Resultados da destruição da família

Resultados da destruição da família

A família é a mais antiga instituição na Terra e foi criada por Deus para ser algo benéfico para o homem. Ela surgiu como base para sustentação do equilíbrio moral, social e espiritual da sociedade (Gênesis 1.27, 28; 2.24). Entretanto, observa-se que ao longo da história da humanidade a célula mater da sociedade tem sido alvo de diversos ataques com o objetivo de destruí-la. A crise da sociedade de hoje está concentrada, principalmente, nas famílias; ela é o alvo dos maiores ataques de Satanás. Os reflexos desses ataques são observados em forma de tensões, contendas, discussões, iras, gritarias, ofensas, ressentimentos, amarguras e até separações e divórcios.

A sociedade pós-moderna não é marcada apenas pelas tecnologias de ponta, pelo avanço da ciência. A sua marca principal é o aceleramento desses ataques contra a família. A contemporaneidade abre espaço para o materialismo, de maneira que chegamos à conclusão de que, no presente século, esses ataques apresentam um crescimento exponencial com ações que visam a uma ruptura completa do sistema que Deus criou.

Valores como relativismo, individualismo, materialismo, consumismo, foram introduzidos como forma de substituir princípios fundamentais como hierarquia familiar, autoridade, responsabilidade, disciplina, dentre outros.

A não observação desses princípios pode resultar num quadro familiar disfuncional ou patológico que estão diretamente relacionados a doenças psicossomáticas, que muitas vezes passa despercebida aos olhos humanos.

Quando se fala em hierarquia familiar, estamos trazendo a autoridade exercida pelos pais como ingrediente indispensável na formação dos filhos, desenvolvendo neles a capacidade de entender os limites estabelecidos dentro e fora do lar. Daí a importância da exortação apostólica baseada no quarto mandamento da Lei de Deus: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo” (Efésios 6.1).

Infelizmente o que vemos muitas vezes são os filhos conduzindo a família, porque os pais abandonaram suas funções devido à dificuldade na relação conjugal. Os conflitos não resolvidos na relação são levados para a educação dos filhos.

O Senhor indicou para cada um à sua responsabilidade para que haja harmonia na vida familiar. Algumas responsabilidades devem ser divididas entre marido e mulher, mas os filhos também têm papéis importantes a realizar dentro da família, que se resumem basicamente na obediência aos pais - e isso não é opcional, é um mandamento do Senhor (Êxodo 20.12; 1Tm 5.4,8; Levíticos 19.32).

Outro ponto que merece destaque é a disciplina. Quando se fala em disciplina, se está apontando para a formação de discípulos. A casa é a primeira escola, onde o exemplo dos pais é a maior referência. Daí surge uma preocupação: qual a qualidade desses discípulos que estamos formando?

Na sociedade dos tempos bíblicos, o sistema familiar era patriarcal, não havia escola pública e a profissão era adquirida no seio do lar. O clã (família estendida) era o principal responsável pela manutenção e crescimento das famílias. Nesse ambiente, o lar era o centro para a formação da vida – educação, capacitação, proteção e reprodução do ciclo familiar.

Na sociedade atual, as tarefas antes atribuídas aos pais vêm sendo terceirizadas. A família é vista pelo prisma econômico, ou seja, uma força de trabalho e consumo, já que tudo o que diz respeito à vida pode ser comprado. O resultado são lares fragmentados e enfraquecidos, dando lugar ao individualismo de seus membros. Em outras palavras, a ruína da família acontece porque o homem abandonou o conselho divino e adotou os critérios e ideias humanos.

Em nosso contexto atual, observamos não apenas o descontrole sobre a aplicação de princípios e valores, mas a inversão de valores. As pessoas desprezam a instrução, e essa realidade atinge todas as esferas da sociedade. Da mesma forma, ninguém quer ser mal indisciplinar ou manter as bases da boa convivência interpretado por querer organizar, disciplinar ou manter as bases da boa convivência.

Observa-se que a família transferiu para a igreja a responsabilidade da educação religiosa, e a igreja, em muitos casos, faz o jogo do sistema e não quer manter firme a sua conduta cristã, abrindo brechas para o Maligno.

Nossa sociedade é uma sociedade permissiva, onde tudo é possível desde que haja certas regras e compromissos. Só que, quase sempre, essas regras se opõem à ética cristã. É neste ambiente que o cristão precisa optar entre ficar com o socialmente aceitável ou com o biblicamente recomendável. O crente deve optar pelo segundo.

Atualmente convivemos com a inversão de valores, em que o certo passou a ser errado e vice-versa, e aqueles que ousam contrariar o sistema imundo com uma conduta diferente sofrem as consequências. Verificamos que, dentre os inúmeros valores que se perderam ao longo da história da humanidade, podemos citar o respeito, a honestidade e o amor verdadeiro.

Há a necessidade de valorizar a família como projeto de Deus. Ainda não foi criado algo melhor para substituir a família em termos de companhia, aconchego, proteção, amor e desenvolvimento sadio. Nem nunca será. A família continua sendo válida para os nossos dias e será a garantia do futuro da humanidade. É preciso somente fundamentar a família em princípios bíblico-cristãos, isto é, voltar para o fortalecimento das bases.

A família precisa estar atenta quanto às influências nocivas do mundo e não permitir que seus valores sejam destruídos. Por isso, é preciso estar em constante vigilância. Esta é a recomendação que a família não pode abandonar: “Vigiai e orai” (Mateus 26.41).

Por, Luiz Carlos da Silva.

Compartilhe este artigo com seus amigos.

Comentário

Seu comentário é muito importante

Postagem Anterior Próxima Postagem