Quem nutre o desejo de adorar já vive o culto antes

Quem nutre o desejo de adorar já vive o culto antes

Todos sabemos que o momento de adorarmos o Senhor é um dos principais objetivos de nossa trajetória neste mundo e, quando chegamos prontos ao santuário para render-Lhe culto, nos assemelhamos ao vaso de pequeno porte que um pouco de azeite já faz transbordar. Mas também existem os vasos grandes, que são difíceis de encher, mesmo comparecendo o “melhor pregador” e o “melhor coral”. Encher aquele vaso de grandes proporções torna-se uma tarefa difícil, e ele não enche com “qualquer coisa”. Tem que ser algo muito especial: o hino precisa ser muito teológico, a mensagem precisa ser muito rebuscada etc.

Há vasos pequenos que enchem de transbordar com apenas uma gota de óleo derramada. O vaso pequeno é aquele que comparece para adorar ao Senhor desconsiderando quem vai cantar ou anunciar a Palavra de Deus no púlpito. Ao ser questionado, aquele crente responde da seguinte maneira: “Eu vim aqui para adorar! Não importa o que vai acontecer ao longo da reunião! Eu vim adorar ao meu Deus!”. Tem crente que comparece preparado para adorar e observamos a sua comunicação com o Céu. Ele vive o momento do culto ao Senhor (Lucas 4.8). Vamos tomar como exemplo os judeus que se dirigiam para Jerusalém. Os peregrinos não compareciam à célebre cidade para fazer compras ou rever amigos, mas viajavam exclusivamente para adoração, não para pregar ou cantar e depois voltar para casa. O objetivo daquelas pessoas era simplesmente render culto ao Senhor (João 11.55). Os peregrinos viajavam quilômetros desejosos de adorar a Deus. O crente que nutre desejo de adorar já sente o culto antes mesmo de comparecer ao templo. 

Os peregrinos judeus caminhavam com o desejo de adorar e iniciavam a liturgia com o coração transbordando. Nada os desviava da adoração. O momento de adorar ao Senhor é muito especial. Aprenda algo muito importante: jamais diga “eu adoro meu pai ou minha mãe” ou qualquer outra expressão que invoque situações naturais. Você demonstra amor e dedicação aos pais e aprecia bens triviais, contudo você dedica a sua veneração ao Senhor Deus, isto é, prostra-se diante da majestade santa (Mateus 4.10). Você pode adorá-lo uma vez que nada é mais importante que render-Lhe o devido culto. Imagino aquelas caravanas indo em direção a Jerusalém, pois eram diversas pessoas que se dirigiam para lá e não se deixavam distrair do momento da adoração ao Senhor. Certamente o Maligno tenta roubar a nossa atenção, mas nós mesmos nos distraímos e não rendemos o culto a Deus como deve ser, e naquela uma hora e meia ou duas horas é o momento oportuno para render graças ao Senhor e nada pode nos distrair.

A lição aprendida dos romeiros judeus é que eles aproveitavam cada instante no Templo do Senhor. Aquelas pessoas não desfrutavam do mesmo privilégio que temos hoje. Elas compareciam periodicamente, uma ou três vezes ao ano, de acordo com o calendário festivo da religião judaica, mas aproveitavam o máximo nas dependências do santuário em Jerusalém. Hoje, desfrutamos o privilégio de comparecer todas as vezes que quisermos para adorar ao Senhor nas dependências e nossos templos ou em nossas casas, mas isso não acontece com todos. Há irmãos que não podem marcar presença nas reuniões e lamentam essa situação, mas quem pode usufruir desse momento, que o faça, e de preferência junto com algum amigo convidado seu, pois o Senhor estará presente e acompanhando sua adoração. 

Por José Wellington Costa Junior.

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