Teoria da Evolução
O modelo evolucionista tem por base pressupostos naturalistas, sendo a proposta darwinista da seleção natural o principal mecanismo evolutivo. O naturalismo ensina que organismos biológicos existentes evoluíram no longo processo através das eras e é a mais aceita para explicar o evolucionismo. É a cosmovisão em favor da proposta de que o universo e a vida vieram à existência por meio de processos de geração espontânea, sem intervenção de um ato criador, mas que teriam sido evoluídos até a complexidade atual, é a seleção natural, teoria da sobrevivência dos mais fortes. O evolucionismo ateu exclui Deus da criação e a evolução teísta parte do princípio de que Deus criou o universo e a vida e a evolução se encarregou do desenvolvimento deles até a perfeição.
Segundo os cientistas, a ciência emprega três classificações de ideias: hipótese, teoria e lei. Uma hipótese científica é tecnicamente uma opinião aprimorada, uma explicação tal, uma sugestão. O cientista Adauto Lourenço apresenta a evolução como exemplo: “A suposta evolução dos invertebrados em vertebrados é uma hipótese. Ela não pode ser testada. Ela depende 100% da interpretação (questionável) do registro fóssil”. Teorias científicas são explicações testáveis, hipóteses depois de submetidas a investigações e testes e que permanecerem críveis. Adauto Lourenço cita como exemplo a Teoria da Relatividade Geral: “Podemos acelerar pequenas partículas (como prótons no Large Hadron Collider) com velocidade próxima à da luz e ver o que acontece”. Só depois que a teoria suporta testes constantes e universais, de formas diferentes, sempre produzindo o mesmo resultado, é considerada lei científica, como a teoria da gravidade proposta por Isaac Newton, que hoje é lei. Segundo Adauto Lourenço, as propostas básicas da evolução jamais puderam ser submetidas a uma única experiência científica produzida em laboratório.
O Criacionismo
O criacionismo é a posição que propõe ser a origem do universo e da vida resultados de um ato criador intencional. Essa cosmovisão é vista com suspeita porque muitos a consideram uma proposta meramente religiosa, como se suas propostas não pudessem ser testáveis cientificamente, no entanto, elas são passíveis de observações científicas, testes científicos, lógica científica e leis científicas. Segundo o modelo bíblico, Deus é o Criador do universo e da vida. Ele criou tudo do nada, ex nihilo. O modelo científico propõe que o mundo foi criado, mas não tem como provar em laboratório que Deus criou todas as coisas, isso porém, não significa que o universo e a vida não foram criados por Deus.
A narrativa do primeiro capítulo de Gênesis é entendida à luz do contexto bíblico. O ponto de partida da criação é: “No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gênesis 1.1). O verbo hebraico “criou” é bãrã', cuja “raiz denota o conceito de iniciar alguma coisa nova em um certo número de passagens”. Trata-se de um termo essencialmente teológico e é usado somente com referência à atividade de Deus, exceto em outras construções ou graus do verbo hebraico, estrutura peculiar às línguas semíticas, que altera o seu significado. Essa idéia do fiat divino é apoiada em toda a Bíblia. Deus trouxe o universo à existência do nada e de maneira instantânea, pela sua soberana e livre vontade: “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hebreus 11.3); “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Salmos 33.9); “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas” (Apocalipse 4.11). Desde o surgimento do darwinismo que a narrativa da criação foi reavaliada e reinterpretada por muitos teólogos. Hoje, a origem do mundo, conforme o relato de Gênesis, é interpretada e reinterpretada por diversas tendências teológicas e filosóficas.
Design Inteligente
O termo inglês design significa “desenho, plano, projeto” e a Teoria do Design Inteligente é uma proposta científica que visa a detectar os sinais de inteligência encontrados na natureza. À complexidade da informação que a ciência encontrou em todas as formas de vida faz qualquer um entender que ela foi planejada, é a evidência de um design inteligente. A descoberta do código genético deu um novo impulso a essa Teoria. À estrutura do DNA, que segundo os geneticistas é idêntica à linguagem como um código de comunicação molecular dentro da célula. Os cientistas sabem descobriram que a molécula do DNA é como uma mensagem escrita contendo informações para cada estrutura viva. Isso é uma amostra inconfundível de tal modo que a reprodução dessas moléculas em laboratório exige uma origem inteligente, segundo Adauto Lourenço. Ele também lembra que a Teoria do Design Inteligente “não identifica nem faz considerações sobre a existência de um designer”.
A tese do relojoeiro, como é conhecida a tese de William Paley, um sacerdote inglês, publicada em 1802, ele fala em termos de encontrar um relógio na praia e pode servir como ilustração, pois propõe que como as partes do relógio foram construídas com o propósito de informar o tempo, da mesma maneira todas as parte do olho humano foram construídas com o propósito de enxergar. Assim, concluía Paley, que seria perfeitamente possível discernir as marcas de um designer inteligente.
Adauto Lourenço argumenta que mesmo que alguém desmonte todo esse relógio e venha a compreender o seu funcionamento e a descobrir o material de cada uma de suas partes a ponto até de fazer outro relógio exatamente igual ao primeiro, seria tudo isso um estudo científico. Porém, essa complexa pesquisa não seria suficiente para saber algo sobre o primeiro relojoeiro, mas nem por isso o seu estudo seria menos científico. Não é, portanto, necessário conhecer e nem descobrir o relojoeiro para se chegar a conclusão que o relógio foi criado. Assim, a Teoria do Design Inteligente mostra que as estruturas biológicas encontradas na natureza exigem causas inteligentes como explicação, ainda que não se saiba quem seja o criador: “estuda o design encontrado na natureza, não levando em consideração se existe ou não um designer” (páginas 44, 45), e mais adiante declara: “Aceitar a existência de um criador é um ato racional (causa-efeito: método científico — ciência). Aceitar quem é o criador é um ato de fé (religião)”.
O criacionismo científico propõe demonstrar de maneira empírica que os processos naturais não são a origem da complexidade encontrada na natureza, não diz que foi Deus que trouxe todas as coisas à existência, mas que também não são frutos do acaso, que não vieram a existência por meio de processos naturais e aleatórios. Assim, Design Inteligente é uma teoria científica que propõe detectar empiricamente se o design observado na natureza é produto de uma inteligência organizadora ou um produto do acaso e isso está em conformidade com o criacionismo.
Bíblia e Ciência
Não é verdade que a ciência contradiz a Bíblia e vice-versa. É necessário saber o que realmente é Ciência e se os pressupostos científicos são realmente científicos. Se o resultado dessa investigação for positivo, resta ainda saber se o pensamento teológico é realmente bíblico ou se não está fundamentado numa falsa interpretação das Escrituras. Um exemplo clássico disso são as descobertas científicas de Galileu Galilei, que contrariavam a interpretação da Igreja Católica e não a Bíblia, pois o papa achava que apenas o Sol e a Lua se moviam e não a terra, com base na interpretação dada à passagem do dia longo de Josué.
Os cientistas já investigaram diversas áreas do saber humano: astronomia e cosmologia, biologia e genética, paleontologia e geologia, métodos de datação geofísica e hidrodinâmica, por que um número considerável deles rejeita completamente o evolucionismo? Muitas coisas no currículo escolar na aérea de ciências naturais precisam ser revistas, segundo um número considerável de cientistas, e dentre eles Adauto Lourenço.
Por, Esequias Soares.
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