Quando o Senhor Jesus esteve aqui na terra, Ele pregou as boas-novas aos mansos, restaurou os contritos de coração, proclamou liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos; apregoou o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; e consolou todos os tristes (Isaías 61.1-3). Entre as muitas pessoas alcançadas por Ele, destaco aqui três personagens que tiveram a oportunidade de receber de Sua parte o que precisavam. Na verdade, receberam bem mais do que pensavam.
O primeiro personagem é um homem paralítico que estava enfermo
há 38 anos e jazia à beira de um tanque por nome Betesda à espera de um milagre
de cura. “Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque e agitava a água; e
o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer
enfermidade que tivesse” (João 5.4). Como não tinha quem o ajudasse, aquele homem
não conseguia chegar à água em tempo. Diante daquele quadro, Jesus, que havia
ido à Jerusalém, onde ficava aquele tanque, “vendo este deitado e sabendo que
estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?” (João
5.6). Era óbvia a resposta do paralítico. Sim, ele queria ficar são. Mas a única
forma que ele conhecia de alcançar a tão desejada cura estava naquele tanque.
Ali, diante do inesperado, o moço ouviu do Senhor: “Levanta-te, toma tua cama e
anda” (João 5.8). Mesmo sem o enfermo ter dado resposta à pergunta feita, Jesus
o curou, pois sabia que era a cura que ele tanto buscava naquele lugar.
Também portador de uma necessidade especial, o nosso segundo
personagem é Bartimeu, um cego que pedia esmolas ao caminho de Jericó (Marcos
10.46-52). Sua carência não foi especificada, quando este clamou: “Jesus, Filho
de Davi, tem misericórdia de mim!”. O que queria mesmo aquele moço? Seria uma esmola,
uma ajuda para amenizar seu estado de pobreza? Embora, creio eu, Jesus soubesse
exatamente o que ele queria, mesmo assim lhe perguntou: “O que queres que te faça?”.
A pronta resposta do cego foi: “Mestre, que eu tenha vista”. Assim, ao clama
por misericórdia, além da cura física que naquele momento ele especificou
querer receber, Bartimeu também alcançou a salvação, pois o Senhor a ele disse:
“Vai, a tua fé te salvou”. Depois daquelas palavras ouvidas, ele “logo viu, e
seguiu a Jesus pelo caminho”.
O nosso terceiro personagem não clamou expressamente por misericórdia
e nem foi perguntado pelo Senhor Jesus sobre o que ele queria que lhe fosse
feito, mas, mesmo assim, alcançou o que precisava. Trata-se de um dos malfeitores
crucificados ao lado do Mestre (Lucas 23.39-43). Aquele homem, também condenado
à morte, depois de repreender as palavras blasfemas do outro malfeitor contra
Jesus, disse-Lhe: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino”. Como
resposta, ele ouviu: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso”.
Vê-se por todo o contexto que aquele homem não queria escapar da condenação da
morte de cruz, mas da condenação eterna. Ele quis ser salvo e recorreu a quem o
poderia salvar: Jesus.
A pergunta que te faço ao final desta simples reflexão é: O
que você quer que o Senhor te faça? Se o que você quer receber dEle é cura, Ele
pode te curar. Digo ainda: Ele pode não apenas te curar, mas também perdoar os
teus pecados e escrever o teu nome no Livro da Vida (Apocalipse 21.27) para que
você não apenas se livre de alguma aflição física, mas, principalmente. se
livre da aflição eterna. Como disse o profeta Isaías, “a mão do Senhor não está
encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não
poder ouvir” (Isaías 59.1). Que esta mensagem fique gravada em teu coração e
você possa responder como o profeta Jeremias: “Sara-me, Senhor, e sararei; salva-me,
e serei salvo; porque tu és o meu louvor” (Jeremias 17.14).
por Francisco Edilberto da Silva
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