Dando continuidade à reflexão iniciada na edição passada do Mensageiro da Paz, seguimos com a reflexão sobre a pergunta “Você morreria pela causa do Evangelho?”.
A resposta de amor da família de Jim Elliot
Falamos, no último artigo, sobre o martírio de Jim Elliot. O
impacto do seu martírio não terminou com sua morte. Sua esposa, Elisabeth
Elliot, e outros familiares dos missionários, escolheram retornar ao Equador e continuar
o trabalho missionário entre os Huaorani. Elisabeth viveu entre a tribo,
aprendeu sua língua e cultura, e, com o tempo, ganhou a confiança e o respeito
dos nativos. Sua dedicação e amor inabalável resultaram na conversão de muitos
Huaorani ao Cristianismo, incluindo alguns dos próprios assassinos de seu marido.
A história da família Elliot exemplifica o poder do perdão e
da persistência na missão do Evangelho. O sacrifício de Jim e de seus colegas
não foi em vão. Ele abriu o caminho para uma transformação profunda e duradoura
entre os Huaorani. A disposição de Elisabeth e dos filhos de Jim Elliot em
continuar a pregação, apesar do perigo e da dor pessoal, é um testemunho poderoso
de fé e de comprometimento com a causa de Cristo.
Certa vez ouvi o que se segue de um missionário que serve à causa
de Cristo entre a Igreja Perseguida: “Se você servir em um país de alta
perseguição religiosa e sair vivo é porque Deus te ama. Se você ser vir em um país
de perseguição e morrer lá é porque você ama muito a Deus!”. Fiquei em
silêncio. O que argumentar com uma pessoa com esse grau de comprometimento? Hoje,
ainda há milhares de cristãos ao redor do mundo que enfrentam perseguição
severa por sua fé. Em lugares como o Oriente Médio, África e partes da Ásia,
ser cristão pode significar ostracismo, prisão, tortura e até mesmo a morte.
Esses modernos mártires nos desafiam a reconsiderar nosso próprio compromisso
com o Evangelho. Será que estaríamos dispostos a enfrentar tais provas por
nossa fé?
A disposição da nossa geração
Vivemos em uma era de relativa liberdade religiosa em muitos
países, o que pode levar a certa complacência em relação à nossa fé. No
entanto, a pergunta persiste: nossa geração estaria disposta a morrer pela causa
do Evangelho? As palavras de Jesus em Lucas 9.23 são claras: “Se alguém quer
vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me”. Este chamado
ao discipulado é um convite para uma vida de entrega total, que pode incluir o sacrifício
supremo.
Para muitos, a ideia de morrer por sua fé parece distante,
quase irreal. No entanto, é precisamente em tempos de paz e liberdade que
devemos fortalecer nossa fé e nosso compromisso com o Evangelho. A perseguição
pode surgir inesperadamente e estar espiritualmente preparados é essencial.
A história de mártires como Jim Elliot e tantos outros nos inspira
a refletir profundamente sobre a nossa própria disposição de viver e morrer por
Cristo. Eles nos lembram que o verdadeiro discipulado exige coragem, fé inabalável
e uma entrega total ao chamado de Jesus.
Conclusão
A disposição de morrer pela causa do Evangelho é uma questão
de profunda fé e compromisso. As Boas Novas de Salvação, que oferecem esperança
e vida eterna, são poderosas o suficiente para inspirar homens e mulheres a sacrificar
tudo. Enquanto nossa geração pode não enfrentar a mesma intensidade de perseguição
que os primeiros cristãos ou alguns de nossos contemporâneos, devemos
constantemente avaliar nosso compromisso com Cristo.
Estaríamos dispostos a tomar nossa cruz e seguir Jesus,
mesmo até a morte? Esta é a reflexão que deve guiar a nossa caminhada de fé,
fortalecendo-nos para sermos verdadeiras testemunhas de Cristo até os confins
da terra.
por Eduardo Leandro Alves
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