A Palavra do Senhor é clara quanto ao ministério do EspÃrito. É Ele que glorifica Jesus (João 16.14) e convence os homens dos seus pecados (João 16.8). Ele devia dar poder aos homens para serem testemunhas, ou mesmo mártires (Atos 1.8). Os crentes seriam santificados pelo EspÃrito (1 Pedro 1.2). À Palavra de Deus devia ser entregue por meio de homens santos, inspirados pelo EspÃrito Santo (2 Pedro 1.21). O EspÃrito é quem afirma a nossa relação com Deus como seus filhos (Romanos 8.16).
Ao considerar o tremendo e extenso ministério do EspÃrito Santo, não é difÃcil entender a declaração de Jesus: “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a voz, mas se eu for, enviá-lo-ei”, João 16.7. Durante todo o tempo em que Jesus esteve com seus discÃpulos, o EspÃrito Santo não estava neles. Até o momento em que isso aconteceu, eles haviam sido apenas um pouco mais do que espectadores, mas se converteriam em participantes. Haviam sido observadores, todavia se converteriam em lÃderes e testemunhas. Eles haviam acompanhado o Mestre e logo iriam em nome Dele. Eles haviam ouvido Jesus e breve deveriam proclamá-lo, por isso precisavam do poder do EspÃrito Santo.
Foi no Dia de Pentecostes que este potencial singular foi liberado sobre a vida dos 120 que estavam no Cenáculo e foram batizados no EspÃrito Santo. Converteram-se em plenipotenciários do Reino de Deus e do Rei. Deviam continuar o que Jesus começou. Logo, vemos o quanto é importante a bênção do pentecostes para a vida da Igreja.
Conscientes disso, urge fazermos uma pergunta que vem naturalmente à nossa mente após considerarmos a relevância do pentecostes para a vida da igreja: O que é pentecostes?
Pentecostes é mais do que o dia em que Deus derramou pela primeira vez o seu EspÃrito. É mais do que somente uma experiência da graça. É mais do que simplesmente o batismo no EspÃrito Santo.
Pentecostes é oração — Em João 14.16, Jesus disse: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre”. Jesus conhecia as necessidades mais profundas dos homens que o seguiam. Ele conhecia suas debilidades, seus temperamentos e seu fervor mal orientado. Ele os havia observado por cerca de três anos. Sabia exatamente do que necessitavam.
Em sua oração como sumo sacerdote, Jesus disse: “Eu rogo por eles”, João 17.9. Somente a imanente plenitude do EspÃrito poderia transformá-los e fazê-los dignos representantes de uma nova paixão, um novo Reino. Por isso Jesus orou, e seus discÃpulos deveriam orar.
À oração é quase sinônimo de presença do EspÃrito Santo. Paulo exortou aos Efésios a orar. “Orando em todo tempo com a toda a oração e súplica no EspÃrito, e vigiando nisto com toda perseverança e súplica por todos os santos”, Efésios 6.18. Da mesma forma, Judas encoraja seus ouvintes a que se edifiquem na fé: “Mas, vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santÃssima fé, orando no EspÃrito Santo”, Judas 20.
Orar no EspÃrito é a mais alta ordem possÃvel da oração. A preposição “no” indica local. O crente que tem passado ao campo do EspÃrito, está rodeado pelo EspÃrito, está envolto no EspÃrito, tem passado ao reino do EspÃrito. Essa não é uma experiência de entrar ou sair; ligar ou desligar. Jesus fala claramente de permanecer Nele: “Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo que quiserdes, e vos será feito”, João 15.7. Muitas orações não são respondidas porque as pessoas não têm aprendido a permanecer no lugar santÃssimo de Deus.
Em Romanos 8.26, Paulo acrescenta outra palavra que traz esclarecimento: “E da mesma maneira também o EspÃrito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo EspÃrito intercede por nós com gemidos inexprimÃveis”. Que descoberta tão assombrosa e humilhante! Não sabemos orar como devemos. Nossa própria falta de espiritualidade nos angustia. Mas temos um Ajudador, alguém que sempre vem em nossa ajuda. Ele dá expressão aos nossos suspiros, cria palavras a nossos gemidos e ora sua vontade através de nós.
Pentecostes é promessa — Quando estava com seus discÃpulos no Monte das Oliveiras, justamente antes da ascensão, Jesus declarou: “E eis que sobre vós envio a promessa do meu Pai; ficai em Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder”, Lucas 24.49. Mas antes Ele já havia dito: “Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o EspÃrito Santo à queles que lhe pedirem?”, Lucas 11.13. O Pai havia prometido este enriquecimento. Além disso, Jesus cumpriria pessoalmente essa promessa. Seus discÃpulos poderiam confiar nisso.
O intrépido Batista, ao pregar para a multidão no Rio Jordão. disse: “Mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o EspÃrito Santo e com fogo”, Lucas 3.16.
Pentecostes é predição — IsaÃas, o grande profeta de Israel, profetizou acerca do EspÃrito Santo que viria: “Porque agora derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca, derramarei do meu EspÃrito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes”, IsaÃas 44.3. O profeta Zacarias assegurou a Israel que embora estivessem rodeados por destrutivas forças inimigas, Deus viria em sua ajuda: “E sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o EspÃrito de graça e súplicas; e olharão para mim, a quem transpassaram, Zacarias12.10.
Apesar desse evento vir possivelmente depois da Era da Igreja, que termina com o Rapto da Igreja, no entanto, é uma das principais predições do derramamento do EspÃrito.
Joel agregou uma grande palavra em sua avivada profecia: “E há de ser depois, derramarei o meu EspÃrito sobre toda a carne, e vossos filhos e filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos filhos mancebos terão visões”, Joel 2.28. No grande derramamento do Dia de Pentecostes, Pedro sustentou e verificou os dramáticos eventos de fogo, vento e outras lÃnguas, citando as palavras de Joel para a multidão maravilhada (Atos 2.16). “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel”, anunciou categoricamente Pedro.
Pentecostes é poder — Uma das grandes promessas de Jesus foi: “Mas recebereis a virtude do EspÃrito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria, e até aos confins da Terra", Atos 1.8. A palavra grega mártires, traduzida como “testemunhas”, é usada de vez em quando no Novo Testamento para referir-se aos que têm invariavelmente testemunhado até à morte (Atos 22,20 e Apocalipse 2.13; 17.60).
Para enfrentar a poderosa oposição como representantes de Jesus Cristo, os discÃpulos do Mestre necessitariam de uma abundante fortaleza interior. Para vencer suas próprias tentações da carne e controlar as fortes paixões humanas, necessitariam ser especialmente investidos do poder divino. Seria necessário que os débeis fossem fortes; os indecisos, valentes. Os néscios agora deveriam ser sábios; os tÃmidos, intrépidos. Os de ânimo dobre deveriam converter-se em pessoas de convicções fortes. Tudo isso o EspÃrito Santo lhes concederia.
Por, Paul E. Lowenberg.
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