As peculiaridades da salvação

As peculiaridades da salvação

A missão primacial de Cristo em Sua encarnação foi o resgate do homem dos seus pecados por Sua morte na cruz. O Filho de Deus pagou com Seu sangue o preço que ninguém conseguiria quitar junto ao Criador. Os milagres por Ele realizados foram resultado de Sua compaixão pelos necessitados e prova inequívoca de que o Nazareno era o Messias anunciado pelos profetas do Antigo Testamento; mas, o objetivo principal foi a salvação dos pecadores (Lucas 19.10).

Já havia profetizado Isaías sobre o ministério terreno de Cristo: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Isaías 61.1).

O apóstolo Paulo, em sua carta endereçada a Tito, mostra esse “ano aceitável” como o tempo da graça que trouxe salvação a todos os homens (Tito 2.11).

Durante o ministério de Cristo, quando o grupo de 70 de Seus discípulos saiu a realizar campanhas a mando do Senhor, eles retornaram jubilosos pelos milagres, curas e expulsão dos demônios. Jesus ressaltou para aqueles homens que não deveriam se alegrar tanto por isso, mas se contentarem por ter os nomes escritos no Livro da Vida (Lucas 10.17).

Tudo o que envolve a nossa vida neste mundo não deve superar o nosso amor e o nosso desejo pela vinda de Jesus, que virá para nossa glorificação. Em seus últimos registros em sua carta a Timóteo, Paulo fez alusão à coroa da justiça reservada para todos os que amarem a Vinda de Jesus (2 Timóteo 4.8). Amar a Vinda de Jesus é amar a salvação, amar o encontro glorioso, amar a nossa redenção, amar as promessas de Jesus.

Os três estágios da nossa salvação

No início da nossa conversão, a nossa salvação foi alcançada pela fé e confissão em Cristo Jesus. Este dia foi peculiar, nunca podemos esquecer. No decorrer da nossa vida, a nossa salvação deve ser preservada. “Conservai a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna” (Judas v.21). “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1 Timóteo 4.16). Na Vinda de Jesus, a nossa salvação será completada. Jesus disse: “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10). Nós recebemos cura, renovação, dons espirituais, poder e avivamento como bênçãos oriundas da fé nas promessas do Evangelho para nossa alegria, despertamento, edificação e frutos no trabalho do Senhor.  “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias, de sorte que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os espíritos malignos saíam” (Atos 19.11,12).

Devemos ter cuidado em guardar peculiaridades como o amor, dedicação e entrega pessoal como elementos da salvação em Cristo. O Mestre disse: “De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a vossa alma?” (Marcos 8.36).

Ananias e Safira faziam parte da novel igreja em Jerusalém, mas, por causa da mentira e devoção só aparente, se corromperam pela metade do preço da herdade e perderam a salvação (Atos 5.1-11). Demas era cooperador de Paulo, contudo, devido ao seu amor pelo mundo com suas vantagens materiais e religiosas, ele perdeu a salvação (2 Timóteo 4.10-15). Paulo ocupava-se com a sua salvação: “Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado” (1 Coríntios 9.27). Importante é não perdermos de vista o objetivo principal pelo qual Jesus veio dar a Sua vida na cruz do Calvário. Por este motivo, não devemos nos apegar em demasia a este mundo. O Apóstolo dos Gentios mostra que o crente nascido de novo não deve ter como prioridade os cuidados deste mundo e nem viver em contenda por variados motivos, que constituem a mesquinhez do contexto social daqueles que não servem a Deus: “Na verdade, é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano e isso aos irmãos” (1 Coríntios 6.7,8).

O Senhor nos ensina a dar de mão às nossas razões em benefício da nossa salvação. “... e ao que quiser pleitear contigo e tirar-te a vestimenta, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas. Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5.40,41,48).

Cuidado com as ilusões deste mundo perdido. Nem na alegria, nem no sofrimento. Nem por muita ou por pouca vantagem. A fé nunca terá o valor eterno se não tiver por objetivo principal a salvação (Romanos 8.38,39). Temos como excelente exemplo a declaração do profeta Habacuque, que priorizou a sua salvação acima de quaisquer circunstâncias: “Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei, exultarei no Deus da minha salvação”. (Habacuque 3.17,18).

Paulo deixou registrado: “Não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. Porque no evangelho se descobre a justiça de Deus de fé em fé porque o justo viverá da fé” (Romanos 1.16,17).

O Senhor cuida de todas as Suas criaturas, desde o homem, Sua imagem e semelhança, até o menor ser vivente. Mas, se estamos falando de salvação da alma do homem, é preciso crer que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador da nossa alma e alcançaremos a vida eterna na pessoa do Filho de Deus, cuja salvação é estendida a todos os seres humanos que realmente desejam viver suas vidas com Deus (Romanos 10.9-13).

Por, José Edson de Souza Filho.

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