Descobertos ainda portão de 5,5 mil anos e pedra conhecida só no espaço
Foi anunciado no dia 30 de agosto, pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA), a descoberta de duas estruturas de canais com 2,8 mil anos remontando à época do Primeiro Templo. O Dr. Iftach Shaleve e o professor Yuval Gadot foram os responsáveis em anunciar a novidade à comunidade científica. As escavações foram coordenadas pela Autoridade de Antiguidades de Israel e a Universidade de Tel Aviv, com o achado podendo “fazer parte de um sistema industrial maior”, divulgaram os arqueólogos. “Acreditamos que tudo o que foi produzido nessas estruturas foi, provavelmente, importante para a economia do Reino de Judá, isso porque o local foi encontrado perto de onde ficavam o Templo e o palácio do rei”, afirmou Dr. Shaleve.
Segundo Shaleve, ao avistar as instalações, a equipe logo
percebeu que havia descoberto algo único, com uma estrutura que nunca haviam
visto em Israel. “Não sabíamos como interpretá-la. Até porque a data não estava
clara”, acrescentou o pesquisador.
O arqueólogo disse que diversos especialistas se deslocaram
ao local para examinar o solo e as rochas a fim de descobrir algum resíduo não
visível a olho nu e ajudar a entender o
contexto territorial e os canais. “Queríamos verificar se havia restos
orgânicos ou vestígios de sangue, por isso recrutamos a ajuda da unidade
forense da polícia e seus colegas de investigação em todo o mundo, mas até
agora não obtivemos sucesso”, informou Shaleve. Mesmo a Polícia de Israel não
conseguiu descobrir exatamente o propósito das instalações.
O professor Gadot afirmou que o mistério se aprofundou ao encontrarem
o segundo sistema de canais. “Esta instalação é composta por pelo menos cinco canais
que transportam líquidos. Apesar de algumas diferenças na forma como os canais
foram escavados e desenhados, é evidente que a segunda instalação é muito semelhante
à primeira”, explicou.
A descoberta do segundo sistema levou os arqueólogos a confirmarem
que a instalação foi desativada em algum momento no final do século 9 a.C..
“Este é um período em que sabemos que Jerusalém se espalhava por uma área que incluía
a Cidade de Davi e o Monte do Templo, que servia como coração da cidade”, disse
Gadot.
O professor acrescentou que “a localização central dos
canais perto das áreas mais proeminentes da cidade indica que o produto fabricado
estava ligado à economia do Templo ou do Palácio. Deve-se notar que a atividade
ritual inclui trazer produtos agrícolas, animais e vegetais para o Templo.
Muitas vezes, os visitantes do Templo traziam produtos que carregavam a santidade
do lugar”.
Encontrado portão mais
antigo em Israel
As escavações nas proximidades da antiga cidade de Kiryat
Gat, no sul de Israel, revelaram um portão que data 5,5 mil anos. A cidade está
localizada na Planície da Judeia, perto das colinas de Hebrom. O portão não foi
a única descoberta. Os arqueólogos anunciaram um sistema de fortificação na
região de Tel Erani, antes de um cano de água ser instalado pela Mekorot Water
Company a fim de abastecer a fábrica da Intel. Os especialistas disseram que o
portão é o mais antigo identificado em Israel.
Ambas as descobertas são do início da Idade do Bronze, por
volta de 3.300 a.C., quando ocorreu o início da urbanização na região de Canaã
e no sul do Levante. Até então, o portão mais antigo em Israel estava em Tel
Arad, com cerca de 300 anos de diferença para o portão descoberto. Cerca de 1,5
m do portão estão preservados em sua forma original, com uma passagem
construída com blocos de pedra que conduz à área interna da antiga cidade. O
portão está coberto para evitar a erosão e preservado pelo cano de água planejado.
“É provável que
todos os transeuntes,
comerciantes ou inimigos que quisessem entrar na cidade
tivessem que passar por esse portão impressionante. O portão não apenas
defendia o assentamento, mas também transmitia a mensagem de que se estava
entrando em um importante assentamento forte que era bem-organizado política,
social e economicamente”, disse Martin-David Pasternak, pesquisador da
Autoridade de Antiguidades de Israel para esse período.
Joias encontradas em Israel relacionadas à profecia de Isaías
Uma profecia emitida em Isaías 54.11-12 foi cumprida através
de uma empresa familiar judaica, pelo menos é o que disse Tali Shalem-Taub, CEO
da Holy Gems, empresa da família que fabrica e vende joias. A executiva baseia
a sua afirmação na descoberta de pedras preciosas em Israel. “É uma promessa de
Deus para Israel. Porque ninguém tentou encontrá-los antes. Observe o que disse
o profeta: ‘Lançarei os teus alicerces com safiras e farei as tuas janelas de
jaspe e as tuas portas de pedras de carbúnculo, e todo o teu contorno de pedras
preciosas’”.
As pedras foram
extraídas próximo da cidade de
Haifa, no norte de Israel. As pedras incluem moissanita natural, safira, rubi, granada,
hibonita, espinélio, ilmenita, zircão, rutilo e até diamantes, apesar de
algumas delas não terem qualidade comercial.
A executiva disse ainda que a pedra mais famosa é a Carmel
Sapphire (carmeltazita), um mineral que acreditava-se existir apenas no espaço.
Ela informou que a pedra foi enviada a cientistas da Mercury University, na
Austrália, para identificação.
“Foram eles que descobriram que esta gema é contém minerais que
não existem em nenhum outro lugar do mundo. Os cientistas realmente disseram
que era como uma prova científica da singularidade da própria terra.
Reconhecemos totalmente e nos conectamos com a santidade desta terra, a
história desta terra. Não sabíamos que era especial também em termos de geologia”,
concluiu.
Arqueólogos israelenses acham o mais longo aqueduto da era do Segundo Templo
Foi anunciado pela Autoridade de Antiguidades de Israel
(IAA) no dia 28 de agosto a descoberta de um aqueduto em Jerusalém medindo 328
jardas. O local foi localizado antes da construção de uma escola no bairro de
Givat Hamatos. Os pesquisadores informaram que é o mais longo sistema já
encontrado, parte do que é conhecido como o Aqueduto Superior da época do Segundo
Templo (516 a.C. – 70 d.C.). Os arqueólogos Ofer Sion e Rotem Cohen explicaram
que o aqueduto era utilizado para o deslocamento de água de fontes naturais
próximas a Belém, cerca de 21 quilômetros de distância, para a capital
Jerusalém.
A alta qualidade da construção foi destacada pelos
arqueólogos que pretendem continuar as escavações para descobrir evidências e
melhor compreender quando e como o sistema foi construído: durante a época dos
Hasmoneus ou sob o reinado do rei Herodes, o Grande. Eles também manifestaram o
interesse em tornar o local aberto ao público futuramente.
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