Mãe e filha salvas da morte em parto

Mãe e filha salvas da morte em parto

Esposo fica com difícil decisão de escolher entre a esposa ou a filha; Deus salvou as duas

No estado de Pernambuco, uma família pertencente à Assembleia de Deus em Abreu e Lima, presidida pelo pastor Roberto José dos Santos, passou por grande experiência com Deus. Era o ano de 2004, quando Edna Santos engravidou pela segunda vez e, como da primeira vez, uma gravidez de risco. De acordo com seu esposo, o presbítero Gastone Alves dos Santos, 2º superintendente-geral de Escola Dominical, “aquele ano foi de muitas dificuldades, de muitas recomendações médicas e de cuidados”. Mas um fato complicador aumentou ainda mais a tensão familiar a respeito da gravidez de Edna: ela estava na 35ª semana da gestação, quando sofreu um acidente doméstico, o qual a fez ser levada às pressas à Clínica Paulista, no município de Paulista (PE), distante 16 km de Igarassu (PE), onde residiam. Em trabalho de parto de forma prematura, como a criança não viria ao mundo por via normal, o médico que a atendeu marcou a cesariana para 8 de janeiro de 2005.

Com a esposa sob o efeito de medicação, nos dias que antecederam a cirurgia, Gastone ouviu dela algo que o deixou mais aflito do que já estava: o médico havia falado que a situação era muito grave, de maneira que eles deveriam escolher pela vida dela ou da criança. “Ao tomar ciência, segui para o hospital. Quando cheguei ao apartamento em que minha esposa estava internada, encontrei-a chorando desesperadamente por causa do que o médico havia dito”, lembra Gastone. Mesmo temeroso, buscando força no Senhor e fé para animar Edna, ele disse à sua esposa: “Você dirá assim ao médico quando ele retornar: ‘Doutor, Deus está no controle de tudo! Ele não permitirá ser necessária tal escolha’”. Após uma oração, Gastone ficou ao lado da esposa até acalmá-la, mas ele mesmo não estava tão calmo como aparentava. “Confesso que por dentro estava arrasado. Assim que deu, saí para chorar fora do hospital. Senti-me como o rei Ezequias, de frente a uma parede conversando com Deus, orando e chorando, clamando por Sua misericórdia”, conta.

Ao retornar para o hospital, ele soube que Edna havia sido levada para o centro cirúrgico com urgência. Do lado de fora, Gastone ficou acompanhando apreensivo e em grande aflição para que a grande pergunta não fosse feita: “Quem o senhor vai escolher: ela ou a filha?”.

Edna teve que ser reanimada após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias. A criança havia sido tirada com vida, mas nasceu com insuficiência respiratória e foi direto para incubadora, pois, segundo o médico, seu sistema respiratório ainda não estava pronto; por isso, não havia garantia de sobrevivência. Como a Clínica Paulista não oferecia suporte especializado para a criança, ela teve que ser transferida para um hospital com UTI neo-natal. Assim, transferiram a pequena às pressas para o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), em Recife, capital de Pernambuco.

Com a esposa e a filha na UTI, a quilômetros de distância uma da outra, sem poder dar assistência presencialmente às duas, Gastone precisou ainda mais da ajuda da família. “Como eu não conseguiria ficar em dois lugares ao mesmo tempo, fiquei em Recife por vários e longos dias acompanhando minha filha, enquanto minha sogra e minha irmã se revezavam acompanhando Edna no hospital em que ela já estava internada”, conta ele.

Mãe e filha salvas da morte em parto

Sem saber se a filha e a mãe sobreviveria, Gastone passava os dias à espera do milagre, embora o quadro de ambas fosse grave. “Os dias pareciam ser mais longos que o normal. Cada alteração no estado de saúde de uma delas fazia lembrar-me do que fui impulsionado a dizer para minha esposa falar ao médico: ‘Doutor, Deus está no controle de tudo! Ele não permitirá ser necessária tal escolha’”. De fato, não precisei escolher entre uma delas, pois ambas estavam com vida, até então. Não era eu quem tinha que escolher quem viveria, pois não sou dono da vida, mas o Deus Todo-Poderoso, a quem servimos. Ele é o dono da vida de todos nós. E a decisão dEle não foi pela vida de uma ou da outra, mas pela vida das duas”, emociona-se Gastone.

Passadas duas longas semanas, chegou o dia da alta médica de ambas. Edna recebeu alta do hospital primeiro e a filha recebeu depois. O médico estava impressionado com o que havia acontecido e, no acompanhamento pós-parto, resistia a realizar laqueadura em Edna, pois não cria na sobrevivência da criança nos seis meses que viriam. Embora ele não entendesse e nem acreditasse que a criança sobreviveria, Gastone lembra que Deus, que nunca perdeu o controle, já tinha lhes falado: “Eu estou no comando! A sepultura foi fechada!”.

“O mesmo Deus continua no controle de nossas vidas, e nossa família permanece glorificando a Ele por ter atendido ao pedido feito em uma pequena, mas poderosa oração na parede de fora do hospital: ‘Deus, eu escolho as duas’. Para contrariar a opinião médica, a pequenina Ellen está viva e tem hoje 17 anos. É até a mais saudável da família. Edna, minha esposa, também sobreviveu e testemunha comigo este grande milagre. Bendito é o nome de Jesus!”, glorifica Gastone.

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