Mortos por pregar na rua ou internet

Mortos por pregar na rua ou internet

Cristãos assassinados por acusação de serem “seguidores de Satanás”

No início de março, a família ugandense formada pelos ex-muçulmanos Juma Waiswa, sua esposa Nasimu Naigaga e a filha Amina Nagudi, foi repudiada por seus familiares e agredidos com ácido pelo fato de se manterem fiéis a Jesus Cristo. Segundo dados estatísticos, a quantidade de cristãos em Uganda representa hoje 12% da população. De acordo com informações veiculadas pelo Uganda Christian News, Juma Waiswa e sua família foram evangelizados por um pastor na vila Intonko. Após a conversão, os parentes os questionaram, ameaçaram e finalmente os agrediram com ácido.

“Nos perguntaram sobre nossa salvação e afirmamos a eles que acreditamos em Jesus e nos convertemos ao cristianismo. Eles nos disseram para renunciar a Jesus, mas mantivemos a fé recém-fundada em Jesus”, contou Juma.

As ameaças não foram suficientes para levar Juma e sua família de volta ao islamismo, de modo que o seu pai, munido de uma garrafa de ácido, borrifou o conteúdo em direção ao filho, esposa e a neta, simultaneamente os acompanhantes passaram a gritar: ‘Allah Akbar [Deus é maior], você merece a morte’, e então nos deserdou”, completou Juma.

Feridos pela ação do ácido, o convertido e sua família fugiram e acabaram sendo acolhidos pelo pastor da igreja local e encaminhados ao hospital. O ataque aconteceu no início de março e até ao término desta edição, a família ainda estava internada e sob cuidados médicos.

Ainda em Uganda, na primeira semana de março, os radicais manifestaram a sua ira com a mensagem bíblica anunciada pelo pregador John Michael Okero, durante um evento evangélico ao ar livre no leste do país africano; o cristão foi espancado sem compaixão pelos militantes e atearam fogo ao corpo. No dia 28 de fevereiro, o preletor estava em sua atividade na aldeia Kadungulu, distrito de Serere quando teve o microfone arrancado por um muçulmano chamado Shakuuru, em seguida ele outros radicais iniciaram o espancamento, enquanto o acusavam de blasfemar Alá.

Mortos por pregar na rua ou internet

Segundo o site de notícias Christian News após o assassinato, os policiais chegaram ao local, mas os assassinos já haviam fugido. As testemunhas disseram que a vítima era frequentemente convidada a anunciar a Palavra de Deus em eventos evangélicos na aldeia Kadungulu, de maioria islâmica. A morte de Okero foi mais uma lamentável estatística de muitos outros casos de perseguição documentados no país africano.

No norte do Iraque, a jovem curda Iman Sami Maghdid, mais conhecida como Maria, filha de um clérigo muçulmano, foi encontrada morta na madrugada do dia 7 de março. A morte da jovem foi anunciada pela International Christian Concern (ICC) que classificou a atitude da vítima como um “ato de bravura” ao anunciar publicamente a sua fé cristã, através dos louvores que ela mesma cantava e que publicou no aplicativo TikTok. Ela foi assassinada em Erbil, Curdistão iraquiano.

Mortos por pregar na rua ou internet

“Para alguém nascido como muçulmano, ser aberto sobre o cristianismo é um tremendo ato de bravura, uma vez que a maioria dos crentes de origem muçulmana na região enfrenta intensa pressão de suas famílias e comunidades”, disse Jeff King, presidente da ICC.

Um cristão que conheceu a vítima disse que “um membro do meu grupo de estudo bíblico deu a ela uma Bíblia no mês passado. Ela se voltou para o cristianismo, e sua família sabia por causa desse vídeo que ela postou no TikTok”.

Na Arábia Saudita, aconteceu no dia 12 de março, a execução de 81 pessoas, dentre os quais figuravam desde assassinos até integrantes de grupos militantes ou defensores de ideologias extremistas. A Christian Broadcasting Network (CBN-rede de televisão e produção evangélica) divulgou a estarrecedora notícia. A lista de executados incluía 73 sauditas, sete iemenitas e um sírio. O noticioso revelou que essa foi a maior execução em massa realizada no país islâmico, em sua história moderna. A quantidade de prisioneiros executados superou um episódio ocorrido em janeiro de 1980, quando 63 radicais foram condenados pela tomada da Grande Mesquita, em Meca, de 20 de novembro a 4 de dezembro de 1979.

As autoridades não expediram informações sobre o local onde aconteceram as execuções e nem explicações sobre a escolha do sábado para as sentenças serem cumpridas. A maneira pela qual foram mortos não foi divulgada, apesar de os prisioneiros no corredor da morte saibam que, normalmente, a decapitação seja a sentença usual na Arábia Saudita. A agência estatal de imprensa saudita anunciou, apenas, que “os condenados foram acusados por vários crimes, entre eles o assassinato de homens, mulheres e crianças inocentes”. Os cidadãos sauditas também tiveram acesso a um anúncio na TV estatal que classificou os executados como “seguidores de Satanás” na realização de seus crimes.

As lideranças sauditas argumentaram que alguns dos condenados faziam parte do grupo terrorista Al Qaeda, além de outros apoiadores dos rebeldes houthis do Iêmen. O governo saudita lidera uma coalizão na luta contra os houthis, apoiados pelos iranianos desde 2015, homiziados no Iêmen. “O reino continuará a adotar uma postura estrita e inabalável contra o terrorismo e as ideologias extremistas que ameaçam a estabilidade do mundo inteiro”, diz um relatório expedido pelo governo.

O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman que assumiu o poder sob o comando de seu pai, Salman bin Abdulaziz, concedeu entrevista realizada no país islâmico, em sua história moderna. A quantidade de prisioneiros executados superou um episódio ocorrido em janeiro de 1980, quando 63 radicais foram condenados pela tomada da Grande Mesquita, em Meca, de 20 de novembro a 4 de dezembro de 1979.

As autoridades não expediram informações sobre o local onde aconteceram as execuções e nem explicações sobre a escolha do sábado para as sentenças serem cumpridas. A maneira pela qual foram mortos não foi divulgada, apesar de os prisioneiros no corredor da morte saibam que, normalmente, a decapitação seja a sentença usual na Arábia Saudita. A agência estatal de imprensa saudita anunciou, apenas, que “os condenados foram acusados por vários crimes, entre eles o assassinato de homens, mulheres e crianças inocentes”. Os cidadãos sauditas também tiveram acesso a um anúncio na TV estatal que classificou os executados como “seguidores de Satanás” na realização de seus crimes.

As lideranças sauditas argumentaram que alguns dos condenados faziam parte do grupo terrorista Al Qaeda, além de outros apoiadores dos rebeldes houthis do Iêmen. O governo saudita lidera uma coalizão na luta contra os houthis, apoiados pelos iranianos desde 2015, homiziados no Iêmen. “O reino continuará a adotar uma postura estrita e inabalável contra o terrorismo e as ideologias extremistas que ameaçam a estabilidade do mundo inteiro”, diz um relatório expedido pelo governo.

O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman que assumiu o poder sob o comando de seu pai, Salman bin Abdulaziz, concedeu entrevista à revista The Atlantic na qual ele fez referências quanto a pena de morte em seu país e comentou a interrupção de uma “alta porcentagem” de execuções através do pagamento de acordos conhecidos por “dinheiro de sangue” a famílias enlutadas. “Acerca da pena de morte, nós nos livramos de tudo, exceto por uma categoria, e esta está escrita no Alcorão, e não podemos fazer nada a respeito, porque é um ensinamento claro”, disse a autoridade de acordo com o canal de notícias por satélite saudita Al-Arabiya.

O príncipe explicou que “se houve assassinato, a família dessa pessoa tem o direito de ir ao tribunal e aplicar a pena capital, a menos que perdoe o assassino. Ou se alguém ameaça a vida de muitas pessoas, isso significa que ele deve ser punido com a pena de morte. Independentemente de minha vontade, eu não tenho poder de mudar isso”.

Por sua vez, a comunidade cristã mantém a discrição em meio a hostilidade muçulmana. “Se eu acreditar que Jesus é Deus, eles vão me matar”, revelou uma ex-muçulmana cuja identidade foi preservada por motivos de segurança. No mundo islâmico, abandonar Maomé é considerado um dos maiores pecados cometidos por um muçulmano.

As mensagens de ódio ensinadas nos livros escolares levaram as organizações de direitos humanos a pressionar o governo saudita para reformular o currículo escolar desde os ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova York (EUA), mas sem sucesso. No Islã, as bênçãos recebidas não podem ser atribuídas a Jesus Cristo, devido ao risco de o “infrator (a)” ser alvo de punição.

Se este artigo foi útil para você compartilhe com seus amigos.

Comentário

Seu comentário é muito importante

Postagem Anterior Próxima Postagem