A BÃblia se harmoniza em seus argumentos e em cada detalhe. Por exemplo: na sua coerência, em sua circulação, em sua tradução, em sua sobrevivência, nos seus ensinos, na sua influência sobre a literatura, na sua composição. Tudo foi um milagre de Deus!
Uma das provas da natureza divina das Escrituras, e que ela apresenta Cristo como o centro de sua revelação, é a atitude de Cristo em relação ao Antigo Testamento, manifestada pelas Suas palavras antes e depois da Sua morte e ressurreição. Elas confirmam a verdade e a origem divina da revelação de Deus aos homens. Jesus explicitamente atribui o Pentateuco a Moisés. Falou também dos profetas e dos Salmos como sendo fontes genuinamente inspiradas da parte de Deus. Os demais escritores que trabalharam por inspiração divina, na formação do Novo Testamento, citam também e largamente Moisés, os profetas e Salmos, confirmando assim que as citações feitas por Cristo, quando se referia às Escrituras do Antigo Testamento, eram por demais verdadeiras.
Mas, há também a natureza humana da BÃblia. Do lado humano, foram cerca de 40 autores da BÃblia. Desse modo, a Palavra Escrita de Deus foi nos dada por canais humanos, assim como foi a Palavra Viva: Cristo — O Verbo de Deus. Era necessário que Deus usasse esses homens santos para falarem e escreverem a mensagem em forma de livro. Como disse Keyser: “Os livros representam o melhor meio de preservar a verdade em sua integridade e transmiti-la de geração a geração. A memória humana e a tradição não merecem confiança tão avantajada. Portanto, Deus agiu com a máxima sabedoria e também dum modo normal dando aos homens a sua revelação em forma de livro. De nenhuma outra maneira, pelo que podemos ver, podia ter Ele entregue aos homens um ideal infalÃvel que estivesse acessÃvel a todos os homens que perdurasse por todos os séculos”. É razoável concluir que Deus preparou esses homens como fontes e que, através deles e por meio deles, fizesse chegar a Sua Palavra até nós.
A BÃblia, no seu todo ou em qualquer parte, é o conjunto dos documentos de Deus para o homem. Todos esses documentos são testemunhos da vontade de Deus revelada ao longo da história do povo hebreu e do povo cristão. Com efeito, porém, apesar da diversificação de assuntos, as Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe. Algumas vezes, há diferença no método de apresentação; contudo, o conteúdo plenário é cronológico: cada acontecimento encontra-se perfeitamente em seu lugar. Tudo está onde devia estar. Nada está fora do lugar. Assim, a seção terrena é tópica, a divina é contÃnua, cobrindo um lapso de tempo de quase 15 séculos na preparação e formação do grande Livro de Deus, e escrito por homens de diferentes graus culturais e de diferentes profissões, uns mais jovens e outros mais velhos.
A BÃblia foi escrita durante um perÃodo de 1.500 anos, durante mais de 40 gerações. Ela foi escrita por cerca de 40 autores, envolvidos nas mais diferentes atividades, inclusive reis, camponeses, filósofos, pescadores, poetas, estadistas, agricultores, boieiros, médicos, estudiosos etc. Apesar de tudo e de todos, não houve, nem sequer, uma contradição nas Escrituras. Tudo se harmoniza de acordo com seu pensamento geral e a tese principal. Apesar da diversidade de épocas, autores, gêneros literários e tópicos tratados, há uma surpreendente unidade em seu conteúdo, cujo tema principal é: Jesus Cristo — o Filho de Deus que veio a este mundo para sal var os pecadores. Ele aparece através de figuras, profecias por todo o Antigo Testamento. Aonde quer que abramos a BÃblia, ali Ele está; seja no texto presente ou no imediato e, como realidade histórica, no Novo Testamento, consolidando todas as predições que falavam a seu respeito no Antigo Testamento. Amém!
Por, Severino Pedro da Silva.
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