindo o pastor Fajardo. A entidade anunciou que há imagens que mostram os agentes da força paramilitar Boina Negra estrangulando o líder e sendo violentos contra manifestantes desarmados. A Justiça local condenou Fajardo a sete anos de prisão por acusações de “desrespeito”, “agressão”, “incitação ao crime” e “desordem pública”.

Na Nicarágua, por sua vez, o governo decidiu infligir perseguição às atividades dos cristãos nacionais depois dos protestos ocorridos em 2018, quando muitos cidadãos se manifestaram contra as reformas do sistema público de pensões. Na ocasião, as igrejas foram interpretadas como apoiadoras dos manifestantes. O principal alvo é a Igreja Católica, mas evangélicos também estão sendo perseguidos. Ao todo, até o fechamento desta edição, o governo de Daniel Ortega perpetrara 190 ataques a igrejas católicas, bispos e padres, além da hostilidade voltada aos cristãos das variadas denominações evangélicas. A advogada Martha Patricia Molina Montenegro, membro do Pró-Observatório da Transparência e Anticorrupção, emitiu parecer em um relatório de sua autoria. Nele, a constatação é de que houve início a “uma perseguição indiscriminada contra diversos líderes religiosos e igrejas cristãs e contra tudo que tenha relação direta ou indireta com o Cristianismo. Assim como o cancelamento arbitrário do status legal de seis organizações religiosas católicas e protestantes”. Padres foram presos, inclusive o representante da Igreja Católica no país. Freiras foram expulsas da Nicarágua e tiveram que sair do país literalmente a pé. Igrejas, jornais e rádios cristãs foram fechados. “O governo não descansa em sua perseguição contra as igrejas e sua hostilidade se torna mais evidente e frequente, e isso acontece em diferentes frentes, até mesmo tentando manipular as atividades religiosas, isso porque as igrejas estão firmes em seu compromisso social e não desistem diante de ações intimidatórias”, declara uma analista da Missão Postas Abertas.

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