Em 3 de maio, a comunidade cristã indiana do estado de Manipur foi alvo de um massacre que vitimou 58 pessoas. O ataque foi coordenado por hindus radicais que não aceitam a profissão de fé cristã por parte daqueles que antes seguiam o hinduísmo. Segundo o site The Christian Post, a ação criminosa incluiu a destruição de cerca de 50 templos cristãos na mesma região onde aconteceu o ataque homicida. Porém, nos dias seguintes a esse primeiro ataque, mais ataques se seguiram, de maneira que, até o fechamento desta edição, segundo dados da agência Portas Abertas e de outras agências cristãs internacionais, já são mais de 500 igrejas atacadas, mais de 130 cristãos mortos e 400 casas de cristãos incendiadas.
O estado de Manipur está localizado no nordeste da Índia, onde os radicais sentem-se à vontade por causa da lentidão das autoridades na averiguação e detenção dos culpados, com isso a comunidade cristã e demais minorias ficam à mercê dos radicais insatisfeitos. A imprensa internacional replicou o depoimento dos sobreviventes, que disseram ser o grupo étnico Meitei o responsável pelos ataques. Os meitei são reconhecidos por serem majoritariamente hindus e também por expressar a sua hostilidade aos cristãos por muitos anos até irromper na onda de violência iniciada em 3 de maio. Segundo alguns, os ataques de fundo religioso também teriam relação com a propriedade de terras e política.
Em Manipur, as vítimas cristãs não puderam contar com os serviços de telecomunicações que foram interrompidos, por este motivo não há precisão dos fatos relacionados aos ataques, da logística empregada pelos assassinos e da quantidade exata de vítimas fatais. A gravidade da situação levou o governo federal a deslocar um contingente de 10 mil soldados que desde 4 de maio tomam conta da região conflituosa. Eles têm ordens superiores de executarem militantes em flagrante delito. O conflito levou sobreviventes a buscarem refúgio nos estados de Mizoram, Meghalaya e Nagaland, onde os cristãos são maioria. Outros 13 mil cristãos estão protegidos em abrigos do governo.
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