Socorro às vítimas das chuvas em Alagoas

As chuvas ocorridas no início do mês de julho em Alagoas causaram inúmeros estragos por todo o estado, incluindo desmoronamentos e perda de bens e imóveis por parte da população, deixando muitos vulneráveis diante da catástrofe.

O poder público emitiu no dia 9 de julho um alerta de chuvas intensas para a capital Maceió, com grau de moderação. “Defesa Civil: Alerta para continuidade das chuvas que podem gerar acumulados significativos. Áreas de risco, buscar local seguro. Evite áreas alagadas. Ligue 199”, disse a mensagem via SMS. O boletim emitido pela Coordenadoria de Defesa Civil computou 4.179 atingidos pelos temporais na capital, deixando 3.498 desabrigados e 1.221 desalojados. Os alagamentos não cessaram e a situação na capital se agravou, alcançando sete bairros localizados às margens da Lagoa Mundaú: Levada, Vergel, Ponta Grossa, Trapiche, Pontal da Barra, Fernão Velho e Rio Novo.

As autoridades informaram que desde o dia 3 de julho as ruas e casas foram invadidas pelas águas devido ao aumento do nível da lagoa, provocando um efeito dominó pelo transbordamento dos rios interioranos por causa da intensa chuva no fim de semana.

A situação de emergência de 57 cidades, com 68 mil pessoas desalojadas, levou os fiéis da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Estado de Alagoas (IEADEAL), liderada pelo pastor José Orisvaldo Nunes de Lima, a se mobilizarem para atender às vítimas do desastre natural.

O líder da igreja alagoana entrou em contato com os pastores das cidades afetadas e dos bairros da capital a fim de providenciar recursos em caráter de emergência para atender aos necessitados que clamavam por ajuda. Assim, em uma das ações propostas, foram organizadas cozinhas coletivas nas igrejas para oferecer refeições àqueles que tudo perderam nas enchentes que assolaram as cidades alagoanas.

“Por graça de Deus, não perdemos nenhum membro da igreja, nem temos notícias de outros óbitos. Temos consciência de que o Senhor tem nos ajudado, pois, além do investimento feito pela tesouraria da igreja para as emergências, nossos irmãos e outras pessoas de boa vontade têm se oferecido para ajudar”, destacou o líder assembleiano.

O assessor e pastor José Olímpio da Silva Filho informou que a Assembleia de Deus em Alagoas adquiriu centenas de itens os quais já foram entregues à população carente. “A calamidade que se abateu em Alagoas foi enorme, de modo que temos recebido alimentos, roupas, calçados, lençóis, colchões e móveis em geral, visto que muitos perderam seus pertences”, comenta pastor Olímpio.

Quanto aos fiéis lotados nas congregações da capital, eles têm se organizado em torno das doações, e a administração por parte dos dirigentes e coordenadores de região tem sido realizada diligentemente. Alguns, inclusive, não tiveram a vida por preciosa ao terem que resgatar pessoas em situação de risco.

A esposa do pastor José Orisvaldo, psicóloga Edivanilda Nicácio, e a sua equipe também se mobilizaram a fim de atender aos necessitados nos trabalhos de ação social espalhados pelas comunidades da Portelinha, Aprígio Vilela e Aldeia do Índio por conta da situação alarmante gerada pelas enchentes e as constantes chuvas no estado alagoano.

“Diante do quadro aterrador de destruição, temos testemunho de fiéis que entraram em locais com água acima da cintura para resgatar irmãos ilhados e levar alimentos aos que não podiam se locomover. A cena que mais nos emocionou foi a de um de nossos pastores, que observou, em estado de choque, as águas entrarem na casa pastoral e levarem seus bens, mas ele e a família, por graça de Deus, escaparem com vida”, testemunha o pastor José Orisvaldo.

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