Liberto de opressão maligna em Escola Dominical

Mestre de capoeira aceitou Jesus em Escola Dominical marcada por sobrenatural

Usuário e traficante de vários tipos de entorpecentes e envolvido com Umbanda, religião da qual seu irmão era dono de um terreiro, Jailson Carvalho teve sua vida completamente mudado quando foi alcançado pela Palavra de Deus, convertido e liberto em uma Escola Dominical no contexto da Década da Colheita em 1993 na Assembleia de Deus de São Clemente, no bairro do Benguí, em Belém do Pará (PA).

Foi a partir de sua intenção de tirar da presença do Senhor os irmãos Elias, Isaías (in memoriam), Paulo e Adriano, com a promessa de torna-los graduados em capoeira arte marcial da qual era mestre, que sua história começou a mudar. "Como professor de capoeira, me tornei amigo dos quatro filhos da irmã Raimundinha, hoje em saudosa memória. Quando eu tirei aqueles jovens de dentro da Assembleia de Deus e os levei para dentro do centro de capoeira, não imaginava que eu, como instrumento do diabo para tirados da Casa de Deus, seria alvo da família como instrumento de Deus para que o Evangelho chegasse ao meu coração", comenta.

Jailson conta que todas as vezes que ele ia à casa de seus alunos a irmão Raimundinha dizia que Jesus tinha uma plano na vida dele e que faria uma grande obra no seu coração.

Passado um tempo desde o início da amizade, no dia 27 de fevereiro de 1993, Jailson recorda que foi convidado pelo então presidente "irmão Pedro" para que fosse a Escola Dominical, e que ele não aceitaria um "não" como resposta. "Eu disse:  'Irmão Pedro, eu já tenho compromisso. Amanhã eu não posso ir a sua igreja'. Ele simplesmente virou as costas e foi embora sem dizer nenhuma palavra", conta Jailson.

Na madrugada daquele dia, Jailson disse ter recebido "uma visitação muito estranha no seu quarto". Ele havia pedido a sua mãe para passar seu abadá (calça), sua camisa e seus cordéis, guardar dentro da mochila e colocar debaixo de sua cama, como sempre fazia. "Sem saber o que estava acontecendo, perguntei de manhã a minha mãe onde estava a mochila e ela me disse que estava no lugar de sempre. Quando fui olhar, minha mochila estava toda manchada de sangue por dentro. Minha camisa, meu abadá, meu pandeiro, estavam todos manchados de sangue", recorda. Em disparada para não perder o compromisso daquela manhã, Jailson saiu para a casa da irmã Raimundinha a encontrar seus alunos. Quando chegou lá, os encontrou na varanda da casa, conversando, e foi informado por eles que não iria mais a aula pois havia acontecido um fato estranho na casa deles: as suas camisas seus cordéis e as suas calças haviam amanhecido manchados de sangue. Imediatamente, Jailson compartilhou com eles o que havia ocorrido na casa dele.

Sem ter respostas ao que havia acontecido, Jailson estranhou o fato de não ter sido cumprimentado pela sempre atenciosa irmã Raimundinha. "Vestida em uma bata do coral pois haveria em sua igreja uma manhã de avivamento naquele dia, sem falar ela passou por mim agarrada à sua Bíblia e a sua revista de Escola Dominical", comenta. Diante daquela atitude incomodado com a situação, o professor perguntou ao aluno Isaías: "Porque sua mãe não falou comigo hoje?". Em resposta, ele ouviu: "Ontem, quando a minha mãe passava a minha camisa e o meu abadá, ela começou a chorar, dizendo assim: 'O meu filho vai de novo meu Pai, lá para aquele local que eu não quero que ele vá. Mas, passa aqui o Teu sangue para que nada aconteça com os meus filhos. Visita o Jailson, Senhor; passa o Teu sangue na roupa dele para que nada aconteça com ele, porque eu sei que o Senhor tem um plano na vida dele'. Não sei dizer ao certo, mestre, mas esse sangue que está na sua roupa e na nossa é coisa de Deus". Irmão Pedro, 50 metros do lugar onde eles estavam conversando, falou alto: "Vocês estão atrasados". Ele estava com cinco exemplos de revistas de Escola Dominical em suas mãos e entregou aos jovens. "Era uma revista de capa branca com uma tarja amarela e uma frase que marcou a minha vida desde aquele dia. Ali eu li: 'Década da Colheita: Até o ano 2000' o comentarista das lições era o pastor Geremias do Couto", recorda Jailson.

Atendendo ao convite, os jovens foram a igreja. A ideia inicial de Jailson era ficar ali no máximo cinco minutos, mas acabou ficando mais de uma hora e meia. Entusiasmado, aquele Professor ministrava a lição de número 7, intitulada: "Ganhando almas através de cruzadas evangelísticas".

"Ao ouvir aquelas palavras, senti Jesus sendo introduzido em meu coração. Convencido e desejoso de entregar a minha vida ao senhor, eu ouvi uma voz contrária me dizendo assim: 'Meu cavalo, saia daí, este lugar não é para você, pois você não foi feito para estar aqui'", comenta Jailson, lembrando que havia feito um pacto de que nunca iria entrar em uma igreja evangélica.

Ansioso para que fizessem o apelo, o convidado percebeu que a atividade naquela manhã se estenderia até depois das 11 horas, pois havia um momento dedicado à busca por revestimento do poder e batismo no Espírito Santo. Atento ao que estava acontecendo, o irmão Pedro disse ao visitante: "Fique mais um pouco". Mas, aquela voz insistente dizia a Jailson: "Meu cavalo, van embora, saia daí. Este lugar não é para você". Foi neste instante que os corais começaram a louvar. Como flecha certeira no coração do visitante, a canção "Mil Glórias", entoada por um dos corais naquela manhã, ecoou. "A frase que mais marcou o meu coração, que eu nunca mais esqueci, foi essa: 'Jesus está sendo revestido de poder. Glória, glória, glória, glória. Glória a Jesus, glória a Jesus'!", lembra.

Quando os coristas terminaram de louvar o Senhor, foi franqueada a oportunidade para pregar a palavra de Deus ao pastor Carlos André, que hoje coopera na obra do Senhor na Assembleia de Deus Ministério do Belém em Guarulhos (SP) com o Pastor José Wellington Costa Júnior, presidente da Convenção Geral dos Ministros das Igrejas  Evangélicas Assembleias de Deus do Brasil (CGADB).

Impactado por aquela mensagem, intitulada pelo preletor como "De caminho ao trono", Jailson continuava com o coração desejoso de se entregar à Jesus, mas aquela insistente voz lhe tentou persuadir novamente: "Meu cavalo, vá embora daqui". Foi quanto ele gritou: "Eu não sou teu cavalo. Eu quero Jesus!". Ali, uma legião de demônios tomou conta dele, deixando-o totalmente possesso. Atento a estranha movimentação, pastor Carlos desceu do altar e repreendeu aquela legião de demônios. Perguntou ao agora liberto se ele queria receber Jesus em seu coração. "Deus tomou o pastor Carlos em mistério, em alegria, e com voz profética ele me disse: 'Eu te chamo pelo nome, Jailson tu és meu, Jailson Carvalho, tu és meu. Para que tu saibas que sou eu, Jesus, que estou falando contigo, nesta madrugada eu visitei a sua casa a pedido da minha serva Raimundinha. Eu visitei as roupas dos filhos dela, do Paulo, do Elias, do Isaías e do Adriano, e passei do meu sangue nas suas roupas para que vocês estivessem hoje aqui comigo'".

Ao responder positivamente que queria receber Jesus em seu coração, Jailson foi alvo de mais uma surpresa da parte do Senhor. "Quando o pastor colocou sua mão sobre a minha cabeça, para que eu recebesse Jesus no meu coração, naquele exato momento, fui batizado com o Espírito Santo e com fogo. Fui totalmente tomado pela presença de Deus, totalmente pela graça de Deus. Enquanto muita gente se desfaz do poder imensurável do sangue de Jesus, eu posso te afirmar que foi o poder deste sangue que me alcançou através da Palavra viva numa Escola Dominical ", enfatiza. De 1993 para cá, já são passados 29 anos e Jailson permanece Firme em Jesus, sem nunca ter se desviado. Aluno assíduo da Escola Dominical desde então, hoje ele é professor exercendo o ministério pastoral, Jailson foi vice-presidente da Assembleia de Deus Ministério Restaurar em Colombo (PR) por dois biênios, onde serve a Deus com a família, e atualmente atua como diretor de Missões do campo.

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