Achado gera expectativa de novos dados sobre cultura dos tempos bíblicos
No dia 15 de abril (2021), a revista Antiquity publicou a descoberta de uma escrita datada de 3.500 anos, portanto da época da Canaã bíblica, em uma escavação realizada pelo Instituto Arqueológico Austríaco em Tel Lachish, na região de Shephelah. O estudo publicado deu conta de que se tratava de um fragmento de cerâmica, o mais antigo descoberto, e que vai servir como apoio para os especialistas compreenderem melhor os primórdios alfabéticos. O artefato só divulgado agora foi encontrado em 2018 na região centro-sul de Israel e apresentava uma combinação de seis letras e duas linhas.
A cidade onde foi encontrado o objeto é citada diversas vezes ao longo da narrativa bíblica. Ela é denominada Laquis e acabou sendo destruída pelos israelitas durante a conquista de Canaã. Mais tarde, ela foi transformada em uma cidade importante para os hebreus e novamente arruinada, mas desta vez pelos assírios, no século 7 a.C.
As expectativas em torno do escrito são grandes e prometem revelações importantes em torno da cultura dos tempos bíblicos. De acordo com o co-diretor da escavação na cidade antiga, Dr. Felix Höflmayer, “a escritura vai ajudar a desvendar os mistérios sobre as primeiras escritas alfabéticas, junto com outras evidências encontradas, os alfabetos semíticos e outras descobertas no Monte Sinai. Acredito que os artefatos vão oferecer pistas para estudar as lacunas que ficaram na história sobre o descobrimento do alfabeto. Sabemos que o alfabeto primitivo foi inventado no Sinai aproximadamente no século 19 a.C. Ele ressurgiu no sul do Le-vante (dias modernos de Israel, Palestina e Jordânia) muito mais tarde, apenas por volta dos séculos 12 e 13, mas não tínhamos pistas sobre o que aconteceu entre esses dois períodos”, explica Höflmayer.
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