Desenganado tem alta e volta à família

Desenganado tem alta e volta à família

Deus restaura Geisel de Paula de rara enfermidade considerada incurável

Na primeira semana de outubro de 2018, Geisel de Paula, professor de Teologia e membro da Assembleia de Deus em Guarulhos (SP), liderada pelo pastor José Wellington Costa Junior, passou a apresentar alguns sintomas em seu corpo, como formigamento nas extremidades dos dedos dos pés e das mãos, e dor na coluna. Precisamente no dia 8 do mesmo mês, ele sentiu fraqueza muscular e, na tarde do dia seguinte, não conseguia mais se levantar do sofá sem ajuda. “A minha família chamou um amigo e irmão em Cristo que me ajudou a embarcar no carro que me levaria para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, ao chegar à unidade hospitalar, fui examinado por um clínico geral e um ortopedista, mas não conseguiram diagnosticar meu problema”, lembra Geisel.

Antes de sua ida ao ambulatório, porém, Geisel já suspeitava do que lhe acometera: uma amiga que trabalha na Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) já havia detectado os mesmos distúrbios em seu filho que havia sido diagnosticado ser portador da Síndrome de Guillain Barré, uma rara doença que atinge 15 mil pessoas por ano no Brasil. O sistema imunológico do paciente ataca os nervos resultando em paralisia.  Geisel recorda que permaneceu no soro por três dias, mas a sua situação agravava-se cada vez mais. A sua transferência para o Hospital Padre Bento foi possível graças à intervenção do vereador Jesus Roque de Freitas (Professor Jesus).

Logo que foi internado, Geisel foi submetido pelos médicos a testes de reflexos e demais exames. Em seguida, ele foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os médicos o alertaram que a doença era incurável. Entrementes, os profissionais abordaram a esposa de Geisel, Patrícia de Paula, e disseram que o tratamento exigia imunoglobulina humana, cujo investimento era de 7 mil reais por dose, e não havia estoque no Estado de São Paulo. Os médicos a exortaram que ela retornasse no dia seguinte com vistas a verificar a alteração no status.

Na manhã do dia seguinte, o médico comunicou a Patrícia a boa notícia: “O remédio está vindo de Santa Catarina ainda hoje”. Posteriormente, ela diria a Geisel que os médicos administraram sete doses em sua veia, de modo que a administração do medicamente custou 49 mil reais pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Mais tarde, os profissionais retiraram o Líquido Cefalorraquiano (LCR) da minha coluna e constataram o que eu já suspeitava: eu era portador da Síndrome de Guillain Barré. A substância extraída de meu organismo é um fluído corporal transparente produzido pelo cérebro, concentrado em parte na cabeça e na coluna”, explica.

No dia 15, os médicos tiveram que utilizar o método mecânico da intubação, devido à perda dos estímulos externos do paciente resultante do agravamento da paralisia. Geisel permaneceu ligado aos aparelhos por cinco dias, com a suspeita de não voltar do coma ou o temor de ser contaminado por infecção generalizada. “Eu fui traqueostomizado no dia 20 para substituir a intubação e ajudar-me a respirar. Mas, enquanto meu quadro clínico piorava, meus irmãos em Cristo oravam em meu favor. Eu trabalho no jornal Ceifeiros em Chamas, órgão ligado à Convenção Fraternal das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo (Confradesp); por esse motivo, os pastores e os irmãos em geral clamavam ao Senhor. Devido às minhas atividades, sou conhecido em diversos setores da região metropolitana de São Paulo. Soube que pessoas em outros estados do Brasil e no exterior oravam por minha vida, e Deus teve compaixão de mim”, relata Geisel.

Antes de sua recuperação milagrosa, porém, aconteceu o pior, exatamente que os médicos temiam: o paciente acabou por ser acometido de uma infecção generalizada e o quadro clínico agravou-se ainda mais. Segundo a família, os profissionais disseram que apenas um milagre poderia salvá-lo da morte iminente, mas a notícia devastadora e seus efeitos psicológicos deram lugar à esperança. “Eu saí do coma aos poucos e passei a respirar sem a ajuda de aparelhos. Minha melhora foi progressiva. Adquiri pneumonia e fui administrado com todos os antibióticos existentes no Brasil. A febre persistia e o médico disse a minha esposa: ‘Aplicamos nele todo tipo de antibiótico existente no mercado, e se esta situação persistir, não haverá mais nada a fazer’”, conta Geisel. Os delírios eram constantes devido à complexidade da medicação e o paciente enxergava alucinações com as pessoas ao seu redor. “Para mim, era tudo tão real que até depois de recobrar a consciência eu falava sobre elas como se tivessem de fato acontecido”, lembra.

Geisel afirma que permaneceu 65 dias internado, sendo 45 na UTI, mas, ao longo de sua trajetória, vários irmãos o visitavam no hospital e diziam profeticamente à sua esposa que a enfermidade não o mataria e que ele teria um lindo testemunho para contar. Apesar disso, Geisel chegou a orar ao Senhor dizendo que estava pronto para partir, e que Ele cuidasse da esposa e da mãe que ficariam neste mundo. Porém, Deus interviu no quadro, fazendo a improvável recuperação acontecer, de maneira que, dias depois, os médicos avisaram à esposa de que o paciente teria alta. Entretanto, Geisel precisaria de cuidados especiais e de muita fisioterapia.

“Fui liberado no dia 12 de dezembro e encaminhado para a casa da minha mãe, no Ipiranga, pois necessitava de cama hospitalar e meu apartamento não era adequado. A vereadora Rute Costa providenciou e ainda conseguiu a ajuda da equipe da Escola de Missões da Assembleia de Deus (EMAD), de modo que tive acesso a médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, fisioterapeuta e fonoaudióloga. Infelizmente, eu não conseguia encher as bochechas de ar e apresentava sérias dificuldades na fala. Os profissionais visitavam-me uma vez por semana. A enfermeira do Setor 116 (Alto do Ipiranga) também cuidou de mim, e ensinou técnicas à minha esposa para ela continuar o tratamento”, recorda Geisel. De lá para cá, a sua recuperação tem avançado.

O professor credita toda a glória a Deus, que lhe proporcionou o livramento. “Alguém pode me perguntar: ‘Por que você atravessou esse sofrimento?’. Eu não sei dizer, mas acredito que eu necessitava de um testemunho para contar, de alguém que escapou da morte e voltou para contar. Apesar de não compreender os motivos, preciso dizer que a experiência deixou a minha fé mais aguçada e me tornou mais ciente daquilo que Deus pode realizar quando o povo dEle clama em favor de alguém. O Senhor curou-me da doença. Preciso apenas continuar com as sessões de fisioterapia para eu retificar completamente as sequelas”, afirma Geisel, louvando a Deus pela vitória.

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