Com o número total de 44,6 milhões de vÃtimas, o aborto foi a principal causa de morte no mundo em 2023, mantendo essa posição pelo quinto ano consecutivo. É o que indicam os dados em tempo real do Worldometer. Nem mesmo as doenças transmissÃveis, responsáveis pela morte de 12,9 milhões de pessoas, chegaram perto de superar o aborto, e muito menos ainda o câncer, com seus mais variados tipos, que vitimou mais de 8,2 milhões ano passado. Os vÃcios, como o tabagismo e o alcoolismo, foram responsáveis, respectivamente, pelas mortes de mais de 4,9 e 2,4 milhões de pessoas.
Enquanto essas vidas inocentes são ceifadas dos ventres de
suas mães, gerando muito mais que os assustadores números, mas também traumas
profundos nas famÃlias e graves consequências sociais e espirituais,
instituições e governos de vários paÃses continuam implementando medidas e
polÃticas pró-aborto. Mas há, na contramão de tudo isso, grupos pró-vida
lutando para que os bebês não sejam privados de nascer.
A instituição Christian Action Research and Education
(CARE), por exemplo, expediu uma nota de indignação contra o novo relatório da
Anistia Internacional (organização que defende os direitos humanos, com mais de
7 milhões de membros e apoiadores em todo o mundo), que julgou os empecilhos ao
acesso ao aborto na Irlanda do Norte como uma “violação dos direitos humanos”.
No dia 22 de outubro de 2019, o aborto foi descriminalizado e o casamento entre
pessoas do mesmo sexo foi legalizado naquele paÃs, apesar da resistência
oferecida por cidadãos conservadores, lideranças religiosas e deputados da
Assembleia regional norte-irlandesa. Na ocasião, os representantes da CARE
enfatizaram que “o aborto não é um direito humano”. A entidade pró-vida, que
tem sua sede no Reino Unido, é voltada à caridade e à polÃtica social e mantém
escritórios na Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte.
O “direito” ao aborto continua sendo defendido pela Anistia
Internacional, que trabalha a fim de promover o procedimento, afirmando que
cada “governo deve cumprir com suas obrigações e ainda criar um ambiente
favorável à assistência ao aborto e fornecer toda a gama de cuidados ao aborto
que cumpram os direitos humanos”. Como ressalta Louise Davies, diretora de
defesa e polÃtica da CARE, “a descrição da Anistia sobre o aborto como um
‘direito humano’ é algo incorreto e não tem base em tratados internacionais”. A
ativista destaca ainda que o aborto é algo profundamente ofensivo a muitos
norte-irlandeses, que consideram a vida como principal direito assegurado.
Tribunal frustra Joe Biden
Um tribunal federal impugnou a intenção do presidente dos
Estados Unidos, Joe Biden, de transformar as salas de emergências em centros de
aborto. No ano passado, o mandatário tentou explorar a lei federal de
Tratamento Médico de Emergência e Trabalho (EMTALA) a fim de obrigar os médicos
do Texas a realizar abortos, sem se importar se a iniciativa fosse violar ou
não suas crenças religiosas. Em 1986, o Congresso norte-americano promulgou a
EMTALA no intuito de garantir o acesso público a serviços de emergência,
levando os hospitais a fornecer tratamento estabilizador obrigatório para os pacientes.
Diante da complexa situação, a Associação Americana de Obstetras
e Ginecologistas Pró-Vida, as Associações Médicas e Dentárias Cristãs e o
estado do Texas processaram a administração do atual presidente. O juiz James
Wesley Hendrix já havia dado ganho de casa ao estado do Texas e os dois grupos
de médicos pró-vida no referido caso, chamado Texas et al., v. Xavier Becerra,
et al. Agora, um tribunal federal de apelações concordou. “A questão perante o tribunal
é se a EMTALA, de acordo com a Orientação do HHS, obriga os médicos a fornecer
abortos quando esse é o tratamento estabilizador necessário para uma condição
médica de emergência. Não obriga. Portanto, recusamo-nos a expandir o escopo da
EMTALA”, disseram unanimemente três juÃzes do 5º Tribunal de Apelações dos
Estados Unidos.
O site de notÃcias pró-vida Life News publicou que o Texas e
os outros autores indicaram que o atual chefe do executivo norte-americano ordena
a realização de abortos ao arrepio de sua legislação, que defende a vida no
ventre - a Lei de Proteção à Vida Humana do Texas.
Carta com miniatura de feto a deputados na Holanda
Na Holanda, cada parlamentar holandês recém-eleito recebeu uma
carta da Civitas Christiana na primeira semana de dezembro na qual a
organização cristã manifesta o seu repúdio ao aborto. Os parlamentares
observaram que cada carta estava acompanhada de um modelo de plástico de um
feto representando uma gestação de dez semanas. Além disso, a entidade apela
pela “preservação das tradições cristãs, como o Black Pete”, e defende uma
“drástica redução no influxo de requerentes de asilo islâmicos”. A Civitas
Christiana tem histórico de chamar a atenção para a “cultura cristã holandesa”.
“Para fins ilustrativos, estou enviando um boneco de um
feto, dez semanas após a concepção”, diz a carta. “O fato de o aborto desta criança
ser legal nos PaÃses Baixos, e até ser bem recebido pela D66 e pela GroenLinks,
é uma grande vergonha”. Vários parlamentares reagiram de forma indignada à iniciativa
dos ativistas pró-vida. “Correspondência repugnante”, disse Wieke Paulusma, do
partido progressista D66, que afirmou ainda que vai continuar a lutar, “na Holanda
e no resto do mundo” para que os serviços “de aborto permaneçam sempre acessÃveis
para todos”.
Sophie Hermans, do VVD, também foi outra parlamentar furiosa
que se manifestou contra a correspondência: “Isso provoca em mim uma mistura de
raiva e repulsa, além de nauseante”. A parlamentar disse que “receber um feto
de plástico deve ser terrÃvel para um deputado que está lidando com um desejo
não realizado de ter filhos ou com um filho falecido”.
Atrocidade humana em universidade nos EUA
A Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, é alvo de denúncia
por parte do Center for Medical Progress (CMP) após a entidade anunciar
vários documentos mostrando a investigação das autoridades federais depois que
suas atividades “envolvendo tecido fetal” se transformaram em manchete da mÃdia
nacional. Já em 2015, a entidade pró-vida havia anunciado, através de vÃdeos, que
executivos da conhecida rede de clÃnicas de aborto Planned Parenthood
realizavam venda ilegal de bebês abortados.
“Os fatos descobertos são mais horrÃveis do que imaginamos.
Está na hora de fazer justiça. Realizamos pesquisas há décadas e a clÃnica de
aborto está encobrindo atrocidades humanas cometidas contra mães e bebês”,
denunciou o presidente da organização antiaborto, David Daleiden, que mencionou
a atuação da clÃnica abortiva como fornecedora de partes de fetos para a
universidade e que a Universidade de Pittsburgh colhe rins das crianças
abortadas enquanto ainda estão vivas.
Lei antiaborto em Maceió
As gestantes residentes em Maceió (AL), que pretendiam
realizar o “aborto legal” na rede pública da capital, passaram a ser levadas a assistir
vÃdeos com imagens com os fetos no ventre. A nova regulamentação foi publicada
no Diário Oficial do municÃpio no dia 20 de dezembro de 2023, sendo seguida pela
Agência Brasil no dia 22 da mesma semana. Aventado pelo vereador Leonardo Dias
(PL), o texto foi decretado pela Câmara Municipal de Maceió. A prescrição
também oferecia a chance de as equipes de saúde indicar a opção de adoção, após
o fim da gestação.
Contudo, no dia 19 de janeiro, foi determinada pela Justiça
alagoana a imediata suspensão dos efeitos da lei municipal. A decisão foi
promulgada pelo desembargador Fábio Ferrario, relator do processo, que
considerou que a “lei desrespeita o princÃpio da dignidade da pessoa humana e do
direito à saúde”. A Defensoria Pública se manifestou contra a medida e pediu a
sua suspensão, que entra em detalhes em torno dos métodos cirúrgicos para o procedimento
abortivo sejam passados à s mulheres, assim como os seus “riscos e consequências
fÃsicas e psicológicas”.
Pena de até 20 anos para quem vender remédios abortivos
A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados no Brasil aprovou
no dia 4 de dezembro de 2023 um projeto que penaliza em até 20 anos de detenção
quem vender remédios que possam provocar o aborto. A prescrição também estabelece
multa para quem fizer propaganda desses medicamos em 10 vezes o mÃnimo previsto
para infrações sanitárias. Hoje em dia, o Código Penal estabelece de 10 a 15
anos de encarceramento para quem falsifica, corrompe ou altera medicamentos. A
proposta do deputado federal Nikolas Ferreira (PL), relator do caso, é um
substitutivo ao Projeto de Lei 3415/19. O parlamentar manteve o texto original
e adicionou medidas de outros projetos do mesmo tema (PL 1004/23, PL 1229/23 e
PL 349/23).
O deputado fez algumas alterações, e uma delas foi
substituir o termo “remédios abortivos” por “remédios com a finalidade de
provocar abortos”, no texto original. “Evita-se, desta forma, incertezas acerca
da penalização de propagandas de medicamentos que não são abortivos, mas que podem
provocar aborto em caráter acidental”, explica o deputado.
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