Curada de câncer e de depressão profunda

Curada de câncer e de depressão profunda

Milagres na vida de Sttefanny Ribeiro passaram por liberação e recebimento de perdão

Membro da Assembleia de Deus em Abreu e Lima (PE), Área Caetés 2, sob a presidência do pastor Roberto José dos Santos, a irmã Sttefanny Ribeiro, 29 anos, tem uma história de cura de câncer e superação de grave quadro depressivo. Vítima de abusos, desprezo e abandono na infância e na juventude, Sttefanny acumulou traumas causadores de doenças psíquicas por longos anos. Sem detalhar o que lhe causou as profundas feridas na alma, ela prefere dar destaque ao que o Senhor lhe proporcionou de bálsamo nos últimos anos.

No final de 2019, ela fez uma visita ao Círculo de Oração da igreja onde aceitou Jesus quando ainda era criança. Lá, recebeu uma profecia, por meio da qual Deus renovou promessas antigas e lhe fez novas. Na ocasião, a irmã usada em profecia passou a mão na barriga dela e disse que o Senhor estava lhe curando de algo que não sabia. “Na hora, duvidei e cheguei a questionar como poderia aquela mulher saber tantas coisas sobre mim e, no final, falar algo totalmente contrário sobre minha saúde, que até então estava ótima”, recorda Sttefanny.

Aconselhada pela mãe e após no dia seguinte sentir fortes dores, procurou a ginecologista, que pediu alguns exames, por meio dos quais foi descoberto que havia uma ferida em seu colo do útero. Daí em diante, mais exames foram pedidos. Segundo a médica, o diagnóstico era câncer no colo do útero, mas algo recente, pois a ferida não era tão grande para ter sido desenvolvida por doenças sexualmente transmissíveis por meio de atos de um passado muito distante.

Preocupada, Sttefanny fez mais exames para saber se a ferida era benigna ou maligna. “Recordo-me a cara de espanto do obstetra que, após ver o que seria a causa que me levava até ele, notou que não havia absolutamente nada dentro de mim para ter causado aquele doloroso ferimento, a não ser por infecção HPV [Papilomavírus Humano] recente. Ao sair daquela sala, sem entender e questionando, uma irmã que eu nunca havia visto na vida se aproximou de mim e falou que Deus faz cirurgia, mas às vezes deixa marcas quando duvidamos”, conta.

Voltando com as respostas, a médica, em espanto e incredulidade, pediu que ela fizesse uma cauterização para fechar o ferimento. Seriam quatro sessões, que logo a levaram ao desespero, pois nessa época ela estava desempregada, e tanto as idas aos médicos como os exames particulares deixariam o tratamento caro, tudo fora da realidade do orçamento familiar. Mesmo com dificuldades, a família conseguiu o valor da primeira etapa, feita, segundo Sttefanny, “de forma dolorosa”, pois até a anestesia lhe foi negada. Após o procedimento, ela recebeu o receituário de pomadas que deveriam ser usadas até o retorno da segunda fase. Ao retornar ao atendimento médico para saber como estava a cicatrização, para surpresa de todos, a ferida havia sumido, sem deixar qualquer marca de que um dia esteve lá. “O milagre aconteceu confundindo a medicina e glorificando o nome do Senhor. Aquela médica não entendia, mas teve que se calar, quando falei que era obra de Deus. Ele me curou, porém foi necessário mais uma vez eu ser provada na enfermidade. Costumo dizer que ainda não havia compreendido o que era ser dependente totalmente de Deus”, diz ela, glorificando o Senhor.

Vencida a etapa da enfermidade no útero, meses depois, ainda no ano de 2020, a ansiedade da qual era acometida voltou de forma grosseira. “Senti-me deprimida, me lembrando dos traumas desde a minha infância. Eu já tinha tido depressão de grau leve durante minha gravidez, agravada pelo abandono sofrido pelo meu companheiro à época. Tratada com terapias, após o parto a doença estacionou por um tempo. Porém, como consequência, tinha leves crises de ansiedades em situações específicas”, recorda.

Entre picos de piora e melhora, causados por situações diversas, como desemprego e dívidas acumuladas, a luta de Sttefanny continuou. O foco agora era conseguir um tratamento psicológico pelo SUS, pois ela acreditava que os medicamentos poderiam curá-la. Sua descrença na cura era uma companhia diária. Nesse período, ela teve compulsão alimentar, que a levou a engordar 13 kg, agravando, ainda mais, sua baixo-estima. Para fugir das pressões psicológicas, buscava refúgio no sono, mas não conseguia paz, pois pesadelos lhe acometiam. Isolada em seu quarto, sua perturbação mental a deixava no conflito de dizer: “Quero ficar sozinha!” e “Por favor, não me deixem sozinha”.

Tomada por síndrome do pânico, certa ocasião Sttefanny saiu de casa sem destino. Dopada por automedicação, ela lembra que acordou dentro de uma sala vermelha de internação na UPA. Ela teve uma overdose de drogas com o medicamento em excesso, mas sobreviveu. Com o apoio da família em oração, o quadro de sua saúde começou a reverter-se quando, segundo ela, Deus a ensinou a liberar perdão. Nesse processo, o auxílio e acolhimento do presbítero Luiz Gustavo, dirigente da congregação onde ela frequenta, e de sua família, foi de fundamental importância. “Eles me diziam: ‘Filha, você está doente, precisa de ajuda e não de ser julgada’. Como sou grata por ter ouvido isso. Eu me sentia a pior pessoa do mundo por machucar pessoas que amava, mesmo sabendo que muitas delas me machucaram também, e isso acontecia por causa do desequilíbrio da doença. Gostaria de mencionar nome a nome todas as pessoas que me ajudaram, mas mostro a gratidão no meu dia a dia a cada uma delas. Cito aqui o presbítero Adinael e família, que na época dirigia a congregação Caetés 172”, recorda.

O processo de cura de Sttefanny passou por liberação de perdão às pessoas que a feriram e pedido de perdão a todas aquelas que por ela foram feridas. Nas madrugadas, sem forças para falar com Deus, ela se sentava em seu “cantinho da oração” e escrevia tudo que queria dizer ao Senhor, enquanto as lágrimas molhavam o chão do quarto. “Pela misericórdia do Senhor, fui agraciada com respostas. Assim como aconteceu com Jó, não foi diferente comigo. Deus cuidou de cada detalhe e foi me curando por dentro. Já em processo de encorajamento, comecei a caminhar sozinha para os Círculos de Oração. Em um deles, o Senhor usou novamente alguém em profecia. Dessa vez, Ele me disse: ‘Mulher, tu não vai precisar mais tomar remédio. Eu sou o teu psicólogo. Eu vou te curar’. Não demorou muito para aquelas palavras se cumprirem. Aos poucos, retornei com as minhas atividades na igreja. Agradeço ao Senhor pelas curas que Ele me deu e por me fazer acreditar que Ele me ama e cuida de mim”, alegra-se irmã Sttefanny.

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