Como saber se o seu filho é portador de TDAH

Como saber se o seu filho é portador de TDAH

Se ao observarem o comportamento da criança os pais perceberem que ela manifesta desatenção, inquietude e impulsividade, o mais indicado é levá-la ao médico a fim de confirmar se é portadora de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), que é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, surgido ainda na infância e que frequentemente acompanha o indivíduo pelo resto da vida. Trata-se do transtorno mais comum em crianças e adolescentes que são encaminhados para serviços especializados. De acordo com o médico Rui Brandão, com experiência em Portugal, Brasil e Estados Unidos, além de ser mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, a incidência de TDAH entre as crianças acomete de 3 a 5 delas “em várias regiões diferentes do mundo em que isso já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos, o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos”.

Em geral, o transtorno na infância está associado a dificuldades no ambiente escolar no relacionamento com as demais crianças, pais e professores. Normalmente, os sintomas de hiperatividade e impulsividade acompanham mais os meninos do que as meninas, mas ambos são desatentos. O médico explica que crianças e adolescentes com TDAH podem denotar mais estorvos no comportamento, como, por exemplo, dificuldades com regras e limites. Os adultos externam os seguintes sintomas: desatenção nas atividades do cotidiano e do trabalho, incluindo a memória (são muito esquecidos), inquietude (relaxam dormindo), mudam seus planos impulsivamente, encontram dificuldade na avaliação de seu comportamento e de quanto isso afeta os demais, e são frequentemente considerados “egoístas”.

“O TDAH possui tratamento e é realizado através de uma equipe multidisciplinar com psiquiatra, psicólogo, pedagogo e os responsáveis pela criança. As intervenções psicoterápicas que mais apresentaram eficácia foram as cognitivo-comportamentais e às vezes é necessário também o tratamento psicofarmacológico, através de medicamentos receitados pelo psiquiatra”, explica o doutor Rui Brandão.

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