Em fevereiro, foi divulgado um relatório científico que dá conta de que a Lua está “encolhendo” com o passar do tempo, o que tem resultado em terremotos lunares superficiais e próximos a lugares que a Nasa estudava para visitas humanas. Há mais de 50 anos que os astronautas implantaram sismômetros próximos à superfície lunar com o objetivo de captar os tremores. O geólogo lunar Thomas Watters (foto) explicou que “um conceito que acho que muitas pessoas têm é que a Lua é um corpo geologicamente morto e que não sofre mudanças, mas a Lua é um corpo sismicamente ativo”.
O noticioso informou que o terremoto raso, mais potente, aconteceu
próximo ao polo sul, localizado próximo dos locais de pouso da missão Artemis 3
da Nasa. “A região do polo sul lunar é atraente porque contém regiões permanentemente
sombreadas que, segundo algumas especulações, poderiam conter gelo à base de
água”, disse o geólogo. “Os terremotos lunares são diferentes dos terremotos na
Terra em alguns aspectos importantes. Eles podem durar muito mais tempo na Lua,
às vezes por horas”, compartilhou. O especialista e seus colegas disseram que o
tremor é resultante a um complexo de falhas sismicamente ativas que iniciaram à
medida que o satélite encolheu: “De acordo com os modelos, os terremotos na
área poderiam desencadear deslizamentos de terra causados por rochas soltas e
poeira das crateras ao redor”. Simultaneamente à preocupação de alguns em razão
de futuras missões na Lua, outros pesquisadores afirmam que não há informações
suficientes para indicar locais comprometidos para pouso no satélite.
“O encolhimento da nossa Lua tem efeitos insignificantes
para a Terra. A mudança de tamanho não vai alterar a ocorrência de eclipses,
por exemplo. Sua massa também não está mudando, portanto as marés da Terra não serão
afetadas de forma diferente”, concluiu Watters.
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