A entrada dos filhos na universidade

A entrada dos filhos na universidade

Entrar numa faculdade é o sonho de grande parte dos jovens, inclusive de jovens cristãos. Faz parte dos  sonhos, projetos e expectativas dos que aspiram ter um curso para se habilitar a galgar melhores condições de vida, no exercício de uma profissão que demanda conhecimentos acadêmicos, nas chamadas profissões liberais. Se para  os jovens chegar à Universidade é um desafio enorme, para os pais crentes é motivo de alegria, mas também de  preocupação com a vida espiritual de seus filhos no meio acadêmico, dominado pelo materialismo.

A alegria dos pais pela aprovação dos filhos no vestibular.

Sempre, em todas as famílias, há motivos para muita alegria e orgulho, quando um filho ou filha passa no vestibular ou no ENEM. Famílias cristãs costumam fazer  pedidos e votos a Deus para que seus filhos sejam aprovados. Quando o nome do seu filho é divulgado em  listas de aprovados, há casos em que um culto em ação de graças é realizado, em gratidão a Deus pela  grande bênção da aprovação do jovem ou da jovem para entrada na faculdade, seja pública ou particular. É  comportamento normal, natural e esperado por todos. É cumprimento do que diz a Bíblia: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome, bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios” (Salmos 103.1,2).

A preocupação com os filhos que vão estudar fora.

Nem sempre, mas, algumas vezes, a alegria dá lugar à tristeza, quando filhos são aprovados em cursos de  faculdades longe da cidade onde os pais moram. Isso ocorre, na maioria das vezes, quando a família reside em cidade do interior, onde não há faculdades; ou existem, mas o curso escolhido pelo filho ou pela filha não é  oferecido no lugar.

As incertezas e a preocupação com firmeza na fé dos filhos no ambiente universitário.

Essa preocupação procede. De modo geral, não são poucos os casos em que adolescentes ou jovens cristãos, sempre atuantes, na Casa do Senhor, participando das atividades na igreja local, nos grupos de louvor, na  Escola Dominical, nas reuniões de mocidade, bem como na evangelização, muitas vezes, quando entram nas faculdades, esfriam na fé, começam a se afastar das atividades na igreja e colocam o curso acadêmico em  primeiro lugar em suas vidas.

Desde o ensino fundamental, os filhos cristãos começam a ser doutrinados pelas ideologias materialistas, O ensino da falsa teoria da evolução leva muitos jovens a descrerem de Deus. Ideologias nefastas atacam a fé  cristã e a Palavra de Deus, como as pautas identitárias, dos grupos homossexuais e dos que defendem a  famigerada e diabólica ideologia de gênero, que confunde a cabeça de jovens despreparados para  conviver com os desafios do materialismo ateu.

Os pais crentes expressam preocupação e tristeza por verem que a bênção da faculdade se toma razão para os  filhos se afastarem da igreja e, o que é pior, em diversos casos, apostatarem da fé, desprezando e negando os  preciosos ensinos que receberam desde sua infância. A universidade pode ser vista como um “Templo do Saber Humano”. Nele, há lugar praticamente para todos e para tudo. Porém, parece haver nela também uma  placa invisível, onde se lê: “Aqui não há lugar para Deus”.

O que fazer para a juventude não perder a fé na universidade?

Não há fórmulas definidas, mas podemos indicar algumas sugestões interessantes para os pais contribuírem  para a firmeza na fé de seus filhos que alcançam a aprovação para a universidade. Antes de tudo, seguir a exortação do sábio escritor de Provérbios: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando  envelhecer, não se desviará dele” (Provérbios 22.6). Sem dúvida alguma, a instrução ou ensino da Palavra de Deus desde cedo, na infância, garante firmeza  na fé para não esquecer  de Deus em nenhum momento da vida, seja qual for o ambiente  vivenciado pelos filhos.

Depois, é indispensável realizar diariamente o Culto Doméstico.

Lamentavelmente, a maioria absoluta dos cristãos não valoriza o Culto Doméstico. Os tais alegam falta de  tempo, o que não é verdade. O que há é falta de amor espiritual pela família e, mais ainda, falta de valor à  Palavra de Deus. A Bíblia manda ensinar a Palavra de Deus no lar em todo o tempo (Ler Deuteronômio 11.18-21), O salmista exorta os pais a ensinar a lei de Deus e seus testemunhos aos filhos, “para que pusessem em Deus a  sua esperança, e não se esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos” (Salmos 78,4-7).

Paulo exorta os pais, dizendo: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e  admoestação do Senhor” (Efésios 6.4). A formação espiritual dos filhos não pode começar na adolescência ou na juventude. Ela deve começar na infância, como aconteceu com Timóteo: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendestes e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3.14,15).

Concluindo, podemos dizer que é possível os filhos de crentes serem bem-sucedidos na universidade sem perder  a sua fé cristã. Mas, para que assim aconteça, é indispensável que haja uma educação cristã de qualidade; primeiro, nos lares; em segundo lugar, nas igrejas locais. Que elas procurem propiciar ensinos bem fundamentados na Palavra de Deus e na apologética para que os jovens saibam posicionar-se com firmeza ante os ataques materialistas.

Por, Elinaldo Renovato de Lima.

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