O Rei dos reis e Senhor dos senhores

O Rei dos reis e Senhor dos senhores


O grande amor de Deus alcança homens e mulheres de todas as nações e de todos os credos, mesmo aqueles que, hoje, desconhecem a gratuita e maravilhosa salvação que oferece e que ordena seja divulgada até os confins da Terra. O enganador dos povos já está condenado e seu fim é conhecido. O inimigo das almas, que enredou multidões em narrativas e práticas mentirosas, levando muitos à perdição não prevalecerá diante da verdade do Evangelho.

Barreiras culturais, a luta espiritual e, mesmo, a resistência humana enfrentada por aqueles que estão decididos a levar a mensagem santa aos povos, em particular aos povos muçulmanos, faz a tarefa parecer demasiadamente difícil, talvez infrutífera, diante dos resultados divulgados. O pessimismo é falso e não deixa de ser uma arma a mais dentro das tantas utilizadas pelo opositor. Issa (Jesus) Al-Masih (o Messias) tem sido divulgado, conhecido e aceito como Salvador em todas as nações, e isso inclui aquelas de maioria ou quase exclusividade islâmica, afinal, “todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai” (Filipenses 2.10,11).

Quando usamos o termo “povos muçulmanos”, não estamos, necessariamente, nos referindo a povos árabes. Apenas a título de esclarecimento, existem Ã¡rabes (ismaelitas, descendentes de Ismael, filho de Abraão) professando variadas crenças, inclusive a fé cristã. Por outro lado, existem não árabes adeptos do islamismo, como os iranianos, por exemplo, cujas raízes ancestrais remontam das espetes russas e de uma mescla de povos nômades que se fixaram na região, dando origem à antiga Pérsia, bem conhecida por sua presença nas Escrituras Sagradas.

As Escrituras não fazem referência ao islamismo, uma vez que o cânon já estava definido por ocasião do surgimento de Maomé, ou Abulgasin Muhammad ibn Abdullah Abd Al-Muttalib ibn Hashin, nascido no ano 570 d.C. na cidade de Meca, na tribo Quaresh, importante tribo da região de Hedjaz. Tendo crescido num ambiente contaminado por severa idolatria, suas pregações, especialmente a partir do ano 610, atingiram os mais humildes em seu povo, mas logo alcançaram outras classes sociais, com a proclamação da crença no deus único, a doutrina do juízo final e a condenação do egoísmo. Sua fé, baseada em revelações pessoais, levou-o a sofrer perseguições, ao mesmo tempo em que era divulgada e atraía inúmeros adeptos, crescendo ao ponto em que, hoje, tem chegado a ser uma grande multidão.

Islamismo não é sinônimo de terrorismo. O termo, à semelhança do termo “cristianismo”, também não expressa uma unidade. Existem muçulmanos nominais, liberais, moderados, conservadores, fundamentalistas não violentos e outros, que defendem a violência como meio de exterminar os “infiéis”. Grande parte dos muçulmanos pratica sua fé segundo o mais sincero desejo de encontrar a verdade. A exposição da Bíblia e a manifestação do poder de Deus são as ferramentas do missionário cristão em seu propósito de auxiliar toda e qualquer alma sedenta da revelação de Deus, que sempre prevalecerá sobre as experiências e tradições humanas. “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mateus 22.29).

Algumas pessoas ficam confusas ao se depararem com citações e referências bíblicas que fazem parte da fé islâmica. Tal embaraço pode ser desfeito com uma simples conferência histórica. No século sétimo, quando o islamismo dá seus primeiros passos, o cristianismo já havia se espalhado pela Europa e Oriente Próximo e Médio, além de terras mais distantes. Uma “cultura cristã” estava formada, embora, em muitos lugares, mesclada a formas animistas e ocultistas remanescentes entre os povos “evangelizados”. Como em todo tempo, a resposta do homem à fé nem sempre foi integral e verdadeira, por vezes pouco passando de um conveniente abraçar de costumes. Isso também é verificável entre os povos ditos muçulmanos.

Aos corações quebrantados, no entanto, o Senhor jamais desprezará. A mensagem da salvação em Jesus Cristo, o Filho de Deus, encontra lugar nas almas sedentas, de toda a origem e de qualquer credo; seu alcance é universal, seu tempo é a urgência, sua motivação é o amor e o instrumento de sua propagação são aqueles um dia igualmente tocados por ela.

C.A. Machado, em seu livro “610 – O Império das Trevas Reage”, de leitura imprescindível a quem tenha assentado no coração amar, respeitar e orar pelos povos islâmicos, faz uma interessante adaptação do texto de Isaías 19, que pode nos permitir ter esperança diante dos atuais conflitos no Oriente Médio: “Certamente todo esse texto não trata somente do Egito. Por vezes, na Bíblia, o Egito representa o mundo. Mas, de uma forma especial, o texto parece tratar do mundo árabe, pois conecta o Egito à Assíria, passando por Israel. A Assíria era onde são hoje o Irã e o Iraque. O Islã, que nasceu na Arábia Saudita, tem no Egito, ao Sul de Israel, e no Irã e Iraque, ao Oriente, os seus dois braços mais potentes e defensores de seu radicalismo O que acontecerá, segundo a Bíblia, é que todos esses povos muçulmanos e radicais hoje vão receber a bênção do salvador que flui de Israel. Abaixo transcrevo o texto de Isaías 19.23-25, substituindo (parafraseando) Assíria pelos atuais Irã e Iraque, [...]: “Naquele dia haverá uma estrada do Egito para o Irã e Iraque. Os iranianos e iraquianos irão ao Egito, e os egípcios ao Irã e Iraque; e os egípcios adorarão com os iraquianos e iranianos ao Senhor. (24)  Naquele dia Israel será o terceiro com os egípcios e os iranianos e iraquianos, uma bênção na terra. (25)... porque o Senhor dos Exércitos os abençoará, dizendo ‘Bendito seja o Egito, meu povo, e o Irã e Iraque, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança.” Deus prometeu a Abraão que abençoaria Ismael (Gênesis 17.20). Até hoje sabemos que ele ainda não foi abençoado espiritualmente. [...] Porém, em Isaías capítulos 19 e 60, vemos a grande mudança que ocorrerá no panorama árabe pela ação de uma poderosa força missionária. É nesse momento que a grande bênção prometida por Deus a Ismael acontece realmente. No capítulo 60.1-7, temos claras promessas de grande colheita de almas entre os povos árabes muçulmanos”.

Os povos árabes e multidões de muçulmanos farão parte da glória de Sião. “Todos virão de Sabá (filho de Jocsã, que foi filho de Abraão com Quetura), proclamando o louvor do Senhor. Isaías 60.6. Sabá incluía parte da Arábia Saudita, berço do Islamismo, e é o país do Iêmen, radicalmente muçulmano. Um dia, a rainha de Sabá subiu para ver a glória de Salomão. Mas “Aqui está quem é maior do que Salomão”, o Senhor Issa Al-Masih, Jesus Cristo. O Iêmen “subirá outra vez” para fazer parte da glória de Sião.”

Essas referências e as promessas que elas contêm devem alegrar nossos corações e inspirar-nos em oração nesses dias em que os conflitos se agravam nas terras bíblicas, enchendo os noticiários de perspectivas sombrias de um desastre atômico definitivo. A Palavra de Deus anuncia que o futuro do Irã será a fé no Messias, o futuro do Iraque será o louvor, o futuro do Iêmen a adoração, o futuro da promessa feita pelo Senhor o seu cumprimento, pois Ele é Fiel. Toda a Honra e toda a Glória a Issa Al-Masih, que nos fortalece a alma com boas novas de salvação para todos os povos.

por Sara Alice Cavalcanti

Compartilhe este artigo. Obrigado.

Comentário

Seu comentário é muito importante

Postagem Anterior Próxima Postagem