Três paradas cardíacas não a mataram

Três paradas cardíacas não a mataram


Intervenção divina através das mãos da filha impediu óbito que parecia garantido

O dia 22 de maio de 2023 parecia como qualquer outro na vida de Maria de Fátima Ferreira da Silva, membro da Assembleia de Deus em Araruama (RJ), liderada pelo pastor Eris Paulo Sobral. Entretanto, antes do desjejum, ela sentiu os primeiros sintomas de que algo estava errado em seu organismo. Depois, ao sentar em uma cadeira, Maria de Fátima teve uma síncope, precisando do amparo de sua filha Mariana Ferreira da Silva, que tem formação em Enfermagem. A profissional logo detectou que a mãe estava tendo uma parada cardiorrespiratória (PCR).

“Imediatamente, a minha filha iniciou as manobras para evitar o óbito, depois ela disse que eu fiquei sem nenhum pulso arterial, apresentei cianose (pele roxa) e alguns espasmos e sem nenhum sinal vital. Mas, para a glória de Deus, ela foi bem-sucedida. Fui levada ao hospital, onde realizaram alguns exames e aparentemente foi constatado que tudo estava normal”, lembra Maria de Fátima. Nove dias após a primeira crise, no dia 31, Maria de Fátima manifestou mais uma PCR, sendo os sinais mais intensos. Mais uma vez, a paciente observou a misericórdia do Altíssimo, que a trouxe à vida de volta. “Eu fui levada ao hospital novamente, fiquei sete dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Foram dias difíceis, mas Deus estava nos sustentando. Nesse momento, contei com várias orações em meu favor. Mais uma vez, realizei vários exames e nada encontraram. Minha filha disse aos médicos que se tratava da parte elétrica do coração, pois, cientificamente falando, eu só voltava com estímulos dolorosos. Porém, alguns médicos não concordavam com esse argumento. Além dos sete dias na UTI, ainda fiquei mais seis dias no quarto e depois recebi alta hospitalar”, lembrou mais tarde.

No dia 22 de junho, Maria de Fátima já estava deitada quando a filha ouviu um barulho já familiar para ela: tratava-se do ruído de pulmões parando de funcionar. Imediatamente, a filha se dirigiu ao quarto de Maria de Fátima a fim de estacar mais uma parada cardiorrespiratória. A filha lembra: “Quando eu ouvi esse barulho, ela havia acabado de deitar e eu estava orando para dormir. Eu reconheci imediatamente, pois já eram ruídos familiares devido à minha atuação. Mais uma vez se manifestou a parada cardiorrespiratória. Esse ruído na nossa área chamamos de bulhas pulmonares (regurgitação pulmonar) e ocorre quando há uma insuficiência dos sistemas respiratório e cardiovascular no momento em que entram em falência instantânea”. Os sintomas que Mariana detectou eram ausência de sinal de pulso, ausência respiratória e também já cianose de extremidades, conhecida por “pele azulada”.

“Mais uma vez, sendo guiada por Deus, a minha filha conseguiu reverter o PCR. Naquele momento, eu apresentava os mesmos sinais (sem pulso arterial, sem respiração, pele arroxeada, lábios trincados) da crise anterior. Eu fui levada por ela e pelo meu esposo, Pedro Antônio da Silva Filho, que exerce o cargo de pastor. Naquele momento, eu cheguei a pensar que eu não conseguiria voltar com vida”, disse Maria de Fátima.

A parada cardiorrespiratória acontece quando o coração interrompe o seu funcionamento repentinamente ou com batimentos insuficientes, muito devagar. A condição também é comumente chamada parada cardíaca e pode ser fatal. Essa perda súbita e inesperada de função cardíaca pode acontecer a qualquer momento, e as causas mais comuns incluem doenças cardíacas, insuficiência respiratória e choque elétrico, além de choque hipovolêmico, envenenamento, acidente vascular cerebral e afogamento. Os sintomas surgem antes da parada cardíaca respiratória acontecer, podendo alertar o paciente da letalidade da condição. Entre os sintomas orgânicos, incluem-se dores fortes no peito, que irradiam para as costas ou abdômen, dores fortes de cabeça, língua enrolada, o que dificulta a fala; falta de ar ou dificuldade de respirar; formigamento no braço esquerdo e palpitações fortes. O rápido atendimento médico hospitalar é inevitável para evitar o óbito do paciente.

Mais uma vez, Maria de Fátima chega ao hospital e logo é encaminhada para a área de trauma, onde permaneceu em observação durante o restante da noite. Os médicos pediram exames específicos após o relatório emitido pela filha da paciente. “A minha filha relatou que era a área elétrica do coração. Na manhã seguinte, ela conversou com o chefe da cirurgia cardíaca e o mesmo concordou que era realmente a parte elétrica do coração. O órgão não estava recebendo mais estímulos nervosos ocasionando a condição. Dentre os exames realizados, teve um que comprovou a causa”, disse Maria de Fátima.

A partir desse exame, a paciente foi indicada a realizar um implante de um dispositivo duplo no coração (marcapasso com desfibrilador) com procedimento cirúrgico bem-sucedido. “O procedimento foi bem-sucedido e realizado no Hospital Santa Izabel em Cabo Frio (RJ) e, graças a Deus, não tivemos nenhum tipo de problema ao longo da intervenção. Contamos com a intercessão de nossos irmãos diante de Deus enquanto ela estava na UTI. Nós sentíamos as mãos do Todo Poderoso nessa provação, até mesmo pelo fato de termos a oportunidade de sermos felizes nas reversões (manobras para fazer o coração voltar a bater). Após 16 anos trabalhando na área da enfermagem, eu leciono em cursos, formando futuros profissionais nesta área”, informou Mariana.

Maria de Fátima disse ter passado por momentos tensos e angustiantes, mas afirma que passou por eles certa de que o Senhor estava lhe concedendo Sua graça para enfrentar mais este desafio em sua vida. “Ao todo, foram contabilizadas três mortes súbitas abortadas; e quando os médicos tomaram conhecimento do ocorrido, eles ficaram surpresos. Eu tinha certeza de que as mãos de Jesus estavam sobre mim. Ele livrou-me do óbito pelas mãos da Mariana.

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