Pastor desenganado tem vida prolongada

Pastor desenganado tem vida prolongada

Curado de mal que o mataria em meses segundo Medicina, Salatiel tem hoje 75 anos

O médico foi categórico com o pastor Salatiel Ferreira da Costa ao lhe dizer que o entupimento de suas coronárias não podia ser resolvido pela Medicina. Corria o ano de 2012 quando o profissional da saúde disse que uma intervenção cirúrgica era totalmente desaconselhável, uma vez que a região afetada era muito sensível. O prognóstico era que o paciente morreria na mesa de cirurgia. “O que o senhor aconselha?”, perguntou o pastor Salatiel. A resposta foi desalentadora: “O senhor deve voltar para casa, conversar com a sua família e ‘curtir’ o tempo de vida que lhe resta: seis meses ou, em uma previsão mais otimista, seis anos”.

Antes da consulta, o pastor já apresentava sintomas que denunciavam a precariedade de um dos órgãos mais importantes do corpo humano: o coração. Entre os sintomas: inchaço no corpo, dificuldade para respirar (falta de ar), dores no peito e aceleração nos batimentos cardíacos.

A tristeza se deu pelo fato de que quem lhe poderia oferecer alguma esperança lhe negou o alento com a triste notícia. “O senhor pode continuar o tratamento com remédios e a realização dos exames rotineiros que já vem seguindo até agora”, disse o médico.

Naturalmente, o pastor de então 65 anos manifestou a sua tristeza diante da terrível realidade e insistiu na possibilidade de ser operado. “O médico falou comigo o seguinte: ‘Salatiel, o que aconteceria se houvesse um acidente na Avenida Brasil, a principal via rodoviária da capital fluminense? A estrada ficaria inacessível, não é mesmo? Qualquer acidente lá para tudo. Ninguém passa por ela. A sua situação é similar ao acidente que lhe contei. Se eu te operar, você vai morrer devido à alta pressão no órgão. Eu não conseguiria realizar o procedimento porque as veias arrebentariam por estarem danificadas”, lembra o pastor.

Envolvido em um ambiente que contribuía para o desânimo e falta de fé em Deus, uma vez que o profissional o havia sentenciado à morte, o paciente surpreendeu com a exclamação: “Doutor, eu não vou morrer, porque Jesus não vai deixar!”. Ao ouvir Salatiel, o médico respondeu: “Notei que o senhor possui fé mesmo em Deus!”.

Após a consulta, o pastor prosseguiu com o uso dos medicamentos e realizando os exames clínicos, mas sem esquecer a quem deveria seguramente recorrer naquele momento complexo. “Quando soube que meus dias estavam contados, voltei para casa e, ao contar a terrível notícia à minha esposa Celi Bonin da Costa e aos demais familiares, nós decidimos clamar ao Senhor juntos em busca de sua intervenção em minha saúde”, disse.

Para surpresa dos médicos, anos se passaram e pastor Salatiel continuou de pé. Em 2019, por causa da pandemia da Covid-19, período no qual os hospitais estavam com sobrecarga de pacientes infectados pelo vírus, Salatiel teve que parar com o acompanhamento médico. Chegado o dia 6 de janeiro deste ano, em razão da quantidade de vacinados contra a Covid-19 na população fluminense ter completado o total de 82%, pastor Salatiel retomou o acompanhamento médico interrompido dois anos antes. A médica que o atendeu solicitou exames clínicos para saber como estava o seu organismo, sendo que, antes de ser recepcionado pela profissional, o veterano foi alvo da misericórdia divina.

Nesse intervalo, certa feita pastor Salatiel compareceu ao culto público na Assembleia de Deus no bairro de Engenheiro Pedreira, liderada pelo pastor Alex Rosendo, no município de Japeri (RJ). Ao longo da reunião, uma das fiéis presentes o abordou e disse: “O Senhor diz para você que não morrerás, pois ainda há muito trabalho a ser realizado, e te digo que farás o sepultamento daqueles que disseram que você morreria”. Mais tarde, o pastor Salatiel Costa conduziu o sepultamento de dois pastores e um presbítero da Assembleia de Deus Ministério Avivamento, no município de Queimados (RJ), igreja que liderava na época.

Atendido pela médica na ocasião de seu retorno ao acompanhamento, Salatiel fez exames de raios X e eletrocardiograma, que mostraram a situação do seu coração. “A doutora analisou os exames e, para a surpresa de todos, constatou que meu coração estava sadio! Ela disse que eu não precisava mais me preocupar com aquelas previsões. Não manifesto mais os antigos sintomas, mas como eu sou portador ainda de angina (dor no peito causada pela diminuição do fluxo de sangue no coração, o que é chamado de isquemia), ainda tenho de administrar remédio em meu tratamento”, comenta.

Hoje em dia, dez anos depois do prognóstico de que viveria provavelmente só mais seis meses, o pastor de 75 anos leva uma vida normal. “Antes eu fui aconselhado pelos médicos a não fazer esforço, não subir escadas, não carregar pesos acima de cinco quilos. Eu precisava evitar emoções, isto é, eu não podia me deixar levar pela tristeza; naquele instante, eu questionei o médico como isso seria possível, uma vez que, ao ser um pastor, eu era suscetível a fortes emoções. Atualmente consigo realizar todas essas atividades outrora proibidas. Eu moro no segundo andar do edifício e, normalmente, eu subo duas escadas cerca de quatro vezes por dia e sem cansaço”, testemunha.

O pastor Salatiel Costa credita a sua recuperação ao propósito divino em sua vida. Foi resposta às orações. E ele crê haver um motivo especial por ter sido poupado e a sua saúde recuperada pela graça divina. “O Senhor tem algo a realizar por meu intermédio, creio nisso. Na verdade, Ele já tem realizado coisas grandiosas. Iniciei a minha caminhada na Assembleia de Deus no bairro de Parada de Lucas, no Rio de Janeiro, há mais de 40 anos. Foi lá que eu criei meus filhos. Promessas de Deus na minha vida, hoje Osiel, Gesiel e Otoniel Ferreira são pastores”, jubila.

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