A banalização do mal e seus efeitos

A banalização do mal e seus efeitos

A Bíblia Sagrada, nosso manual de fé e de verdade absoluta, alerta em 2 Coríntios 4.4¬ que “o deus deste mundo cegou o entendimento dos descrentes, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho da glória de Cristo o qual é a imagem de Deus”. O versículo 1 do mesmo capítulo encoraja o cristão através da frase: “...não desanimamos”. Nós temos atravessado dias difíceis nos quais os valores morais estão sendo banalizados. As crianças, as famílias e as escolas sendo expostas a filosofias enganadoras e perversas. O próprio sistema social tem contribuído para tal situação.

Vemos a influência de cosmovisões norteadoras do pensamento secular, dentre elas o pluralismo, que afirma que existem múltiplas maneiras legítimas de pensar, todas baseadas em contestações características da sociedade pós-moderna, que deseja romper com os padrões ao rejeitar as crenças anteriores. Se expressam na política, na religião, no pensamento teológico, dentre outros. No campo da religião, se presentam na influência do relativismo, afirmando que toda religião oferece o mesmo discurso, o mesmo Deus com visões diferenciadas. Defendem que pode existir salvação fora de Jesus Cristo e que o Deus de amor não excluirá da salvação aqueles que não receberam o Filho de Deus em suas vidas. Já o relativismo defende que não há verdade absoluta, não existe certo ou errado e que toda forma de pensar e agir deve ser respeitada. A única certeza é que não há certeza.

Há também a cosmovisão humanista, cuja característica principal é o antropocentrismo, ao colocar o homem ou a humanidade como centro do Universo. É uma espécie de deificação do homem. Isso se expressa até mesmo nas fileiras de algumas igrejas, ao deixarem de ser cristocêntricas e passarem a atender aos interesses dos homens, de modo que observamos que os perigos da pós-modernidade não estão fora da estrutura eclesiástica, mas podem estar influenciando o pensamento de qualquer indivíduo que não esteja debruçado na Palavra de Deus e vigilante em constante oração conforme nos orienta a Bíblia em Efésios 6.18: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos”.

Essas filosofias são transferidas de maneira sutil às pessoas, especificamente as crianças, principal alvo, por se encontrarem em processo de formação. O Maligno é a maior influência sobre ideias, opiniões, metas, desejos e pontos de vista. Sua influência abrange filosofias, educação e comércios mundiais. As especulações e falsas religiões do mundo estão sob seu controle e surgiram a partir de suas mentiras e enganos. Observamos em 1 João 3.7: “Filhinhos, ninguém vos engane”. E o versículo 8 cita que o Diabo vive pecando desde o princípio. Mas Deus é soberano e em Sua infinita sabedoria permitiu que o inimigo operasse neste mundo dentro dos limites que Ele estabeleceu. Os cristãos estão sob o domínio divino. Por outro lado, infelizmente, os incrédulos ainda estão presos “no laço do Diabo” 2 Timóteo 2.26), encontram-se “no poder do Maligno” (1 João 5.19) e são escravos de Satanás (Efésios 2.2).

Vivemos dias sem paralelo na cultura ocidental nos quais o cenário moral está sendo modificado constantemente. Em consequência disso, os cristãos têm muitas oportunidades de insistir na verdade divina e de anunciar a Salvação ao mundo. A igreja não pode ficar apática diante dessa realidade. Elizabeth Rundle Charles fez os seguintes comentários sobre como Martinho Lutero enfrentou os temas mais importantes de sua época: “É a verdade atacada em qualquer época que testa nossa fidelidade (...). De fato, há batalhas sendo travadas em torno de várias questões sociais citadas anteriormente. Há algumas décadas apenas, Francis Shaeffer escreveu: ‘Nós, cristãos evangélicos que cremos na Bíblia, estamos travando uma batalha. Não se trata de uma discussão entre cavalheiros. É um conflito de vida e morte entre os exércitos espirituais da impiedade e os que invocam o nome de Cristo (...). Contudo, creditamos realmente que estamos em meio a uma batalha de vida e de morte? Acreditamos realmente que o papel que desempenhamos nessa batalha tem consequências para a eternidade de homens, mulheres e crianças, que poderão passá-la no inferno? Infelizmente, é preciso reconhecer que poucos evangélicos se comportam como se tais coisas fossem verdade (...).  Onde está a voz clara que aborda temas cruciais do momento oferecendo respostas inequivocamente bíblicas e cristãs? Com lágrimas temos de reconhecer que não encontramos e que um grande segmento de cristãos que se dizem evangélicos se deixou seduzir pelo espírito mundano da presente era. E mais do que isso, podemos esperar que o futuro seja um desastre ainda maior se a Igreja não tomar uma posição em defesa da verdade bíblica e da moralidade em todo aspecto da vida”.

Portanto, que a Igreja de Cristo seja corajosa para anunciar a verdade e não se omita desta convicção. É preciso ter consciência de que silenciar é concordar com as mentiras filosóficas que têm enganado a muitos e prejudicado as crianças. Não é esse o propósito dAquele que nos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz.

Por, Rosilene Silva Sousa.

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