O Espírito Santo atua de modo que o plano divino da salvação se torna explícito para a compreensão humana
Caro leitor, em relação ao mundo perdido, o Espírito age como uma espécie de promotor de Justiça, convencendo os que rejeitam a Cristo da condenação divina. Convencer significa levar alguém ao conhecimento de verdades que de outra maneira seriam postas em dúvida ou rejeitadas, ou provar acusações feitas contra a conduta.
As pessoas não sabem o que é o pecado, a justiça e o juízo; por tanto, precisam ser convencidas da verdade espiritual. Por exemplo, seria inútil discutir com uma pessoa que declarasse não ver beleza alguma numa rosa, pois sua incapacidade demonstraria falta de apreciação pelo belo.
Antes dessa pessoa ser convencida da beleza da flor, é necessário que seja despertado nela o sentido da beleza. Da mesma maneira, a mente e o espírito obscurecidos nada discernem das verdades espirituais antes de serem convencidos e despertados pelo Espírito Santo. Este convence os homens das seguintes verdades:
Em primeiro lugar, do pecado da incredulidade. Quando Pedro pregou, no dia de Pentecostes, ele nada disse acerca da vida licenciosa do povo, do seu mundanismo, ou de sua cobiça. O pecado de que culpou o povo e do qual teriam de se arrepender foi a crucificação do Senhor da glória, e o perigo do qual os avisou foi de se recusarem a crer em Jesus.
Portanto, descreve-se o pecado da incredulidade como pecado único, porque, nas palavras de um erudito, “onde esse permanece, todos os demais pecados surgem, e quando esse desaparece, todos os demais desaparecem”. É o pecado mater, porque produz novos pecados, e por ser o pecado contra o remédio para o pecado.
Assim escreve Smeaton: “Por muito grande e perigosa que seja sua criminalidade, é inteiramente desconhecida até que seja descoberta pela influência do Espírito Santo, o Consolador. A consciência poderá convencer o homem dos pecados comuns, mas nunca do pecado da incredulidade. Jamais homem algum foi convencido da enormidade desse pecado, a não ser pelo próprio Espírito Santo”.
Em segundo lugar, do pecado da injustiça. “Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais” (João 16.10). Jesus foi crucificado como malfeitor e impostor. Mas depois do dia de Pentecostes, o derramamento do Espírito e a realização de milagres em nome de Jesus convenceram a milhares de judeus que aquele a quem haviam crucificado não somente era justo, mas era também a única fonte e o único caminho da justiça.
Usando Pedro, o Espírito convenceu os judeus de que haviam crucificado o Senhor da Justiça, ao mesmo tempo que lhes assegurou que havia para eles perdão e salvação em Jesus (Atos 2.36-38).
Em terceiro lugar, o juízo sobre Satanás. “Do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado”. Como se convencerão as pessoas na atualidade de que o crime será castigado? Pela descoberta do crime e seu subsequente castigo. Em outras palavras, pela demonstração da justiça.
(Texto retirado do livro + 201 respostas para o seu enriquecimento espiritual e cultural de autoria do pastor Abraão de Almeida).
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