Achados confirmam narrativa bíblica

Achados confirmam narrativa bíblica

Entre descobertas, prova de destruição com fogo de Sodoma e Gomorra

Arqueólogos comemoraram resultados de escavações realizadas em Midyat, na província de Mardin, na Turquia. Nelas, foram  encontradas  as  ruínas  de um bairro onde foi possível identificar locais de culto, silos, poços de água e passagens com corredores na cidade subterrânea chamada de “Matiate”; e uma gruta na mesma localidade destinada à limpeza e conservação das ruas e casas históricas, levando em conta que Midyat é um museu a céu aberto.

O diretor do Museu Mardin e chefe das escavações no sítio arqueológico de Matiate, Gani Tarkan fez comentários acerca do sucesso das escavações e também dos desdobramentos do trabalho por todo o distrito. Os comentários foram veiculados pelo diário online Daily Sabah. O diretor indicou outros exemplos de cidades subterrâneas encontradas em Anatólia, mas destacou a relevância da cidade subterrânea de Midyat devido às suas peculiaridades.

“Matiate tem sido utilizada ininterruptamente por 1,9 mil anos. Foi construída primeiro como um esconderijo ou área de fuga pelos cristãos, cuja orientação religiosa ainda não era oficial no século 2. Famílias e grupos que aceitavam o cristianismo geralmente se refugiavam em cidades subterrâneas para escapar da perseguição de Roma ou formavam uma cidade subterrânea. Possivelmente, a cidade subterrânea de Midyat era um dos espaços de vida construído para este fim. É uma área onde estimamos que pelo menos 60-70 mil pessoas viviam no subsolo”, explica.

Achados confirmam narrativa bíblica

A cidade foi desenterrada após a caverna ser considerada uma passagem para diferentes locais a serem escavados. As escavações prosseguem com o apoio do Ministério da Cultura e Turismo, Direção Geral do Patrimônio Cultural e Museus, Museu Mardin e Município de Midyat. Ao longo das escavações, foram encontrados muitos artefatos que datam dos séculos 2 e 3 d.C. espalhados cidade afora. As autoridades contam com a otimização do turismo depois das novas descobertas, levando as pessoas a conhecerem a cidade subterrânea.

Segredos de Sodoma e Gomorra desvendados

As descobertas continuam com o avanço do trabalho de arqueólogos. Especialistas disseram ter encontrado evidências de um grande evento ocorrido em Tall el-Hammam, um antigo assentamento perto do Mar Morto. Eles relatam telhados derretidos, cerâmica desintegrada e padrões incomuns nas formações rochosas que podem estar associados ao calor intenso. Steven Collins, reitor da Faculdade de Arqueologia da Trinity Southwest University e principal arqueólogo de Tall el-Hammam, explicou que a região permaneceu intocada entre três a seis séculos depois de 1650 a.C. O especialista informou que as evidências, descritas pelos cientistas em um artigo publicado em 2021 na revista científica Nature, revelam que a destruição combinava com o local e o momento narrados na Bíblia Sagrada em torno da subversão das cidades de Sodoma e Gomorra (Gênesis 19.24,25).

O reitor liderou 21 especialistas de 19 instituições de pesquisa cujo trabalho foi centrado na avaliação dos restos mortais de Tall el-Hammam e concluíram que a magnitude do evento apocalíptico sugeria uma enorme explosão aérea ou cometa. “A explosão aérea proposta foi maior do que a explosão de 1908 sobre Tunguska, na Rússia, onde um bólido de 50 m de largura – um meteoro que explode no ar – detonou com mil vezes mais energia do que a bomba atômica de Hiroshima”.

Os cientistas estimaram que a tragédia tenha ocorrido por volta de 1650 a.C. e acrescentaram que “é altamente incomum e atípica de estratos arqueológicos em todo o antigo Oriente Próximo”. Eles disseram que a devastação era diferente da causada por acidentes sísmicos ou conflitos armados devido à descoberta de cacos de cerâmica com suas superfícies externas derretidas em vidro e que algumas borbulhavam como se fervidas, incluindo o derretimento de tijolos e gesso de construção, dando conta de algum evento desconhecido de alta temperatura. Os estudiosos indicaram objetos do cotidiano, pedaços carbonizados de vigas de madeira, grãos carbonizados, ossos e paralelepípedos de calcário queimados até obter uma consistência semelhante a giz.

Achados confirmam narrativa bíblica

As escavações tendem a continuar depois que o diretor ganhou apoio de alguns cientistas e estudiosos da Bíblia, que disseram para ele continuar o seu trabalho em Tall el-Hammam, a maior cidade conhecida de sua época na região.

Palestino encontra ídolo em seu quintal

O agricultor palestino Nidal Abu Eid cultivava o terreno de sua propriedade quando descobriu um ídolo cananeu, que remonta aos tempos do Antigo Testamento. Representantes do Ministério do Turismo, administrado pelo movimento islamita Hamas, disseram em uma entrevista coletiva que se trata da cabeça da estátua de 

Anat, deusa cananita de 4,5 mil anos. De acordo com o órgão, foi na cidade de Khan Younis, em Al-Qarara, que a relíquia foi encontrada. “Anat era a deusa do amor, da beleza e da guerra na mitologia Cananéia”, explicou Jamal Abu Rida, diretor-geral de Antiguidades e Patrimônio Cultural do ministério.

Por sua vez, o palestino revelou em entrevista The New Arab como encontrou a relíquia: “Encontrei por acaso, quando estava cultivando minha terra. O objeto estava enlameado, mas quando lavei com água, percebi que é uma coisa preciosa”, disse Eid, acrescentando que cogitou vender o objeto, mas voltou atrás depois que um arqueólogo lhe disse que o achado possui “grande valor arqueológico”. De acordo com Abu Rida, a peça remonta cerca de 2,5 mil a.C.

Atualmente, o artefato encontra-se em exibição em Qasr al-Basha, um dos poucos museus da cidade de Gaza. A BBC News informou que a cabeça é uma escultura de 22 cm de altura adornada por uma coroa de serpente.

Lâmpada de óleo encontrada em banho de pedra

O Parque Nacional do Monte Gerizim foi outro local onde arqueólogos identificaram uma lamparina a óleo de argila de 2,3 mil anos. O achado foi possível graças aos trabalhos de conservação realizados no local. “É ótimo encontrar algo mesmo depois de todos esses anos de escavação”, disse Netanel Elimelech, diretor do parque administrado pela Autoridade de Parques e Natureza de Israel.

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“Encontramos muitos cacos de barro espalhados, mas encontrar algo completo com sinais de uso é muito bom. Você ainda pode ver as marcas pretas de queima de quando a lâmpada foi usada. Isso te joga de volta (no tempo)”, declarou.

O diretor informou que a lâmpada está parcialmente intacta e foi descoberta durante a limpeza efetuada pelos trabalhadores em uma área ao redor do banho de pedra. “Estávamos limpando bem perto da superfície e a lâmpada simplesmente se apagou”, disse ele.

A lâmpada foi encontrada no prédio residencial, bem como outras evidências do cotidiano da época: pratos, potes e vasos. Elimelech acredita que o prédio residencial onde as relíquias foram descobertas pertenceu a uma família de sacerdotes ricos.

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