Por outro lado, a “Crise dos 40” deixou de ser um mito depois da pesquisa realizada em 134 países pelo economista David Blanchflower, professor da Universidade Dartmouth (EUA) e ex-membro do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra. O estudo publicado em janeiro de 2020 pelo Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos EUA anunciou a existência de uma “curva de felicidade” na maior parte dos países. O estudo revelou que, nos diferentes contextos culturais, o padrão se repete: o ser humano sente-se melhor na adolescência, sente mais infelicidade até o fim dos seus 40 anos e a valorização do bem-estar quando a velhice se aproxima. “Basicamente, a pior parte está no meio, enquanto os maiores momentos de felicidade estão na fase inicial da vida e depois dos 50. Talvez os humanos tenham isso profundamente enraizado nos genes”, diz Blanchflower à BBC News Mundo.
O Centro Alemão de Gerontologia anunciou em julho de 2021 o relatório de uma pesquisa realizada com voluntários acima de 40 anos. O resultado do estudo foi semelhante a outros levantamentos anteriores: se a percepção do indivíduo é a de ostentar anos a menos que o apontado na certidão de nascimento,provavelmente o organismo está mais forte e protegido. Munidos de outras informações – quadro clínico, capacidade de realizar atividades cotidianas, questionário sobre estresse e “com quantos anos se sente” – constataram ainda que os que se achavam mais jovens ofereciam melhor resistência ao estresse, tinham índices mais elevados de bem-estar, mais capacidade cognitiva e precisavam ir menos ao hospital.
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