O Batismo no Espírito Santo e a sua importância para a Igreja em nossos dias

O projeto de Deus para os salvos sempre foi fazer dos seguidores de Jesus pessoas que se reuniriam em Seu nome e em Seu nome levariam a mensagem do Evangelho ao mundo de uma forma poderosa, com sinais, maravilhas e capacitações dadas de forma sobrenatural. O próprio Jesus declarou que os que crescem nEle fariam as mesmas obras que Ele fez, e outras maiores também (João 14.12), e, ao longo do Novo Testamento, os discípulos viram se cumprir em suas vidas esses sinais.

Após a Ascenção do Senhor, os discípulos permaneceram em oração até que receberam o revestimento de poder prometido por Jesus. Observe que, pelo texto sagrado, duas formas de poderes são apresentadas por João e por Lucas: o poder de ser salvo e o poder do Espírito Santo para testemunhar.

O apóstolo João destaca o poder transformador que o Evangelho causa naqueles que recebem a Jesus pela fé: “Veio para o que era seu, e os seus os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no seu nome” (João 1.11,12). Ser feito filho de Deus é uma transformação tal que somente um poder que vai além da compreensão humana pode realizar tal mudança. Nenhum ser humano consegue realizar tal transformação, pois ela vem de Deus. Este milagre é para os nossos dias.

Já Lucas relata, em Atos dos Apóstolos, que o Espírito Santo de Deus veio sobre os discípulos, e eles foram cheios do Espírito, e o sinal desse enchimento foi o de que aqueles crentes falaram em outras línguas, dadas pelo Espírito. As línguas que esses discípulos falaram, de acordo com Lucas, vieram depois que foram cheios do Espírito (At 2.4), e não antes. A experiência do Pentecostes mostra essa ordem: o Espírito de Deus deseja revestir pessoas para testemunhar, então Ele enche a pessoa, e a pessoa manifesta o falar em outras línguas. Este sinal é para os nossos dias.

Comunidade cheia do Espírito

O revestimento de poder, dado por Deus à Igreja, tornou aquele grupo de crentes pessoas ousadas para testemunhar. Milagres ocorriam pelas mãos dos apóstolos (Atos 5.12) e as reuniões de oração eram poderosas (Atos 4.31). Os crentes, cheios do Espírito, tinham “abundante graça” (Atos 4.33), e não havia necessitados entre eles (Atos 4.34). Até pessoas perturbadas por espíritos malignos eram todas curadas (Atos 5.16). Mesmo com a perseguição dos sacerdotes judeus, o testemunho dos discípulos permanecia vivo, e o primeiro mártir, Estêvão, cheio do Espírito Santo, viu o próprio Jesus, de pé, antes de ser apedrejado (Atos 7.55). Pessoas cheias do Espírito Santo veem libertação, submissão de uns para com os outros, respeito às autoridades, respeito à Palavra, milagres e até visões dos céus. Estes sinais são também para a Igreja em nossos dias.

Uma promessa para hoje

Um dos maiores debates teológicos de nossos dias tem sido o questionamento da atualidade dessa experiência para os nossos dias. Certas frentes teológicas entendem que a salvação é para os nossos dias, mas o Batismo com o Espírito Santo, não. Mesmo que a Palavra de Deus mostre de forma clara que a Salvação e o Batismo com o Espírito Santo são presentes de Deus a todos que creem, há pessoas que desconfiam da contemporaneidade do revestimento de poder predito por Jesus. Ocorre que em nenhum momento os textos gregos do Novo Testamento apontam para uma pausa ou para a cessação da manifestação do Espírito para os nossos dias. Se o questionamento da atualidade da experiência vem achando guarida nos meios evangélicos, deve ser deixado claro que ele não se baseia numa exegese honesta do texto bíblico, pois em nenhum momento os apóstolos deixaram uma data de validade para o batismo com o Espírito Santo. Essa experiência é para os nossos dias, e para todos aqueles que creem.

O batismo com o Espírito Santo foi profetizado e realizado há séculos

Em seu projeto para a Igreja, Deus usou o profeta Joel para declarar: “E há de ser que, depois, derramarei do meu Espírito sobre toda a carne” (Joel 2.28). De acordo com o profeta, filhos e filhas profetizarão, velhos sonharão e os jovens terão visões, e servos e servas seriam igualmente cheios do Espírito. Quando falamos do revestimento de poder da mesma forma que Jesus, pensamos em uma experiência para todos, e não para alguns somente. O “Derramarei do meu Espírito sobre toda carne” é para os nossos dias; e Deus, que zela pela Sua Palavra, tem cumprido a Sua parte nessa profecia.

Por uma Igreja Cheia do Espírito

É impensável imaginar que a salvação é para os nossos dias, e o Batismo com o Espírito Santo, não. E cabe à igreja trazer à memória essas verdades: O Deus que planejou a Salvação também projetou o revestimento de poder para os mesmos salvos. Crentes cheios do Espírito, no século XXI, são pessoas que veem milagres e manifestações sobrenaturais, curas e expulsão de demônios, e também são pessoas que amam a Palavra de Deus, que se submetem uns aos outros, que respeitam a autoridade ministerial e que veem sinais que os acompanham. Essa Igreja, revestida de poder, é para os nossos dias.

A história do Movimento Pentecostal mostra o quanto a Igreja cresceu por ter simplesmente acreditando na Palavra de Deus, ter compreendido a realidade de dessa doutrina e buscado a sua prática. Em um Brasil cheio de trevas espirituais, os pentecostais, salvos e cheios do Espírito, levaram o Evangelho aos lugares mais distantes de nossa nação, o que fez com que em cada município da nossa Federação houvesse uma Assembleia de Deus.

Há igrejas que desejam reuniões de oração cheias do poder de Deus; há igrejas que desejam ver conversões ocorrendo com frequência e jovens cheios do Espírito sendo usados poderosamente em suas escolas e faculdades, ou nos ambientes de trabalho. O caminho para essas possibilidades passa pelo Batismo com o Espírito Santo, pela experiência do revestimento de poder planejado por Deus para os salvos.

O Batismo com o Espírito Santo é mais do que uma doutrina; é uma realidade baseada na revelação de Deus a um profeta do Antigo Testamento e cumprida na História, registrada em Atos dos Apóstolos, experimentada pela Igreja Primitiva e vista ainda nos dias de hoje.

Esse Batismo é importante para a Igreja em nossos dias, que se aproximam cada vez mais de tempos de obscuridade e da Volta de Jesus. Vivemos em tempos tão conturbados que somente esse revestimento de poder pode fazer a diferença individual e coletiva na comunhão dos santos. Os discípulos esperaram em oração a promessa de Jesus, e foram revestidos. O que Deus prometeu, Ele cumpriu. Será que Deus reteria Sua mão se orássemos pedindo um avivamento para os nossos dias? Não seria o Seu desejo ver cumprido hoje um derramamento sem precedentes do seu Espírito, como ocorreu em Atos dos Apóstolos?

Por, Alexandre Coelho.

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