Qual o significado da expressão bíblica “ranger de dentes”?

Qual o significado da expressão bíblica “ranger de dentes”?

Segundo Mateus 13.42, o castigo divino será tão pesado a ponto das almas na eternidade manifestarem sinais de dor e desespero?

A expressão “ranger de dentes” surge em diversos textos bíblicos, tanto no Antigo como no Novo Testamentos, e  em todos eles a expressão representa um profundo ódio, uma imensa indignação. Por exemplo, no Salmo 37.12,  o rei Davi afirma que “o ímpio maquina contra o justo e contra ele range os dentes”. O salmista, ao descrever  as inúmeras bênçãos de Deus sobre o justo (Salmos 112.10), afirma que “o ímpio verá isto e se enraivecerá, rangerá os dentes...”. O profeta Jeremias descreve o ódio dos inimigos de Jerusalém, dizendo: “Todos os teus inimigos abrem  a boca contra ti, assobiam e rangem os dentes...” (Lamentações 2.16). Em Marcos 9.18, observamos um pai desesperado que apresenta seu filho possesso a Jesus e testifica as ações do demônio: “E este, onde quer que o  apanhe, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes...”. É uma clara evidência da origem demoníaca  dessa manifestação.

Jesus usou a expressão “ranger de dentes” no texto de Mateus 13.42 e em pelo menos outras seis ocasiões (Mateus  8.12; 13.50; 22.13; 24.21; 25.30, Lucas 13.28) sempre em relação à condenação eterna e a atitude de indignação dos pecadores contra Deus, “rangendo os dentes” ao serem condenados ao fogo eterno. Ao explicar a parábola,  o Filho de Deus informa que o joio representa os filhos do Maligno, que hipocritamente  cresceram junto como trigo. Ao conviver com os filhos de Deus, os filhos do Maligno tiveram a sua oportunidade  de arrependimento, e Deus, ao executar Seu severo e eterno juízo, fará com que todos os pecadores sejam  inescusáveis (Romanos 1.20; Efésios 2.1-6), no que provo cará neles grande ira e indignação contra Deus. Eles rangerão  seus dentes com muito ódio contra o Justo Juiz, sabendo que não lhes resta nenhuma esperança.

Justos e injustos, todos crescem juntos! Mas o dia da colheita final chegará (Mateus 13.49) e este mundo chegará  a seu epílogo. Ele não durará para sempre –“...enquanto a terra durar...”, disse Deus (Gênesis 8.12). A grande colheita final revelará, sem nenhum erro, os frutos de cada homem que viveu sobre a Terra. Cada um colherá o que  plantou, e a natureza de cada semente com suas intenções mais secretas serão reveladas e julgadas (Gálatas 6.7,  8). Cristo virá em glória com Seus anjos e eles executarão a justa separação. Nesse dia, os justos  se alegrarão com os anjos na presença de Deus e os ímpios receberão sua parte, sendo lançados no fogo  eterno (João 4.36; Mateus 25.31-46). Este será o grande dia da diferença entre o que serve a Deus e o que não  serve (Malaquias 3.18; 4.1-2). Em Mateus 13.42, Jesus sai do campo da metáfora para descrever os tormentos que estão reservados aos que insistem em viver na prática do pecado: “Ali haverá pranto e ranger de dentes” – um  lamento eterno e uma incurável indignação contra Deus e eles mesmos. Este será o destino eterno das almas  perdidas. Portanto, sabendo de antemão destas coisas, sejamos persuadidos pela Palavra e o amor de Deus  anão praticarmos iniquidade (2 Pedro 3.17).

Por, Sérgio Bastian.

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