Solução para consequências do pecado

Solução para consequências do pecado

A Bíblia leva o assunto pecado a sério. Em contraste com muitos especialistas em religião nos dias atuais, que procuram desculpar o pecado e desfazer de sua seriedade, a maioria dos escritores bíblicos estava bem ciente da sua malignidade, culpabilidade e tragédia. A seriedade como a Bíblia trata o pecado é percebida no distanciamento que o pecado causa entre o ser humano e Deus, entre o ser humano e o mundo, entre o ser humano e a sociedade e entre as pessoas. A Bíblia está repleta de exemplos de tragédias humanas, como a culpa e alienação, que são frutos do pecado. 

Visto por este prisma, o pecado despedaça a unidade da natureza humana e destrói a harmonia do mundo. Charles Spurgeon, o príncipe inglês dos pregadores disse: “O pecado e o inferno estão casados, a não ser que o arrependimento anuncie o divórcio”. E essa é uma tragédia do pecado: o ser humano não pode derrotá-lo com as próprias forças.

Todos nós precisamos saber que o inimigo é um estelionatário e o pecado é uma fraude. O diabo promete prazer e paga com desgosto. Ele promete liberdade e escraviza. Ele promete vida e paga com a morte. Chamo sua atenção para o texto de Gênesis 3, e veremos as consequências do pecado: 

a) Vergonha (Gênesis 3.7) – De fato os olhos de Adão e Eva se abriram, não para que eles conhecessem e desfrutassem das coisas lindas, mas para que vissem a miséria na qual se encontravam e na ruína em que estavam. Quantas vidas arruinadas porque deram crédito às mentiras do diabo.

b) Fuga (Gênesis 3.8-10) – Quando Deus passava pela viração da tarde, e chamava Adão para conversar era uma hora prazerosa, de comunhão e deleite, mas agora por causa do pecado, Deus pergunta ao homem: Onde estás? A Bíblia diz que Adão teme e foge de Deus. Observe que, quando a pessoa está em pecado ela tem vergonha e medo de Deus, e em vez de correr para Ele, ela corre Dele por causa da culpa. O pecado produz tormento. Ele promove o medo. O medo mais avassalador não é do diabo. É o medo de Deus. Aqueles que vivem no pecado têm medo de Deus. Fogem de sua presença e escondem-se aterrados.

c) Rompimento da comunhão com Deus – O homem passou a ter medo de Deus. A pessoa em pecado não terá prazer espiritual, não terá vontade de ler a Bíblia, nem orar, consequentemente ir à igreja será um peso. 

d) Rompimento com a natureza – Atualmente tem se falado muito sobre aquecimento global. É o tema do momento. Por que tem se tratado tanto sobre o assunto? Por que o mundo está tão desesperado? As respostas estão na Palavra de Deus. Deus havia colocado o homem para guardar e lavrar o jardim, para ser o mordomo da natureza. Mas por causa do pecado de Adão, Deus disse: “Maldita é a terra por sua causa” (cf. Gênesis 3.14). O homem que deveria cuidar, é um depredador da natureza ou um adorador dela. A consequência dessa irresponsável administração do Cosmos está gerando um caos no planeta.

e) Rompimento da comunhão com o próximo – Adão perdeu a comunhão com seu próximo e a primeira crise conjugal surge neste momento. Quando Deus vai conversar com Adão, ele diz que o problema é com sua esposa. A partir daí começa uma ruptura na relação entre o casal, porque em vez de Adão assumir seu erro, ele culpa a sua mulher. 

f) Rompimento consigo mesmo – Ele está com medo, sentindo culpa e está numa crise existencial profunda. O maior inimigo que o homem enfrenta é aquele que vê diante do espelho. O homem tornou-se um ser ambíguo, contraditório e paradoxal. O pecado nos rasgou ao meio. Estamos em crise com nós mesmos. Essa é a consequência do pecado. 

g) A morte – A última consequência é a morte, como está escrito no versículo 3: “Certamente morrerás”. E você pode me perguntar: “Sobre qual tipo de morte Deus está se referindo?” Se não houvesse pecado, não haveria morte. A morte é uma consequência do pecado, e que morte é esta? 

A morte física – esta acontece quando a parte material do homem, o corpo, se separa da imaterial, a alma.

A morte espiritual – é a separação entre o homem e Deus.

A morte eterna – é o banimento para sempre do homem da presença de Deus. É o castigo eterno.

Os escritores bíblicos sabiam que, sem Deus, o ser humano é um pecador perdido, incapaz de se salvar ou de encontrar a felicidade. A restauração da retidão só pode vir como presente generoso de Deus, não como realização humana. Por isto é graça. A graça tem nome. Ela é personificada em Jesus. Ele é o restaurador, reconciliador entre Deus e os homens (cf. 2 Coríntios 5.19-21).

por Marcelo Oliveira

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