Evangélicos cobram de Macron pacificação

O Conselho Nacional de Evangélicos Cristãos na França (CNEF), entidade que representa 70% das igrejas protestantes no país e mais de 30 denominações evangélicas, resolveu se pronunciar após a manutenção do presidente Emmanuel Macron (foto) no poder por vitória nas urnas. No dia 24 de abril, em seu discurso, já reeleito, o chefe do Executivo francês ressaltou não ser o candidato de um campo, mas o presidente de todos, e prometeu reformular o método de governar a França, já que o país se dividiu em seu primeiro mandato. “Os próximos anos não serão ‘uma continuidade’ do atual mandato. Ninguém será deixado na beira do caminho”, disse.

O panorama considerado auspicioso levou a liderança evangélica a encaminhar uma solicitação. Assim se manifestaram: “Diante de uma sociedade dividida, o que pedimos ao governo do presidente Emmanuel Macron é que demonstre sabedoria, espírito de unidade, atuando em prol da paz e preservando a liberdade de culto, consciência e expressão de todos”.

O CNEF, que inclui batistas, pentecostais e outras denominações evangélicas, também destacou “que a Bíblia propõe um conjunto de valores conducentes à construção de uma sociedade autenticamente humana, em particular o valor inalterável e absoluto de toda a vida humana, desde sua concepção até o fim, implicando uma exigência de solidariedade para com os mais frágeis”. A liderança do CNEF disse que os evangélicos estão em oração pela França no novo mandato de Macron, e o fazem entendendo que é preciso “viver e construir juntos uma sociedade de paz e confiança e, mais do que nunca, testemunhar a Boa Nova que nos encoraja”.

Pesquisas revelam que os protestantes apoiaram o presidente mais do que os eleitores de outros segmentos. De acordo com o historiador Sebastien Fath, “os membros das igrejas evangélicas francesas surgiram como portadores de esperança diante de um cenário de insatisfação e incerteza” com o governo Macron.

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