Imersão, aspersão ou efusão

Imersão, aspersão ou efusão


O batismo cristão, uma das ordenanças deixadas por Jesus, deve acontecer por imersão, aspersão ou efusão? Essa pergunta, quase 2000 anos após a morte do Senhor, ainda divide opiniões. No batismo por imersão, a pessoa é totalmente mergulhada em água; no batismo por aspersão, borrifa-se ou chuvisca-se a água sobre o batizando; e no batismo por efusão, a água é derramada sobre a cabeça do batizando.

Os imersionistas defendem que o batismo deve ter a administração certa (em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo), o objetivo certo (tratar-se de identificação com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição), bem como deve ser realizado pela pessoa certa (um obreiro do Senhor), e que também necessita ser realizado do modo certo: imergindo completamente o batizando nas águas. Faltando um desses elementos, recomenda-se novo ato batismal.

Aqueles que batizam por aspersão ou efusão, por seu turno, advogam que o importante é a presença da água no batismo e não a quantidade dela. Assim, em regra, para quem batiza por aspersão ou efusão, o batismo por imersão também está correto, mas o contrário não é verdade.

Considerações preliminares

Os símbolos e as liturgias possuem grande importância para Deus, o que pode ser vastamente observado na Bíblia. Para se ter uma ideia, tudo que foi escrito no Antigo Testamento tinha o objetivo de ensinar através de símbolos, como “sombras das coisas futuras” (Colossenses 2.17; Hebreus 10.1). Como exemplo, observe-se que Deus se alegrou com o tabernáculo porque, mais que um lugar de adoração, o qual representava perfeitamente a imagem da Coisas Reais contempladas por Moisés no monte santo (Hebreus 8.5), era um ambiente em que os rituais seguiam rigorosamente o manual estabelecido por Deus. Observe-se que Moisés nunca ousou mudar os elementos, pois sabia que, com isso, alteraria também o significado.

Não é à toa que, quando Nadabe e Abiú quebraram a liturgia, Deus os castigou imediatamente (Levítico 10.1,2). Mesma sorte tiveram Uzá (1 Crônicas 13.9,10) e o rei Uzias (2 Crônicas 26.19,20), dentre outros, os quais não obedeceram devidamente ao mandamento. Assim, tanto o simbolismo dos materiais que foram utilizados no Tabernáculo quanto o modo de celebração, a solenidade, a reverência, enfim, a maneira como os adoradores se conduziam diante do Senhor, eram importantes para o Altíssimo.

No Novo Testamento, igualmente, o Senhor Jesus sempre se apropriou de figuras, símbolos, para fazer as parábolas, e assim seu ensino ser compreendido pelos filhos do Reino; também, usando de forte persuasão representativa, estabeleceu duas ordenanças: a Santa Ceia e o Batismo. Sua doutrina era clara, simples, compreensível, mas nem por isso facultativa, aleatória. Afinal, está escrito: “Tu ordenaste os teus mandamentos para que diligentemente os observássemos” (Salmo 119.4).

Nos primeiros dias da fé cristã, houve problemas em relação à celebração da Ceia do Senhor na cidade de Corinto, e Paulo, com veemência, ao escrever-lhes, disse que, daquela forma, eles se reuniam para pior e que a referida cerimônia não podia ser considerada culto a Deus. Ora, os símbolos da Ceia estavam presentes, mas o “ritual” não era conforme ele tinha recebido do Senhor (1 Coríntios 11.23-34). Afirma ele: “Não vos louvo, porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior” (1 Coríntios 11.17).

Em relação ao batismo cristão, porém, não havia nenhuma dúvida, razão pela qual, provavelmente, não consta explicação mais pormenorizada nas epístolas. A ordem de Jesus soava-lhes sem controvérsia interpretativa: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém!” (Mateus 28.19,20).

Significado do batismo cristão

No judaísmo, havia várias lavagens, banhos e batismo, com o objetivo de se obter a purificação de pessoas e também de coisas reputadas como impuras, ou para assinalar a conversão de um prosélito. Porém, nenhum desses rituais tinha o mesmo significado do batismo cristão, o qual foi determinado por Jesus, para ser feito em nome da Santíssima Trindade e, por isso mesmo, não se constitui em uma ordenança da Igreja, mas em uma ordenança de Deus para a Igreja, integrando, juntamente com a Santa Ceia, um segmento importante da adoração pública do Cristianismo.

Ora, os judeus realizavam batismos com imersão em água para purificação, todavia eram rituais sem nenhum quebrantamento ou fervor espiritual. A Bíblia de Estudo Explicada, em nota de rodapé de Mateus 3, aduz que o batismo “era um rito usado pelos judeus quando faziam prosélitos entre os gentios”, ou seja, a tradição judaica já albergava essa prática muito tempo antes.

João, porém, ressignificou a prática, bradando para que os batizandos produzissem frutos dignos de arrependimento, sendo uma ponte entre os rituais judaicos estéreis e inócuos e o batismo cristão, que passou a acontecer em nome das três santíssimas Pessoas da Trindade. Assim, a partir do Dia de Pentecostes, o ato batismal caracterizou-se pela identificação do discípulo com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição, conforme está escrito em Romanos 6.3,4. No versículo 3, o apóstolo Paulo diz que fomos batizados utilizando a expressão βαπτιζω — baptizo, que significa prioritariamente mergulhar repetidamente, imergir, submergir (aludindo a embarcações afundadas), dando este último significado o sentido de permanecer no fundo das águas.

No versículo seguinte, ao se referir ao substantivo batismo, usa-se a palavra βαπτισμα — baptisma, o que pode ser traduzido por imersão, submersão. Assim, mergulhado completamente em águas batismais, o discípulo de Cristo identifica-se com Ele em Sua morte, é sepultado e ressurge das águas para viver para Deus. Trata-se, portanto, não de um ritual vão, pois o próprio Deus viu a necessidade da realização de um ato que marcasse a identificação total do novo convertido com Seu Filho Jesus, sendo, igualmente, uma oportunidade de adoração, bem como um momento magnânimo de pregação do evangelho pela representação cênica da força do evangelho.

Por outro lado, não é feita qualquer abordagem sobre a determinação de o batismo ser realizado por aspersão ou efusão no Novo Testamento. E qual a causa da referida omissão? Essas duas modalidades não estavam em uso como regra batismal no tempo da Igreja Primitiva. Observe-se que nem nos livros apócrifos ou nos escritos de Josefo, nem na História Eclesiástica de Eusébio de Cesareia, ou em outras obras judias ou seculares, há referências contemporâneas à oficialização do batismo cristão por aspersão ou efusão.

Acrescente-se, ademais, que Hipólito de Roma narrou como era a prática usual na comunidade cristã em Roma a partir do fim do século II, e afirmava que o batismo era por imersão. Mais adiante, a partir do século IV, com a conversão de Constantino, muita coisa mudou, mas o batismo continuava por imersão. “Quem presidia o batismo lhes impunha as mãos e dirigia-lhes uma pergunta tríplice (‘Tu crês em Deus Pai..., em Jesus Cristo..., no Espírito Santo...?’). A cada pergunta, as pessoas respondiam ‘creio’ e eram batizadas por imersão” (KIRST, Nelson. Livro de Batismo. 2ª ed., rev. e atual. – São Leopoldo: Oikos, 2008, pp. 16-21). O batismo por aspersão na Igreja Católica só foi oficializado séculos depois.

Recomendações batismais encontradas no Didaquê

No Didaquê, obra que foi escrita, segundo os estudiosos, entre os anos de 60-90 d.C., trazendo recomendações diversas à igreja, aborda alusivamente ao batismo:

“PARTE II. A CELEBRAÇÃO LITÚRGICA. Capítulo VII – Batismo. No que diz respeito ao batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se não tens água corrente, batiza em outra água; se não puderes em água fria, faze-o em água quente. Na falta de uma e outra, derrama três vezes água sobre a cabeça em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Mas, antes do batismo, o que batiza e o que é batizado, e se outros puderem, observem um jejum; ao que é batizado, deverás impor um jejum de um ou dois dias” (Didaquê - A Instrução dos Doze Apóstolos, O Catecismo dos Primeiros Cristãos – 60-90 d.C., Edição Bilíngue Grego e Português. Jacareí: Editora Família, 2015, p. 18).

Como se vê, a doutrina da Igreja Primitiva assinalava que o batismo em águas deveria acontecer por imersão, mas admitia a possibilidade, em última hipótese, do batismo por efusão (derramar água sobre a cabeça). Nada foi dito acerca da aspersão. A exceção aqui mencionada, por óbvio, não deve servir para burlar a regra do batismo por imersão, determinada pelo Senhor. Aliás, transformar exceção em regra caracteriza-se como um ato que denota deslealdade interpretativa e falta de compromisso com a Palavra de Deus.

Deus, ao longo da Bíblia, estabeleceu abundantes normas cerimoniais, litúrgicas, mas, eventualmente, permitia exceções, de acordo com certas circunstâncias singulares. Isso não implicava, entretanto, na mudança da regra.

Analisemos alguns exemplos nas Escrituras. No dia da morte de Nadabe e Abiú, estando Arão entristecido, deixou de participar de um ato cerimonial importante, o que poderia, em tese, resultar em sua morte, razão pela qual Moisés se indignou; entretanto, depois de apresentar a justificativa, diante daquela circunstância peculiar, sua conduta e a de seus filhos sobreviventes foram, excepcionalmente, aceitas (Levítico 10.16-20).

A Páscoa deveria ser celebrada por quem estava ritualmente purificado, mas Deus autorizou, na segunda e última páscoa celebradas por Moisés, que alguns comessem a páscoa excepcionalmente sem obedecerem a algumas prescrições (Números 9.7-14).

Davi, quando perseguido por Saul, foi autorizado, juntamente com seus guerreiros, a comerem os pães da preposição, que eram exclusivamente para alimentação dos oficiais do templo (1 Samuel 21.1-6). Jesus, séculos depois, ao ser confrontado pelos judeus, lembrou dessa justa exceção para justificar a conduta dos discípulos em colherem espigas e as comerem no dia de repouso para os judeus (Mateus 12.1-8).

Assim, o Senhor estava ensinando que as leis divinas que estabeleciam matéria ritualística, não obstante perfeitas em si mesmas, quando fossem aplicadas, de acordo com as peculiaridades, caso a caso, poderiam ser excepcionadas.

Esse parece-nos ser o caso da forma batismal alternativa mencionada no Didaquê. Ali menciona-se a regra: batismo por imersão, com suas variantes, e excepcionalmente por efusão — certamente por causa da ferrenha perseguição estatal e religiosa sofrida pela Igreja naqueles idos, acrescida pela circunstância de que as comunidades cristãs se congregavam não em templos, mas em casas, catacumbas, cavernas etc. Sem dúvida, em período de exceção, regras cerimoniais podem ser abrandadas, entretanto em tempos de normalidade, estabilidade política e religiosa, torna-se um desrespeito ao Senhor desatender à ordenança batismal claramente estabelecida nas Escrituras.

Do ponto de vista pragmático, batizar por aspersão ou efusão constitui-se em uma medida econômica, menos trabalhosa, mas, na seara da adoração ao Senhor, não se deve mudar paradigmas cerimoniais, fazendo-se uma interpretação elástica, descaracterizando o formalismo necessário (sob a ótica de Deus) em face do equivocado entendimento de que o importante seria, tão somente, no ato, a presença do elemento água, e não a maneira como o batismo se processa.

Ora, há coisas que não são importantes para os homens, mas se apresentam como indispensáveis diante de Deus; e há outras que possuem o status de imprescindíveis para os homens, porém não têm, eventualmente, valor intrínseco para o Altíssimo.

Quando Moises excepcionou a regra na Páscoa, ou admitiu a omissão de Arão quando estava de luto pela morte de seus filhos, ou na situação em que Davi comeu os pães que não lhe eram lícitos, isso não alterou os padrões cerimoniais.

No que tange à celebração da Páscoa especificamente, ao longo dos anos, a tradição judaica introduziu outros elementos, os quais, inclusive, foram utilizados por Jesus, conforme se vê na última ceia, mas o cerne daquilo que foi determinado nunca foi modificado. Afinal, Deus não muda de opinião.

Dessa forma, partindo do pressuposto que o Didaquê é um documento historicamente confiável e que, na Igreja Primitiva, como última opção, poderia existir batismo por efusão (derramar água sobre a cabeça), ainda assim não se poderia, com esteio em tal premissa, alterar a regra do batismo por imersão, a qual representa, com inteireza, o ato de se identificar com Cristo na Sua morte, sepultamento e ressurreição.

Análise do batismo no Novo Testamento

a) Argumento linguístico – É bem verdade que βαπτιζω (baptizo) possui significados secundários no grego koiné, dentre os quais aspergir ou derramar. Um dos exemplos do uso secundário da expressão baptizo como aspergir pode ser observado em Hebreus 9.10. Ali o substantivo que a versão ARC traduz como abluções é βαπτισμος” (baptismos), mencionando acerca das purificações do Antigo Testamento, as quais envolviam a aspersão (ραντιζω (rhantizo) de sangue e cinza (Hebreus 9.13).

Outro caso importante, dessa vez ensejando a ideia de efusão, ocorre quando do texto que fala sobre o batismo com o Espírito Santo, evidenciado pelo sinal de falar em outras línguas (Atos 1.5). Lucas usa a palavra βαπτισμος” (baptismos), mas, no mundo espiritual, tal evento é retratado na Bíblia mais como um derramar (εκχεω — ekcheo) (Atos 2.17,18), e não tanto como uma imersão.

Vê-se, entretanto, que nessas passagens, a Bíblia, ao utilizar o significado secundário da expressão βαπτισμος (baptismos), explicita quando se trata de aspersão ou efusão (derramamento). A mensagem de Deus deixa tudo bastante claro.

Todavia, ainda que βαπτιζω (baptizo), no grego falado pelo povo, tenha adquirido, com o tempo, o significado secundário de aspergir (ραντιζω — rhantizo) ou derramar (εκχεω — ekcheo), há que se considerar que isso não deve ser aplicado ao batismo em águas, pois em momento nenhum, quando se trata de ato batismal cristão, são conjugadas expressões indicativas de aspersão ou efusão, como quando acontece o uso do termo em sentido secundário (batismo como derramamento – Atos 1.5; 2.17,18 – e batismo como aspersão – Hebreus 9.10,13), devendo, por isso, o significado original da palavra batismo ser mantido: imersão, única palavra grega com esse sentido. O Senhor não é Deus de confusão (1 Coríntios 14.33).

Assim sendo, não parece razoável, como mencionado, em face da corruptela da palavra βαπτιζω (baptizo), que ganhou outros significados residuais ao longo de sua utilização, alterar a forma de batismo convencional, praticada largamente tanto pelos judeus quanto por João Batista e pela Igreja Primitiva, desfazendo os pilares do simbolismo da identificação do batizando com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição.

b) O argumento do simbolismo – Ora, sendo o batismo um símbolo da morte e sepultamento do crente para o mundo e o pecado, e de sua ressurreição para viver para Deus, em uma total identificação com Cristo, como poderiam a aspersão ou a efusão transmitirem tais significados? O momento da imersão em água simboliza a morte e sepultamento e a saída retrata a ressurreição com Cristo. Essa forma é o único método de batismo que ilustra tais verdades bíblicas.

c) O Batismo de Jesus – Em que pese o batismo de João ser diferente do batismo cristão, visto que aquele era para arrependimento e este era realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, tudo leva a crer que o batismo cristão seguia a mesma sistemática dos batismos realizados por João, e também pelos discípulos de Jesus antes de Sua morte.

Analisemos, pois, assim, qual tipo de batismo que João realizava: imersão, aspersão ou efusão, tendo como referencial, sobretudo, o batismo de Jesus narrado pelos quatro evangelistas?

Em Marcos 1.9, está escrito que Jesus foi batizado no rio Jordão e, no v.10, está escrito “logo que saiu da água”, dando a entender, sem maiores esforços, que Jesus estava dentro do rio. Assim, por essa descrição, a qual é corroborada pelos quatro evangelistas, o batismo de Jesus aconteceu por imersão, já que seria pouco coerente as pessoas se deslocarem para longe de suas casas para ficarem às margens do Rio Jordão e, assim, serem apenas aspergidas com gotas de águas do rio ou mesmo terem água derramada sobre suas cabeças. Tal circunstância poderia, até, só a título de argumentação, acontecer, caso houvesse alguma informação de que as águas do Jordão eram sagradas; entretanto, como isso nunca se cogitou, a interpretação corrente é que o batismo que João realizava era por imersão.

Ora, partindo desse pressuposto, tudo leva a crer que os discípulos de Jesus, antes da morte do Senhor, também realizavam o batismo por imersão, para arrependimento, na medida em que, conforme João 4.1,2, os discípulos de Jesus batizavam em águas e já o faziam mais do que o próprio João.

Na perícope narrada em João 3.22-26, os discípulos de João fizeram alusão pouco amigável acerca do trabalho realizado pelos discípulos de Jesus, mas não teceram nenhuma crítica sobre o modus operandi dos batismos em águas realizados, emergindo a presunção de que se tratava da mesma espécie de batismo realizado por João (por imersão).

Conclusão

Deus valorizou sobremodo o batismo em águas e, portanto, o obreiro do Senhor deve ter sobre ele profundo conhecimento. Não custa lembrar que foi no batismo no Jordão que começou o ministério do Filho Unigênito, para que se cumprisse toda a justiça de Deus. Além disso, os discípulos de Jesus realizavam o batismo em águas também, e até mais do que João (João 4.1). Por fim, acrescente-se que o Senhor Jesus atrelou o batismo em águas à experiência da salvação da alma, ao dizer que “quem crer e for batizado será salvo” (Marcos 16.16). Dessa maneira, trata-se de algo relevante, indispensável, glorioso, para todo aquele que nasceu de novo.

A Igreja Primitiva levou isso tão a sério que o batismo em águas acontecia, em regra, imediatamente após a conversão. Com tal ato, o batizando estava declarando publicamente não apenas que pertenceria, doravante, à Igreja, mas também que estava pronto para morrer por amor ao evangelho.

por Reynaldo Odilo Martins Soares e Samuel de Oliveira Martins

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