Ainda em nossos dias

Ainda em nossos dias

Compreendendo a necessidade de fazer chegar aos nossos leitores notícias recentes sobre a terra e o povo de Israel, gostaria — então seria a primeira vez — de utilizar-me do espaço que me é destinado para listar alguns pedidos de oração, objetivando preencher um pouco da lacuna que por vezes é criada pela falta de um direcionamento específico que transforme a informação em ação espiritual pelo clamor dos intercessores e a verificação, com ações de graças, das respostas às suas súplicas.

É sabido que Israel enfrenta uma de suas maiores crises, mesmo considerando um passado de grandes e de pequenas guerras, tendo sofrido um sem-número de ataques terroristas e de oposições dos organismos internacionais. Nada, porém, que se possa comparar ao clima de instabilidade dos últimos tempos, quando somamos os mais de 3000 foguetes disparados recentemente em uma só semana a partir de Gaza, à crescente turbulência civil, com marchas de árabes antissionistas pelas ruas das principais cidades israelenses, ataques de judeus extremistas a árabes pacíficos e à incerteza política, numa agitação de águas aparentemente insolúvel a curto prazo. No dia 13 de junho de 2021, domingo, o parlamento de Israel encerrou os 12 anos de governo de Benjamin Netanyahu e aprovou a posse de seu ex-aliado e hoje rival, Naftali Bennett. O novo primeiro-ministro é um judeu ortodoxo tido como moderno, pai de quatro filhos, que se opõe à independência palestina e apoia a criação de assentamentos judeus. Para Netanyahu, em entrevista ao Canal 20: “A esquerda está usando Bennett como uma ferramenta para se coroar mais uma vez, e Bennett está usando [a esquerda] como uma ferramenta para entrar no Gabinete do Primeiro Ministro”. O ex-primeiro-ministro declarou, ainda, que o “país está entrando num território perigoso”, avaliado por ele como sendo de um risco maior do que o processo de Oslo e maior do que o desligamento de Gaza em 2005, ocasiões em que suas preocupações vieram a se cumprir: Oslo resultou em uma sucessão de ataques terroristas e as decisões de 2005 são a raiz dos bombardeiros que o país sofre até hoje.

A mudança política, com o estabelecimento de um governo de coalizão (com Yair Lapid, centrista e opositor de Netanyahu) provocou reações locais e revelou intenções latentes. O líder do partido árabe Ra’am, por exemplo, jurou prestar apoio ao novo governo e declarou que lutará para devolver terras ao seu povo. Muitos não consideram Bennett a voz com a força necessária para fazer frente aos EUA nas negociações em curso e temem que o também empresário mude de postura conforme as circunstâncias. Segundo o singular artigo do Jewish Voice: “Bennett representa uma terceira geração de líderes israelenses, depois dos fundadores do estado e da geração de Netanyahu, que atingiu a maioridade durante os primeiros anos tensos do país, marcados por repetidas guerras com estados árabes. “Ele é o Israel 3.”, escreveu Anshel Pfeffer, colunista do jornal Haaretz, de esquerda israelense, em um perfil recente de Bennett. “Um nacionalista judeu, mas não realmente dogmático. Um pouco religioso, mas certamente não devoto. Um militar que prefere os confortos da vida urbana civil e um empresário de alta tecnologia que não quer ganhar mais milhões. Apoiava a Grande Terra de Israel, mas não era um colono. E ele também pode não ser um político vitalício”. Ou seja, a marca preponderante na presente crise é a insegurança.

Diante do quadro, propomos apresentar ao Senhor, em forma de orações, por aqueles que amam Israel e se sabem portadores de um compromisso com o povo e a terra da promessa os seguintes temas:

Que o governo do Deus Altíssimo seja estabelecido em toda Sião;

Que os governantes, a despeito de partidos, crenças ou visões pessoais sejam instrumentos para que a perfeita vontade do Pai seja executada nesses dias em Israel;

Fiquem sujeitos à vontade de Deus: o sistema político, o sistema educacional, o sistema de saúde, as forças armadas, as estruturas de inteligência, as relações internas, as relações internacionais, a assinatura ou não de tratados, alianças, a liberação de palavras, a economia, o comércio, as informações, os meios culturais, os projetos e sua execução;

Que o Senhor conceda sabedoria ao Knesset, aos que governam, aos que julgam, aos que decretam leis e aos que as fazem cumprir;

Seja Deus sobre o Sinédrio e sobre todas as lideranças religiosas;

Que o Senhor abençoe cada pai e cada mãe em Israel, concedendo-lhes sabedoria para guiar seus filhos no caminho reto. Deus impeça o crescente número de abortos e conceda vida e saúde às criancinhas;

Que haja cura para as crianças traumatizadas pelos sucessivos sons de sirenes e de bombardeios. Que o Senhor lhes conceda paz, renove as esperanças dos jovens e remova o medo de seus corações;

Que o Senhor guarde os soldados da Força de Defesa de Israel, permitindo que haja descanso apesar das poucas horas de sono e do muito trabalho. Sejam protegidos pela Sua potente mão;

Sejam anuladas as forças que se levantam contra Israel, quer no sentido militar, quer por meio dos acordos internacionais. O Senhor, que conhece as intenções dos homens, anule o mal projetado contra a descendência de Abraão;

Sejam neutralizados os ataques desferidos contra Israel. Sejam guardadas as suas fronteiras;

Haja paz em Jerusalém;

Haja convicção no coração dos membros do Corpo de Cristo de seu papel e responsabilidade para com a casa de Israel. O Senhor desperte igrejas e instituições e mobilize uma poderosa onda de intercessão. Não haja descanso, até que Jerusalém seja estabelecida como objeto de glória e de louvor;

Que aumentem sobejamente as expressões de louvor a Deus a partir de árabes e de judeus alcançados e transformados pelo sangue de Jesus;

O Nome do Eterno seja honrado no Oriente Médio;

Nossos irmãos sejam protegidos das perseguições locais e sejam fortalecidos em seu ministério;

O Senhor da seara envie mais trabalhadores para esse campo árido, mas amado, por onde Ele mesmo um dia caminhou. Possa Ele encontrar servos diligentes no trabalho que confiou;

Seja renovado o amor pela Palavra de Deus, pois somente assim as mentiras acerca do povo judeu serão desfeitas e o futuro glorioso de Jerusalém conhecido;

Haja conforto para os enlutados, restauração para os feridos, forças especiais para os ministérios que trabalham com mutilados de guerra e tratamento de traumatizados;

Que Deus console os habitantes de Gaza (um terço dos bombardeios lançados a partir de lá atingiu a própria região). Seja atendido o clamor de um povo que não deseja votar no Hamas, mas não vê no Fatah uma boa opção. “Que o Senhor levante líderes árabes que amem seu povo mais do que odeiem Israel”;

Que a Tikvah (esperança) seja renovada no coração de cada habitante das terras onde manifestou-se, em carne, a nossa única, viva e eterna Esperança, Jesus.

Esteja sempre “em dia com Israel”, orando e compartilhando essas informações. Que o Senhor nos abençoe sempre e eternamente.

Por Sara Alice Cavalcanti.

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