Identificar o gigante — uma preciosa estratégia

Durante conferência pronunciada no Saban Fórum, instituto israelense de estudos de  segurança, em novembro de 2009, Binyamin Netanyahu identificou três ameaças estratégicas a Israel, a saber: um Irã nuclear, que poderia “varrer Israel do mapa”; “ataques de misseis e foguetes” disparados por organizações como o Hamas e o Hezbollah, o que justificaria um maior cuidado com as regiões de fronteiras; e aquele que ele chamou de “terceira ameaça à paz”, ou seja, a tentativa de negar a Israel o direito à autodefesa.

Em janeiro de 2010, no entanto, outro importante centro de estudos israelense, o Reut Institute, demonstrou legítima preocupação com o que chamou de “guerra de deslegitimação”: “Nossos políticos e militares são ameaçados com ações judiciais e prisão quando viajam para o exterior, campanhas para boicotar nossos produtos ganham força e nossa própria existência é questionada em instituições acadêmicas e círculos intelectuais. O país está cada vez mais isolado. Até hoje, Israel falhou em reconhecer essa tendência como uma ameaça estrategicamente significante” (Gidi Grinstein, diretor do Reut Instítute, em declaração ao jornal Ha'aretz).

A campanha contra deslegitimação começou desde então, apesar do preço pago junto à maior parte da mídia mundial, principalmente no tocante a fiscalização das chamadas ONGs de direitos humanos, que, sob o disfarce da ajuda humanitária, vinham promovendo verdadeiras campanhas anti-Israel em seu próprio território. O campo de baralha contra essas e outras investidas engloba o físico (como a apreensão do Mavi Marmara, supostamente um navio de ajuda aos necessitados na Faixa de Gaza) e o discursivo, uma vez que o conflito também se desenvolve de maneira ideológica não apenas fora, mas dentro dos limites de Israel. À mudança de postura do governo israelense mostra que as novas estratégias de defesa não vêem mais com simpatia intromissões na gestão de seu país sob a desculpa de ativismo por direitos humanos, mas de que as agências cooperadoras deverão ser observadas quanto à veracidade de seus propósitos, para não permitir o trânsito de "cavalos de Troia" que possam por em perigo a própria existência do estado de direito.

A declaração de Grinstein, de que “o país está cada vez mais isolado”, contudo, não encontra argumentação possível. De fato, as nações, uma a uma, voltam-se contra Israel. O escritor Norbert Lieth, em seu livro O Estado judeu — de escândalo a necessidade mundial declarou: “Jerusalém foi predestinada por Deus para ser a capital do Messias na terra. Mas Satanás e as nações enganadas por ele se opõem a isso. E assim, Jerusalém se torna mais e mais uma pedra de tropeço (Zacarias 12.3)”. Sobre os reinos do mundo afirma: “Seis reinos mundiais dominaram e oprimiram Israel cruelmente: os vários déspotas muitas vezes não conheciam misericórdia. Por duas vezes [babilônios e romanos] Israel foi praticamente aniquilado e por duas vezes os judeus [foram] espalhados pelo mundo, voltaram e formaram um novo Estado”.

Dentre os países arrolados num empreendimento bélico que a Bíblia chama de guerra contra Gogue, da terra de Magogue, está a Líbia, ou Pute. O país foi governado por uma monarquia até 1969, quando ascendeu ao poder, no primeiro dia de setembro, o coronel Muammar al Kaddafi. Tendo se rebelado contra o rei justamente na ocasião da descoberta das jazidas de petróleo que alavancaram o país da posição de um dos mais pobres do continente africano a um dos mais ricos, Kaddafi estabeleceu a República Árabe da Líbia, e em seus primeiros atos expulsou os estrangeiros, fechou as bibliotecas e nacionalizou os investimentos externos. As relações da Líbia com os EUA deterioraram-se principalmente na década de 80, sendo que as restrições ao comércio de alimentos e remédios somente diminuíram no ano de 1999. Não são os EUA, contudo, os principais alvos da ira do ditador. Seu objetivo declarado era produzir um foguete de tal potência que pudesse eliminar Israel do mapa com armas nucleares. O ódio de Kaddafi nada mais é do que uma porção do levante russo contra a herança de Abraão, luta que,  ideologicamente, já vem sendo travada há muito. Mesmo tecnicamente, é necessário lembrar o estranhamento que tiveram as enfermeiras que atenderam os piloros árabes capturados durante a Guerra do Yom Kippur. Elas os consideraram “árabes estranhos”, pois não falavam a língua árabe, senão russo.

Por ocasião da fundação do Estado de Israel, rabinos iemenitas pesquisaram no Tanach (Antigo Testamento) as circunstâncias da vinda do Messias e decidiram enfrentar a dura viagem que os levaria do sul do Iêmen à terra prometida. Muitos foram conduzidos pela El Al, mas muitos outros atravessaram o deserto cheios de expectativa messiânica. Da mesma forma os judeus etíopes fizeram seu êxodo para Israel. São sinais irrefutáveis do breve retorno de Jesus.

Quanto às nações que se levantarem contra Israel, ainda que rompam barreiras em Jerusalém, serão destruídas pelo próprio Senhor que diz: “Acontecerá naquele dia que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém; e sobre a casa  de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas...”. Israel se converterá, seus olhos serão abertos e os povos verão que o Cordeiro dadivoso, cujo sangue foi derramado na cruz para a salvação de todo aquele que nele crer, de qualquer língua, povo ou nação, é também o Rei de Israel, cujo domínio será a partir de Jerusalém.

Por, Sara Alice Cavalcante.

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