Colombo usou apócrifo para navegar

Colombo usou apócrifo para navegar

Navegador genovês ficou conhecido como o descobridor da América

O navegador genovês Cristóvão Colombo costuma ser lembrado nas aulas de História como o descobridor da América, a quem empresta o nome, e também pela sua importância histórica ao longo do processo de colonização por parte dos conquistadores europeus. Mas poucos sabem das reais intenções do célebre navegador e nem de sua origem étnica que permaneceu incógnita por muito tempo. De acordo com estudiosos espanhóis como José Erugo, Celso Garcia de la Riega, Otero Sánchez e Nicolau Dias Pérez, Colombo era um marrano (judeuconvertido ao cristianismo e habitante dos reinos cristãos da Península Ibérica, mas que observava clandestinamente os antigos costumes da religião judaica), e seus objetivos como navegador estavam intimamente envolvidos com a sua religião.

O pesquisador Thomas S. Giles afirma que o genovês havia lido no livro apócrifo de2 Esdras (fora o cânone bíblico) que Deus havia criado o mundo em sete partes e que seis tornaram-se terra seca e a sétima tornou-se água. “Ele calculou que o oceano que separa Portugal de Cipangu (Japão) era um sétimo da circunferência da Terra, ou cerca de 2.400 milhas. Ele imaginou que navegando 100 milhas por dia, ele poderia chegar às Índias em 30 dias”, disse Giles ao site Christianity Today.

Mas além de sua viagem que resultou na descoberta da América, o célebre aventureiro acalentava o desejo de libertar Jerusalém do domínio islâmico. A antropóloga cultural da Universidade de Stanford, Carol Delaney concluiu que o genovês era um homem profundamente religioso e seu objetivo era conseguir ouro em sua viagem à Ásia, financiar uma cruzada, recuperar Jerusalém e reconstruir o templo sagrado na Terra Santa.

A pesquisadora acrescenta que os reis católicos Fernando e Isabel não financiaram a sua viagem, mas os judeus convertidos Louis de Santangel e Gabriel Sanchez, e o rabino e estadista judeu Don Isaac Abrabanel. Mais tarde, as duas primeiras cartas de Colombo foram endereçadas para Santangel e Sanchez, que lhe emprestaram, sem juros, 17 mil ducados. Colombo agradeceu-lhes o apoio e narrou o que havia encontrado.

Compartilhe este artigo. Obrigado.

Comentário

Seu comentário é muito importante

Postagem Anterior Próxima Postagem