Segundo pesquisa, 77% dos filhos cristãos seguiram a fé da sua mãe

Segundo pesquisa, 77% dos filhos cristãos seguiram a fé da sua mãe


Enquanto isso, China passa a proibir que pais ensinem sua fé aos filhos

No dia 11 de maio, a Sociedade Bíblica Americana (ABS) publicou uma pesquisa denominada “Estado da Bíblia 2023” que revela que os cristãos normalmente seguem a religião de sua mãe. Um estudo anterior, realizado pela Barna Group, confirma, ao detectar que a influência materna ocorre com mais frequência do que a paterna ou a de outra categoria de participantes frequentes no grupo familiar. Os pesquisadores informaram que as mães são vistas como confidentes, provedoras de apoio e impulsionadoras da formação da fé.

De acordo com o estudo, a influência materna é tão notável que mesmo que haja uma mudança na orientação cristã, os filhos se tornam espiritualmente ainda mais saudáveis. “Não importava de qual tradição cristã eles vinham ou para onde se mudaram, o próprio processo de mudança parecia aumentar a vitalidade de sua fé”, informou a ABS. 

O estudo mostra que esse grupo se torna ligeiramente mais engajado com as Sagradas Escrituras, com uma crença maior na exatidão bíblica, considerando a fé mais importante e apresentando curiosidade sobre Jesus e a Palavra de Deus. Daqueles que optam para outra vertente cristã, 64% acreditam que a Bíblia é totalmente precisa no conteúdo que apresenta em comparação com 47% dos que mantiveram sua fé de infância. Três quartos das pessoas que mudaram a vertente de sua fé consideram as Escrituras muito importantes em suas vidas, em comparação com 68% daqueles cuja fé permaneceu a mesma.

“Exploramos as jornadas pessoais de fé das pessoas desde a infância, bem como seu compromisso com Cristo hoje. Quando as pessoas mudam de fé [cristã], muitas vezes acabam com uma mais forte”, disse a ABS.

Na China, pais são obrigados agora a prometer “não ensinar religião” aos filhos

Na cidade chinesa de Wenzhou, os pais receberam dos coordenadores de uma escola primária um documento para ser assinado, onde os responsáveis pelos alunos deveriam se comprometer a “não ensinar religião aos seus filhos”. A confirmação do documento foi dada por uma professora para colaboradores da China Aid. O documento também pede o compromisso dos pais para não professar nenhuma fé ou frequentar reuniões religiosas. O documento ainda chamava a atenção à promessa de “seguir a disciplina do Partido Comunista Chinês (PCC)”. É sabido que a comunidade cristã continua na mira das autoridades comunistas que condenam as reuniões religiosas das igrejas domésticas que são consideradas ilegais pelo governo do Partido Comunista. De acordo com a organização cristã Portas Abertas, a cidade de Wenzhou é conhecida como “A Jerusalém da China” devido à quantidade de cristãos locais.

A proibição de ensinar o Cristianismo aos filhos é mais uma estratégia a fim de reprimir a liberdade religiosa. Até então, a proibição era apenas – para os membros de igrejas autorizadas – de falar de Jesus a outras pessoas e não a seus próprios filhos pequenos. Wenzhou é a capital da província de Zhejiang, região conhecida por ter servido de palco, em 2013, para a destruição de centenas de igrejas e derrubada de cruzes. Já em 2017, as igrejas e acampamentos cristãos foram varridos pela repressão movida pelos comunistas; o argumento dos comunistas para “justificar” a hostilidade é que os cristãos são considerados como seguidores de uma “religião ocidental” que ameaça o governo de Xi Jinping, que almeja formar uma sociedade baseada nos “valores” do Partido Comunista.

A inusitada nova regra é mantida no ambiente escolar apesar da medida contrária ao artigo 14 da Convenção dos Direitos das Crianças, da qual a China é signatária. Por isso, alguns pais optaram pelo homes-chooling para dar prosseguimento à educação dos filhos. Atualmente a China ocupa o 16º lugar na Lista Mundial da Perseguição da Agência Portas Abertas, com perseguições diárias à comunidade cristã chinesa. A organização manifesta a sua preocupação e solicita orações para que a igreja chinesa se mantenha firme diante dos enormes desafios enfrentados por lá.

60% das crianças não aprendem sobre a Bíblia em casa

As comunidades formadas por cristãos e judeus sabem perfeitamente a relevância do ensino bíblico ao público infanto-juvenil. A própria Bíblia enfatiza essa importante missão na vida humana, que vai influenciar toda a vida da pessoa dali para frente. Apesar disso, um levantamento realizado pelo grupo Bible2School mostrou que aproximadamente 60% dos pequenos não absorvem informações sobre a Bíblia em suas próprias casas. 

O grupo surgiu devido ao insuficiente conteúdo bíblico infantil no ambiente doméstico. Os organizadores resolveram compartilhar as informações às crianças e, para alcançar o objetivo, seus especialistas criaram um meio de alcançar as crianças ainda na escola, durante os intervalos (recreios) e com a devida autorização dos pais. “Bible2School é uma organização sem fins lucrativos de 40 anos que equipa pais, mães e avós para ensinar a Bíblia a crianças de escolas públicas durante o dia escolar”, explica Kori Pennypacker, presidente da organização. “As crianças são levadas de ônibus para igrejas ou outros locais durante esses períodos para aprender as lições da Bíblia antes de voltar para a sala de aula da escola pública”, detalhou Pennypacker.

Muitos pais argumentaram falta de tempo para ensinarem a Bíblia para seus filhos. O trabalho, estudos e outras atividades seriam os empecilhos comentados pelos responsáveis. Em outros casos, contudo, a mera negligência é o problema, uma vez que as crianças não precisam de longas horas de ensino, mas de uma agenda fixa para o devocional. Pennypacker disse que, na prática, os pais devem investir em momentos de 10 a 30 minutos no máximo com os pequenos, incluindo leitura bíblica, recitação de versículos bíblicos, oração ou contar histórias dos personagens bíblicos. “São práticas que podem ser feitas antes de dormir ou na hora que for mais conveniente para a família, cada qual de acordo com seu devido contexto. A dura verdade é que a não priorização do ensino da Bíblia para as crianças cristãs é algo absurdo”, disse a ativista cristão. 

“A maioria das crianças (cerca de 60%) que alcançamos nas escolas públicas não aprende sobre a Bíblia em casa”, enfatizou a ativista, lembrando que crianças com ausência da Palavra de Deus tornam-se mais vulneráveis aos padrões seculares. A ativista cristã disse que o treinamento se expande para igrejas fora da Pensilvânia, explicando como lançar a Bible2School em sua região. “É incrível ser capaz de falar a verdade sobre as mentiras que a cultura está tentando lhes dizer”, concluiu Pennypacker.

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