A carteira de vacinação do seu filho está em dia?

A carteira de vacinação do seu filho está em dia?

Vacina é o assunto do momento. Uns dizendo que não veem a hora de chegar a sua vez, outros fugindo e ainda outros que querem escolher a melhor... Para quem tem crianças, as vacinas estão presentes no cotidiano e devem estar entre as suas prioridades, desde o nascimento.

Estima-se que a vacinação salvou, apenas entre 2000 e 2019, a vida de 37 milhões de crianças, de acordo com um estudo publicado em janeiro deste ano na revista “Lancet”, uma das revistas científicas mais importantes do mundo. Isso considerando apenas a vacinação infantil. Levando em conta que muitos imunizantes aplicados na infância evitam doenças também na fase adulta, esse número pode chegar a 120 milhões de vidas salvas.

No Brasil, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), todos têm acesso a diferentes vacinas, que são uma das mais extraordinárias conquistas da ciência. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é referência mundial no tema. O Brasil é um dos poucos países que oferecem de forma universal e gratuita uma extensa lista de vacinas, em mais de 36 mil salas espalhadas por todo o território nacional. Sem contar as diversas clínicas particulares de imunização.

Mesmo assim, muitas famílias têm deixado de vacinar seus filhos nos últimos anos ou de comparecer aos postos de saúde na data correta de aplicação das doses, o que acende uma luz vermelha entre os especialistas. E não é para menos. Conforme informações da Agência Brasil divulgadas no fi m do ano passado, de todas as vacinas do calendário infantil, metade não bateu a meta desde 2015; e de 2018 para cá, nenhuma meta foi atingida.

Apenas para citar algumas consequências desse declínio nas taxas de vacinação, crianças não vacinadas têm risco 8,6 vezes maior de serem internadas por varicela (catapora) e 6,5 vezes maior de apresentarem infecções pneumocócicas, por exemplo, segundo estudos científicos. Os motivos dessa redução nas taxas de vacinação da população brasileira estão relacionados a vários fatores. Um deles são algumas informações falsas ou exageradas que circulam pelas redes sociais, questionando a segurança das vacinas.

Vale lembrar que o cronograma de vacinação é elaborado de forma que as crianças sejam imunizadas quando começam a precisar de proteção para determinada doença. Assim, não seguir o calendário aumenta o risco de elas desenvolverem uma doença.

Um outro fator para os números da vacinação no Brasil estarem em queda nos últimos anos é a percepção equivocada de que não é preciso mais vacinar porque as doenças desapareceram. Ao contrário do que se pensa, a erradicação de algumas doenças só foi possível graças ao sucesso de programas de imunização. E essas doenças só vão permanecer sob controle com uma altíssima cobertura vacinal em todo o país.

Para quem está inseguro de ir vacinar em meio à pandemia, saiba que vaciná-los é um ato de amor e proteção, muito importante para o futuro da saúde deles. O Ministério da Saúde do Brasil esclarece ainda que a rede pública de saúde está bem preparada para realizar a vacinação de forma segura. A orientação é de que a aplicação aconteça em ambientes ventilados, que haja local para a lavagem das mãos e disponibilização de álcool em gel, e que somente um familiar acompanhe a criança.

Fonte: Revista Crescer

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